Ushuaia
14º dia 22/11/2017
Um mecânico, por favor.
Com 12º C em Caleta Olivia, temperatura bem melhor às que estávamos sendo submetidos, o grupo foi acordando, tomando café e tratando de arrumar cada qual os seus pertences, pois teríamos que ir ao mecânico para consertar a moto da Fabiana.
Uma manhã de apreensividade para Fabiana, posto que a sua motoca estava indo para o conserto. Tempo de espera e resposta do conserto, dois vetores que preocupavam.
No arruma malas, Geomário e eu estranhamos e, separadamente, perguntamos ao Paulo o por quê dele ter recolhido todos os seus pertences do carro de apoio, coisa que não fizera durante a viagem: a mesma resposta para nós dois: ..... é que prefiro ter minhas coisas mais perto de mim, fica mais prático . ...
e partimos na frente
Na intensão de ganhar tempo, fomos um pouco na frente, Geomário, Fabiana e eu de modo a chegar rápido na oficina, falar com o mecânico, enquanto os demais terminavam de se aprontar. Com auxílio do GPS e também com as indicações do Peterson, logo chegamos na rua da oficina. Erramos a numeração, o que foi logo corrigido, e efetuamos um retorno pela rua, ainda que na contra-mão, por uma extensão não maior do que 50 metros.
Nos apresentamos.
Júlio, o mecânico, após se apresentar, recolheu a moto para o interior da oficina e logo começou a efetuar os trabalhos de substituição da correia.
Júlio, de plano, já avisara que a corrente, cedida pelo motociclista argentino, não serviria, mas que isso não seria problema, pois ele tinha uma correia própria para aquela motocicleta em depósito.
Pouco depois, chegaram os demais do comboio, ao que Peterson me chamou e disse: perdemos o Arli no trajeto. Ele não dobrou na rótula do Petroleiro, cruzou reto .... Convidei o Geomário, e lá fomos nós em busca do parceiro Arli.
Com a marcha bastante lenta, fomos conversando e combinamos ir direto ao Petroleiro, pois essa estátua é o simbolo da cidade, além do que fica na área mais central de Caleta Olivia.
Acertamos em cheio. Eis que ao dobrarmos na avenida que leva para a estátua, de longe já podemos vislumbrar a Shadow encostada e sobre ela o Arli. Disse o parceiro: .... nem esquentei muito, pois sabia que a referência seria o Petroleiro e que alguém viria aqui .... e começamos a rodar em direção à oficina.
Zoeira e
gritaria para cima do Arli pelo grupo, que disseram poucas e boas para o parceiro. Falta muito, perguntavam uns. Como está o conserto ? perguntavam outros .... deixa o homem trabalhar, asseverou um outro... e assim a hora foi passando.
Um pouco depois, chegou o Antonino na oficina e Paulo aproveitou para ir buscar o seu "todinho", sua bebida matinal inseparável.
Uns até foram no interior da oficina, ... opinar, ver ... tudo na tentativa de ajudar ...... Outros arrumaram espaços para algumas brincadeiras e um outro... nem tanto !
A oficina do Júlio, é também um lugar de compra e venda de brinquedos usados e antigos, que fascinou em muito o Angelino.
E a moto da Fabi foi ficando pronta.
Fazer os testes, mas não esquecer de "completar o óleo", tarefa diária que a caxiense efetuava.
Em meio a isso, Antonino argumentou que a correia estava muito esticada ... Tchê, eu tenho muita experiência nisso, pois trabalho com bicicletas há dezenas de anos .... queria falar para o mecânico .... Depois regulamos melhor, argumentou um outro. Mas Julio, que certamente escutara, pegou uma chave, esticou a correia e argumentou que a folga estava dentro do limite aceitável para a rodagem......
Fabiana efetuou o pagamento e voltando para a rua, falaram ... vários .... : testa aí Fabiana ..... A correia funcionou, o que não funcionou, foi a embreagem, pois o mecânico disse não saber consertar. Deu uma apertada no cabo e sugeriu que fôssemos até a próxima cidade, de porte maior, onde poderíamos trocar o disco de embreagem e tal. E foi dado como concluído o serviço.
Um ajuste
Angelino, que estava necessitando de ajuste na correia da sua moto, aproveitou o ensejo e Júlio fez a regulagem. Perguntou ainda se o fato da fuga de óleo na bengala, pelos retentores, tal qual a moto de Geomário, seriam problemas para o deslocamento. No!, disse o mecânico... prudência tão somente e chegarão tranquilos "En Brasil!"
Agradecemos, nos despedimos e começamos a nos dirigir para o posto de combustível,bem no centro de Caleta Olivia.
Rumo à estrada,
E até mais ver ... Caleta Olivia!
E começamos a deixar Caleta Olivia, passando das 11 horas da manhã, com um bom sol e temperatura orbitando agora nos 20º. A próxima parada combinada seria para o almoço do grupo em Comodoro Rivadávia, pouco menos de 80 km.
Arrancaram praticamente todos à frente. Eu fiquei acompanhando o desempenho da moto da Fabiana. De ruim a péssimo, foi a primeira impressão. No primeiro semáforo, ainda em Caleta Olivia, a constatação, dita por ela, de que a coisa estava danada .... Tá ruim? ... perguntei ... Nem me fale, DeusoLivre! .... A moto não anda! e continuamos. Não tínhamos muitas opções, a não ser rodar, ainda que devagar e sempre. Logo veio a rodovia e o sofrimento foi ficando maior. Uma subida, e a moto não deslanchava, não tinha força e não podíamos ultrapassar a ninguém....
Fomos assim, rodando a não mais do que 70 / 80 km, isto quando plana a rodovia. O calor foi se acentuando, o sol foi ficando mais ardente e a convicção de que estávamos muito distante do grupo.
Em um posto, também à direita, porém ainda um pouco antes de Comodoro Rivadávia, Fabiana e eu paramos para saber da localização ou alguma notícia do combobio, via Grupo WhatAspp.
E os colóquios e notícias escritas eram: - Nota do Alberi: onde estão vocês ?
- Antonino escrevera: estamos em Rivadávia !
- Reforçou Alberí: Estamos em Comodoro Rivadávia, em um YPF lado direito (YPF, posto de combustível).
- Alberi respondendo para Brito: Gilberto Cesar e Fabi se perderam !
- Antonino: Estamos em YPF, mais à frente, à direita !
Na verdade, nós não estávamos perdidos, mas antes com muitos problemas para rodar.
Sob muito calor, chegamos ao Posto - lado direito - se bem que estávamos cuidando a todos os postos que passávamos. Inteligentemente, os parceiros colocaram as motos bem na parte frontal ao posto, de modo que nos facilitou encontrá-los.
Como estão ! ... demoraram !? se perderam? ..... foram algumas das perguntas que tivemos que responder.
Tratamos de lanchar, tomar líquidos gelados, pois o calor estava pegando. Fabi se recolheu um pouco ...
Depois do Fin Del Mundo,
Fim de Moto para Fabiana
As conversas se sucederam e a conclusão de que a moto da Fabiana não teria condições de rodar era incontestável.
Bom, temos que pensar, falou Celso. - Retirar tudo da camionete, cada qual pega os seus pertences e vamos acomodar a motocicleta, foi o que falei. Mas aqui não dá ... rebateu Celso. A zona é muito central, e não tem como levantar a moto. . .. Vamos tentar um lugar mais à frente, ... um descampado. E tratamos de, agora juntos, encontrar o tal lugar descampado.
Na verdade, nem todos juntos, uma vez que Paulo e Angelino,nem chegaram a esperar. Saíram antes do posto e se puseram a rodar.
Rodamos pouco mais de uma hora e passando um pouco do posto de combustível, lá estava um descampado. E, melhor ainda, com um barranco muito especial que parecia ter sido preparado exatamente para aquela ocasião e necessidade.
O carro de apoio "enveredou", as motocicletas o seguiram e em pouco tempo estava começando a retirada de todo o material da camionete. Descarregar tudo, foi a ordem ! E sob um calor presente, beirando o insuportável, começamos a operação.
Hora então de recolocar o que cooubesse na carreceria...
E o latão da churrasqueira, usado tão somente uma vez, ficou lá ... em meio ao árido campo.
Hora de partir.
Hora de retomar, quando os relógios marcavam 15 horas e 15 minutos.
E agora indo de volta para a estrada sem a preocupação de tentar recuperar qualquer tempo. Isso foi o que se entendeu, dada as manifestações escutadas.
cadê a chave ?
Depois de termos rodado 178 km, chegamos na localidade de Garayalde para descanso, lanche e reabastecimento a quem desejasse. No posto, o abastecimento de uns, o ingresso no interior da loja de conveniência e para outros um sufoco: foi o caso do Peterson!
A chave da camionete ficara no interior da mesma. então ... se trancou .. falou o Celso .... Ela se trava automaticamente, complementou o proprietário do veículo. Peterson, que naquele momento vinha dirigindo o carro de apoio, esboçava imediata preocupação e chateação ... Vamos tentar abrir, falou o Celso, e quase todas as chaves ali disponível foram testadas sem sucesso. ....
Vários acorreram, falaram, lamentaram e um senhor do local falou: ... no tiene llaveros por acá!
Cadê a chave reserva, perguntou alguém ... ao que o Celso respondeu ... lá dentro também .... tudo trancado !
Vamos arrombar, disse Celso, já pegando uma chave de fenda ..... Um arame, falou alguém ... e os operários de um posto de serviço de telefonia ou algo assim, ali próximo, se prontificaram, alcançaram arames, ferramentas, chaves e ... nada !
Vamos arrombar isso, sentenciou Celso.
Espere ! .. eu abro isso, disse um motociclista argentino, que acabara de estacionar a sua motocicleta no posto de combustível. Sou Daniel, disse o motociclista, e logo pegou uma barra de ferro e começou a forçar a porta em sua parte superior .... Vai arrebentar tudo, falou um dos operários que antes estava ajudando. Daniel parou, olhou e lascou: tienes alguna otra opción? No!, respondeu o interlocutor.
Estás autorizado. Faça o que for necessário, disse Celso, e Daniel começou a forçar a porta, num trabalho silencioso e sem pessoas por perto .... o homem precisa de espaço, falava Celso ... Em poucos mais de cinco minutos abriu a porta ..... Foi muito legal.
Daniel ganhou muitos abraços e o reconhecimento de todos, principalmente por parte do Celso. Passado o susto, problema resolvido, agora sim fazer um lanche, os comentários e o abastecimento da motos, pois já acertáramos que a próxima parada somente iria acontecer a 262 km, em Puerto Madryn.
Partindo... com dois a menos
Faltando 10 minutos para as 17 horas, o comboio começou seu deslocamento para o destino do dia. Do grupo original, agora estava confirmado que estávamos com menos dois, pois que Angelino e Paulo se evadiram do grupo. Notas via WhatsApp, davam conta que ambos estavam a um hora e pouco à frente. Por outra nota disseram: ... "acho que nos distanciamos .... saímos do posto ... andar mais um pouco" . O grupo continuou rodando e logrando cadenciadamente os quilômetros que ainda nos separavam da Puerto Madryn. Antonino rodou mais forte, pois queria garantir o pernoite no camping.
Na entrada da cidade, agora faltando cinco minutos para as vinte horas, pausa para os ajustes e abastecimento. Por consenso, todos deveriam abastecer, uma vez já que estávamos na estação de serviços. A temperatura voltara a baixar.
Enquanto isso, o carro de apoio estaria indo ao supermercado para a compra dos gêneros alimentícios, pois à noite faríamos um churrasco. Coube a mim conduzir os motociclistas até o camping, localizado na sede campestre da Associação dos Empregados do Comércio, a mesma que nos recebera da outra vez. Foi barbada, ... bastou retornar uns 50 metros, contornar uma "rotonda" à esquerda e descer lomba-a-baixo .... uns 4 km à frente e lá estava a Associação.
Camping e Churrasco
Antonino já estava lá, conversando com outros motociclistas argentinos. Nessa ocasião, nos apresentou o Manuel, a quem estivera ajudando outro dia, em função da corrente da motocicleta que havia rebentado. Manuel é morador da cidade de San Xavier, cidade fronteiriça com Porto Xavier, no Rio Grande do Sul, o nosso Estado.
Estava frio e ventoso em Puerto Madryn.
Mal começamos a montar o acampamento, quando Manuel e Antonino disseram que haviam instalados suas barracas em uma área coberta frente aos vestiários. Reforçaram que a noite seria gelada e com vento, sugerindo que nós fizéssemos o mesmo.
Assim, abandonamos o "campo aberto" e tratamos de apertar as barracas no espaço ao lado de onde ambos já estavam instalados. Fabiana fez o mesmo, porém do lado dos vestiários femininos. Pelo vento que soprava, a noite prometia ser gelada mesmo.
Retornou o carro de apoio e logo foram informados da "possibilidade" de acamparem também na área coberta . ... Não! .. disse Celso ... a área para camping é esta ... vamos ficar por aqui ... e Peterson mais Alberi começaram a montar o acampamento naquela área descoberta.
Ficaram na área "coberta" Arli, Geomário, Fernando, Antonino, Manoel e eu. Por falta de espaço, os dois primeiros dividiram a mesma barraca.
Anoitecera em Puerto Madryn
Rolou um baita churrasco, com muitas conversas e ouvidos em um radinho de pilhas onde um locutor argentino narrava a partida entre Grêmio e Lanús, jogo na argentina, o primeiro da final da Libertadores 2017. Como o jogo estava acontecendo na Província de Buenos Aires, e também pela qualidade e tamanho do radinho, as ondas iam e custavam a voltar ao que Fernando falou: ... daqui a pouco consultamos na Internet e teremos o resultado final. Abandonamos o radinho e ficamos nas conversas e churrasco.
Manoel, o motociclista argentino, o qual Antonino havia nos apresentado, participou do churras. Fernando, por sua vez, falou da sua preocupação para com o pneu traseiro da sua motocicleta. Está quase no "arame" ... falou.
Depois do bom churrasco, mais uma vez preparado pelo Celso, com excelentes e geladas cervejas argentinas, o grupo começou a se encaminhar para as barracas. O frio ficara mais intenso e o vento não deixava por menos.
Por volta das 23 horas, Peterson comunicou que Angelino e Paulo se encontravam algumas horas e quilômetros à frente, rumando direto para Porto Alegre. Em nota, disse Angelino: ... Aí galera, devido ao vazamento de óleo na bengala e correia muito frouxa, vou abreviar a volta indo até Buenos Aires e atravessando de barca para Montevidéo. Estamos em Rio Colorado...
E fomos dormir, pois combinamos acordar por volta das 6 da manhã.
Eram 3 horas e 30 minutos da madrugada, quando acordei em meio a um diálogo entre o Arli e outras duas pessoas, no mínimo, muito estranho:
no puedem ficar aí... tem que sacar la carpa ... não entendo .... que disse ? ai que sacar la carpa ... - sim, muito frio aí fora ... vamos acordar e sair daqui a pouco ... obrigado ! Os argentinos, entre eles: ele no entiende ... ... - tiene que sacar la carpa antes de las 6 horas ........ e se foram.
Na manhã, Arli relatou que eram dois guardas e que ambos bateram nas grades e ele levantou para ver do que se tratava ..... Me fiz de desentendido, imagina levantar as barracas na madruga e com aquele frio. Na verdade Arli cursa espanhol na escola Parobé, em Porto Alegre. Fabiana também relatou que bateram na porta do vestiário feminino e perguntaram se havia alguém, dado que a luz estava acesa. .... Ocupado ! .... Ocupado ! ... foi o que respondi, disse a Fabi.
Levantando Acampamento
O acerto que efetuáramos era de acordar aí pelas 6 horas, levantar acampamento e botar para rodar. Tínhamos que liberar a área onde colocáramos as barracas, posto que os associados começariam a chegar por volta das 8h para a ginástica e caminhada. Esse acerto havia sido feito pelo Antonino com um dos administradores, que certamente não repassou a informação para os guardas da noite. E assim o fizemos, sob um frio danado e muito vento. Antonino e Manoel não levantaram. O comboio começou rodar. Deixamos Puerto Madry com a intenção de parada para café na próxima cidade, a pouco mais de 140 km. Mais precisamente em Sierra Grande, onde realmente chegamos por volta das 8h. Notadamente, as conversas e as ações começavam a nos remeter para o voltar para casa o mais rápido possível. Estávamos literalmente rodando muito mais rápido, batendo sempre os 130 km .
Bastante preocupado com o Churrasco e a Reunião dos Rapinas, no sábado, lá na cidade de Rosário do Sul, ponto final da expedição, Alberi esboçava cada vez mais a sua preocupação, com alternados desânimos, tendo em vista a distância em que ainda nos encontrávamos.
Aceita Tarjeta ? Foi a partir desta manhã que começaram a faltar pesos argentinos para a grande maioria das pessoas do grupo. Poucos ainda tinham a moeda argentina. Então, abastecer, comer e gastar preferencialmente onde aceitassem "tarjetas" , pois os pesos estavam contados para uns, já em falta para outros.
Em Sierra Grande um bom café, mate, chimarrão, cafés e reabastecimento.
Estava sendo o primeiro dia da Fabiana sem a motocicleta. Como sobrara pães do churrasco, esses foram reaproveitados no café, posto que o que mais havia para venda eram as tais "média lunas" ... doces ou salgadas.
Os "sem", e os "quase" sem pesos, já puderam praticar, neste posto, o direito de uso das tarjetas.
Por nota, Arli informou ao Antonino da nossa localização, ao que o pedritense respondeu somente por volta das 11 horas, quando disse: estou saindo agora de Puerto Madryn.
E virou drama
Aqui Fernando voltou a falar das condições do pneu, o que foi constatado, por quase todos, que realmente o rio-grandino estava "quase sem pneu". Eu nem dormi direito por causa desse pneu .... imagina acompanhar o grupo em alta velocidade com esse pneu .... estou preocupadíssimo, dizia Fernando. Neste caso, como em outros nesta viagem, a solidariedade coletiva sempre acabou falando mais alto e o grupo definiu por passar em San Antonio Oste, 130 km, pois havia uma possibilidade de encontrarmos o pneu para a motocicleta do Fernando.
E retomamos a viagem. Rodamos tranquilos e acelerados, sem nenhuma interrupção até San Antonio Oste. Um pouco à frente do comboio, Fernando e eu tratamos de nos informar a respeito de locais onde poderíamos encontrar pneus para venda. Luego Ahí, respondeu um senhor para nós, apontando para revenda de pneus Pirelli. E lá fomos, quando adentrou, também na mesma avenida, o restante do comboio.
Depois de alguns diálogos e consulta ao estoque, No tiene ... foi a resposta a respeito do pneu. Somente em Baía Blanca, a uns 600 km, complementou o informante.
Alguns do grupo já estava "mirando" o entorno e também efetuando alguns registros fotográficos daquela parte da cidade.
Ao começarmos o movimento de retomada da viagem, um pequeno susto. Eis que Fernando, do outro lado da avenida, em conversa com Alberi e Geomário, quase teve a sua motocicleta abalroada por um motorista distraído, que estava dando uma marcha ré. ... Foi uma gritaria de "olha aí meu" ... pára aí! ... o motorista engatou uma primeira e sumiu rapidamente do entorno. E voltamos para a estrada, tendo agora duas preocupações bem explícitas:o pneu do Fernando e a exiguidade ou falta de pesos argentinos. Foi em Rio Colorado, 240 km, que voltamos a parar, agora para abastecimento das motos e dos integrantes do comboio. Eram 14 horas daquela quinta-feira. Primeira pergunta: aceita tarjeta ? No ! .. somente efectivo !
E efetuamos lanche reforçado de "meio dia". 
Na mesa conosco, Fernando reclamou do sanduíche ... esse pão está velho ... lanche sem gosto .... Mas na verdade era o pneu que não o deixava pensar em mais nada ..... Calma Fernando, vai dar tudo certo ... calma... Como calma Gilberto. Ainda faltam quase 200 km para a tal Baía Blanca ... como ter calma ?
Todos lancharam, descansaram, acalmaram o Fernando, ficando ainda acertado que sairíamos na frente.
Com 12º C em Caleta Olivia, temperatura bem melhor às que estávamos sendo submetidos, o grupo foi acordando, tomando café e tratando de arrumar cada qual os seus pertences, pois teríamos que ir ao mecânico para consertar a moto da Fabiana. 
Uma manhã de apreensividade para Fabiana, posto que a sua motoca estava indo para o conserto. Tempo de espera e resposta do conserto, dois vetores que preocupavam.  |
| A moto, carregadíssima com as bagagens |
e partimos na frente
Na intensão de ganhar tempo, fomos um pouco na frente, Geomário, Fabiana e eu de modo a chegar rápido na oficina, falar com o mecânico, enquanto os demais terminavam de se aprontar. Com auxílio do GPS e também com as indicações do Peterson, logo chegamos na rua da oficina. Erramos a numeração, o que foi logo corrigido, e efetuamos um retorno pela rua, ainda que na contra-mão, por uma extensão não maior do que 50 metros.
Nos apresentamos.Júlio, o mecânico, após se apresentar, recolheu a moto para o interior da oficina e logo começou a efetuar os trabalhos de substituição da correia.
Júlio, de plano, já avisara que a corrente, cedida pelo motociclista argentino, não serviria, mas que isso não seria problema, pois ele tinha uma correia própria para aquela motocicleta em depósito.  |
| Os demais do comboio, chegando na oficina do Júlio |
Com a marcha bastante lenta, fomos conversando e combinamos ir direto ao Petroleiro, pois essa estátua é o simbolo da cidade, além do que fica na área mais central de Caleta Olivia.
Acertamos em cheio. Eis que ao dobrarmos na avenida que leva para a estátua, de longe já podemos vislumbrar a Shadow encostada e sobre ela o Arli. Disse o parceiro: .... nem esquentei muito, pois sabia que a referência seria o Petroleiro e que alguém viria aqui .... e começamos a rodar em direção à oficina. 
Zoeira e gritaria para cima do Arli pelo grupo, que disseram poucas e boas para o parceiro. Falta muito, perguntavam uns. Como está o conserto ? perguntavam outros .... deixa o homem trabalhar, asseverou um outro... e assim a hora foi passando.
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| Arli, posicionando Antonino dos fatos |
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| Paulo e o todinho |
Uns até foram no interior da oficina, ... opinar, ver ... tudo na tentativa de ajudar ...... Outros arrumaram espaços para algumas brincadeiras e um outro... nem tanto !
A oficina do Júlio, é também um lugar de compra e venda de brinquedos usados e antigos, que fascinou em muito o Angelino.
E a moto da Fabi foi ficando pronta.
Fazer os testes, mas não esquecer de "completar o óleo", tarefa diária que a caxiense efetuava.
Em meio a isso, Antonino argumentou que a correia estava muito esticada ... Tchê, eu tenho muita experiência nisso, pois trabalho com bicicletas há dezenas de anos .... queria falar para o mecânico .... Depois regulamos melhor, argumentou um outro. Mas Julio, que certamente escutara, pegou uma chave, esticou a correia e argumentou que a folga estava dentro do limite aceitável para a rodagem......
Fabiana efetuou o pagamento e voltando para a rua, falaram ... vários .... : testa aí Fabiana ..... A correia funcionou, o que não funcionou, foi a embreagem, pois o mecânico disse não saber consertar. Deu uma apertada no cabo e sugeriu que fôssemos até a próxima cidade, de porte maior, onde poderíamos trocar o disco de embreagem e tal. E foi dado como concluído o serviço.
Um ajuste
Angelino, que estava necessitando de ajuste na correia da sua moto, aproveitou o ensejo e Júlio fez a regulagem. Perguntou ainda se o fato da fuga de óleo na bengala, pelos retentores, tal qual a moto de Geomário, seriam problemas para o deslocamento. No!, disse o mecânico... prudência tão somente e chegarão tranquilos "En Brasil!"
Agradecemos, nos despedimos e começamos a nos dirigir para o posto de combustível,bem no centro de Caleta Olivia.  |
| E o frentista pediu: puede sacar una foto com la moto ? |
E até mais ver ... Caleta Olivia!
Fomos assim, rodando a não mais do que 70 / 80 km, isto quando plana a rodovia. O calor foi se acentuando, o sol foi ficando mais ardente e a convicção de que estávamos muito distante do grupo.
Em um posto, também à direita, porém ainda um pouco antes de Comodoro Rivadávia, Fabiana e eu paramos para saber da localização ou alguma notícia do combobio, via Grupo WhatAspp.
E os colóquios e notícias escritas eram: - Nota do Alberi: onde estão vocês ?
- Antonino escrevera: estamos em Rivadávia !
- Reforçou Alberí: Estamos em Comodoro Rivadávia, em um YPF lado direito (YPF, posto de combustível).
- Alberi respondendo para Brito: Gilberto Cesar e Fabi se perderam !
- Antonino: Estamos em YPF, mais à frente, à direita !
Na verdade, nós não estávamos perdidos, mas antes com muitos problemas para rodar.
Sob muito calor, chegamos ao Posto - lado direito - se bem que estávamos cuidando a todos os postos que passávamos. Inteligentemente, os parceiros colocaram as motos bem na parte frontal ao posto, de modo que nos facilitou encontrá-los.
Como estão ! ... demoraram !? se perderam? ..... foram algumas das perguntas que tivemos que responder. 
Tratamos de lanchar, tomar líquidos gelados, pois o calor estava pegando. Fabi se recolheu um pouco ... Depois do Fin Del Mundo,
Fim de Moto para Fabiana
As conversas se sucederam e a conclusão de que a moto da Fabiana não teria condições de rodar era incontestável.
Bom, temos que pensar, falou Celso. - Retirar tudo da camionete, cada qual pega os seus pertences e vamos acomodar a motocicleta, foi o que falei. Mas aqui não dá ... rebateu Celso. A zona é muito central, e não tem como levantar a moto. . .. Vamos tentar um lugar mais à frente, ... um descampado. E tratamos de, agora juntos, encontrar o tal lugar descampado. Na verdade, nem todos juntos, uma vez que Paulo e Angelino,nem chegaram a esperar. Saíram antes do posto e se puseram a rodar.
Rodamos pouco mais de uma hora e passando um pouco do posto de combustível, lá estava um descampado. E, melhor ainda, com um barranco muito especial que parecia ter sido preparado exatamente para aquela ocasião e necessidade. 
O carro de apoio "enveredou", as motocicletas o seguiram e em pouco tempo estava começando a retirada de todo o material da camionete. Descarregar tudo, foi a ordem ! E sob um calor presente, beirando o insuportável, começamos a operação. 
Tudo descarregado, hora de colocar a motocicleta na carroceria da camionete
Não bastou colocar a moto na carroceria. Foi necessário sacar a roda dianteira, em plena camionete.
Levar na moto os pertences que não couberam e descartar o que se poderia.
Hora de partir.
Hora de retomar, quando os relógios marcavam 15 horas e 15 minutos.
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| E carregar, nas costas, o que não coube na camionete |
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| Camionete carregada |
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| Fabi, a mais nova caroneira no carro de apoio |
cadê a chave ?
Depois de termos rodado 178 km, chegamos na localidade de Garayalde para descanso, lanche e reabastecimento a quem desejasse. No posto, o abastecimento de uns, o ingresso no interior da loja de conveniência e para outros um sufoco: foi o caso do Peterson!
A chave da camionete ficara no interior da mesma. então ... se trancou .. falou o Celso .... Ela se trava automaticamente, complementou o proprietário do veículo. Peterson, que naquele momento vinha dirigindo o carro de apoio, esboçava imediata preocupação e chateação ... Vamos tentar abrir, falou o Celso, e quase todas as chaves ali disponível foram testadas sem sucesso. ....
Vários acorreram, falaram, lamentaram e um senhor do local falou: ... no tiene llaveros por acá! 
Cadê a chave reserva, perguntou alguém ... ao que o Celso respondeu ... lá dentro também .... tudo trancado !
Vamos arrombar, disse Celso, já pegando uma chave de fenda ..... Um arame, falou alguém ... e os operários de um posto de serviço de telefonia ou algo assim, ali próximo, se prontificaram, alcançaram arames, ferramentas, chaves e ... nada !
Vamos arrombar isso, sentenciou Celso.
Espere ! .. eu abro isso, disse um motociclista argentino, que acabara de estacionar a sua motocicleta no posto de combustível. Sou Daniel, disse o motociclista, e logo pegou uma barra de ferro e começou a forçar a porta em sua parte superior .... Vai arrebentar tudo, falou um dos operários que antes estava ajudando. Daniel parou, olhou e lascou: tienes alguna otra opción? No!, respondeu o interlocutor. 
Estás autorizado. Faça o que for necessário, disse Celso, e Daniel começou a forçar a porta, num trabalho silencioso e sem pessoas por perto .... o homem precisa de espaço, falava Celso ... Em poucos mais de cinco minutos abriu a porta ..... Foi muito legal. 
Daniel ganhou muitos abraços e o reconhecimento de todos, principalmente por parte do Celso. Passado o susto, problema resolvido, agora sim fazer um lanche, os comentários e o abastecimento da motos, pois já acertáramos que a próxima parada somente iria acontecer a 262 km, em Puerto Madryn.
Partindo... com dois a menos
Faltando 10 minutos para as 17 horas, o comboio começou seu deslocamento para o destino do dia. Do grupo original, agora estava confirmado que estávamos com menos dois, pois que Angelino e Paulo se evadiram do grupo. Notas via WhatsApp, davam conta que ambos estavam a um hora e pouco à frente. Por outra nota disseram: ... "acho que nos distanciamos .... saímos do posto ... andar mais um pouco" . O grupo continuou rodando e logrando cadenciadamente os quilômetros que ainda nos separavam da Puerto Madryn. Antonino rodou mais forte, pois queria garantir o pernoite no camping.  |
| Fabi mirando a chegada das motos, no posto |
Enquanto isso, o carro de apoio estaria indo ao supermercado para a compra dos gêneros alimentícios, pois à noite faríamos um churrasco. Coube a mim conduzir os motociclistas até o camping, localizado na sede campestre da Associação dos Empregados do Comércio, a mesma que nos recebera da outra vez. Foi barbada, ... bastou retornar uns 50 metros, contornar uma "rotonda" à esquerda e descer lomba-a-baixo .... uns 4 km à frente e lá estava a Associação.
Camping e Churrasco
Antonino já estava lá, conversando com outros motociclistas argentinos. Nessa ocasião, nos apresentou o Manuel, a quem estivera ajudando outro dia, em função da corrente da motocicleta que havia rebentado. Manuel é morador da cidade de San Xavier, cidade fronteiriça com Porto Xavier, no Rio Grande do Sul, o nosso Estado.
Estava frio e ventoso em Puerto Madryn.
Mal começamos a montar o acampamento, quando Manuel e Antonino disseram que haviam instalados suas barracas em uma área coberta frente aos vestiários. Reforçaram que a noite seria gelada e com vento, sugerindo que nós fizéssemos o mesmo. 
Assim, abandonamos o "campo aberto" e tratamos de apertar as barracas no espaço ao lado de onde ambos já estavam instalados. Fabiana fez o mesmo, porém do lado dos vestiários femininos. Pelo vento que soprava, a noite prometia ser gelada mesmo.  |
| Celso, Alberi e Peterson, ficaram na área descoberta |
Ficaram na área "coberta" Arli, Geomário, Fernando, Antonino, Manoel e eu. Por falta de espaço, os dois primeiros dividiram a mesma barraca.
Anoitecera em Puerto Madryn 
Rolou um baita churrasco, com muitas conversas e ouvidos em um radinho de pilhas onde um locutor argentino narrava a partida entre Grêmio e Lanús, jogo na argentina, o primeiro da final da Libertadores 2017. Como o jogo estava acontecendo na Província de Buenos Aires, e também pela qualidade e tamanho do radinho, as ondas iam e custavam a voltar ao que Fernando falou: ... daqui a pouco consultamos na Internet e teremos o resultado final. Abandonamos o radinho e ficamos nas conversas e churrasco. 
Manoel, o motociclista argentino, o qual Antonino havia nos apresentado, participou do churras. Fernando, por sua vez, falou da sua preocupação para com o pneu traseiro da sua motocicleta. Está quase no "arame" ... falou. 
Depois do bom churrasco, mais uma vez preparado pelo Celso, com excelentes e geladas cervejas argentinas, o grupo começou a se encaminhar para as barracas. O frio ficara mais intenso e o vento não deixava por menos. Por volta das 23 horas, Peterson comunicou que Angelino e Paulo se encontravam algumas horas e quilômetros à frente, rumando direto para Porto Alegre. Em nota, disse Angelino: ... Aí galera, devido ao vazamento de óleo na bengala e correia muito frouxa, vou abreviar a volta indo até Buenos Aires e atravessando de barca para Montevidéo. Estamos em Rio Colorado...
E fomos dormir, pois combinamos acordar por volta das 6 da manhã.
15º dia
23/11/2017
23/11/2017
Um diálogo muito estranho e
com poucos pesos nos bolsos
com poucos pesos nos bolsos
no puedem ficar aí... tem que sacar la carpa ... não entendo .... que disse ? ai que sacar la carpa ... - sim, muito frio aí fora ... vamos acordar e sair daqui a pouco ... obrigado ! Os argentinos, entre eles: ele no entiende ... ... - tiene que sacar la carpa antes de las 6 horas ........ e se foram.
Na manhã, Arli relatou que eram dois guardas e que ambos bateram nas grades e ele levantou para ver do que se tratava ..... Me fiz de desentendido, imagina levantar as barracas na madruga e com aquele frio. Na verdade Arli cursa espanhol na escola Parobé, em Porto Alegre. Fabiana também relatou que bateram na porta do vestiário feminino e perguntaram se havia alguém, dado que a luz estava acesa. .... Ocupado ! .... Ocupado ! ... foi o que respondi, disse a Fabi.
O acerto que efetuáramos era de acordar aí pelas 6 horas, levantar acampamento e botar para rodar. Tínhamos que liberar a área onde colocáramos as barracas, posto que os associados começariam a chegar por volta das 8h para a ginástica e caminhada. Esse acerto havia sido feito pelo Antonino com um dos administradores, que certamente não repassou a informação para os guardas da noite. E assim o fizemos, sob um frio danado e muito vento. Antonino e Manoel não levantaram. O comboio começou rodar. Deixamos Puerto Madry com a intenção de parada para café na próxima cidade, a pouco mais de 140 km. Mais precisamente em Sierra Grande, onde realmente chegamos por volta das 8h. Notadamente, as conversas e as ações começavam a nos remeter para o voltar para casa o mais rápido possível. Estávamos literalmente rodando muito mais rápido, batendo sempre os 130 km .
Aceita Tarjeta ? Foi a partir desta manhã que começaram a faltar pesos argentinos para a grande maioria das pessoas do grupo. Poucos ainda tinham a moeda argentina. Então, abastecer, comer e gastar preferencialmente onde aceitassem "tarjetas" , pois os pesos estavam contados para uns, já em falta para outros.
Em Sierra Grande um bom café, mate, chimarrão, cafés e reabastecimento. Estava sendo o primeiro dia da Fabiana sem a motocicleta. Como sobrara pães do churrasco, esses foram reaproveitados no café, posto que o que mais havia para venda eram as tais "média lunas" ... doces ou salgadas.
A ordem era economizar pesos !
Por nota, Arli informou ao Antonino da nossa localização, ao que o pedritense respondeu somente por volta das 11 horas, quando disse: estou saindo agora de Puerto Madryn.
E virou drama
Aqui Fernando voltou a falar das condições do pneu, o que foi constatado, por quase todos, que realmente o rio-grandino estava "quase sem pneu". Eu nem dormi direito por causa desse pneu .... imagina acompanhar o grupo em alta velocidade com esse pneu .... estou preocupadíssimo, dizia Fernando. Neste caso, como em outros nesta viagem, a solidariedade coletiva sempre acabou falando mais alto e o grupo definiu por passar em San Antonio Oste, 130 km, pois havia uma possibilidade de encontrarmos o pneu para a motocicleta do Fernando.
E retomamos a viagem. Rodamos tranquilos e acelerados, sem nenhuma interrupção até San Antonio Oste. Um pouco à frente do comboio, Fernando e eu tratamos de nos informar a respeito de locais onde poderíamos encontrar pneus para venda. Luego Ahí, respondeu um senhor para nós, apontando para revenda de pneus Pirelli. E lá fomos, quando adentrou, também na mesma avenida, o restante do comboio.
Alguns do grupo já estava "mirando" o entorno e também efetuando alguns registros fotográficos daquela parte da cidade.
Ao começarmos o movimento de retomada da viagem, um pequeno susto. Eis que Fernando, do outro lado da avenida, em conversa com Alberi e Geomário, quase teve a sua motocicleta abalroada por um motorista distraído, que estava dando uma marcha ré. ... Foi uma gritaria de "olha aí meu" ... pára aí! ... o motorista engatou uma primeira e sumiu rapidamente do entorno. E voltamos para a estrada, tendo agora duas preocupações bem explícitas:o pneu do Fernando e a exiguidade ou falta de pesos argentinos. Foi em Rio Colorado, 240 km, que voltamos a parar, agora para abastecimento das motos e dos integrantes do comboio. Eram 14 horas daquela quinta-feira. Primeira pergunta: aceita tarjeta ? No ! .. somente efectivo ! 
Gilberto, disse a Fabiana, pega a gasolina do Tarrinho Verde, e daí trocamos pelo lanche. Lá dentro aceitam tarjeta ..... E lá veio o Celso com o Tarrinho para completar o tanque da minha motocicleta.
Na mesa conosco, Fernando reclamou do sanduíche ... esse pão está velho ... lanche sem gosto .... Mas na verdade era o pneu que não o deixava pensar em mais nada ..... Calma Fernando, vai dar tudo certo ... calma... Como calma Gilberto. Ainda faltam quase 200 km para a tal Baía Blanca ... como ter calma ? 
Rumando para a Baía Assim, Fernando e eu começamos a rodar um pouco antes do comboio, propriamente dito, de modo a chegar bem antes em Baía Blanca, encontrar a revenda Suzuki, cujo endereço já se encontrava gravado no GPS ... e assim ..... nos largamos. Aos 127 km rodados, o meu combustível já estava prá lá de baxíssimo. Pressenti que não lograríamos os 47 km que ainda faltavam para Baía Blanca. Então, uma meteórica parada na localidade de Médanos, província de Buenos Aires, para abastecimento. Aceita tarjeta?
Sí !
então completa o tanque ....
Com super ?
Sim ! Tudo muito rápido, pois afinal precisávamos ganhar tempo. E perdemos muito tempo na hora de efetuar o pagamento. O sistema não funcionava. Não dava linha. Trocaram de máquina para passar o cartão duas vezes ... queda de energia ..... e o Fernando quase tendo um infarto ! ..... Não pode, dizia ... Moço, nos precisamos estar em Baía Blanca, trocar o pneu da moto .............
E o sistema não funcionou. Juntamos tudo o que tínhamos. O Fernando até que estava bem de "pesos" porém, mal deu para pagar e saímos novamente "voando". Em Baía Blanca já passava das 16 horas quando começamos a cruzar pelo centro da cidade. Uma olhadela para lá, .. outra para cá e a constatação primeira de que estávamos numa grande e bonita cidade. Mas o GPS estava nos levando para a revenda Suzuki. Chegamos e o Fernando foi logo falando a um jovem que estava atrás de um balcão: boa tarde ... tem pneu para motos?
- que disse?
- pneu, roda, aro, pneumático !
- há ... neumático ! No! ... aqui é somente revenda. Mas explico onde encontrar. A explicação foi demorada, enrolada e foram dois os endereços onde encontraríamos o tal "neumático". De quebra, o jovem ainda queria saber da viagem, dos "auto colantes", os quais por aqui chamamos de adesivos, e o Fernando quase tendo uma crise.
Obrigado... e saímos em disparada.
Sí !
então completa o tanque ....
Com super ?
Sim ! Tudo muito rápido, pois afinal precisávamos ganhar tempo. E perdemos muito tempo na hora de efetuar o pagamento. O sistema não funcionava. Não dava linha. Trocaram de máquina para passar o cartão duas vezes ... queda de energia ..... e o Fernando quase tendo um infarto ! ..... Não pode, dizia ... Moço, nos precisamos estar em Baía Blanca, trocar o pneu da moto .............
E o sistema não funcionou. Juntamos tudo o que tínhamos. O Fernando até que estava bem de "pesos" porém, mal deu para pagar e saímos novamente "voando". Em Baía Blanca já passava das 16 horas quando começamos a cruzar pelo centro da cidade. Uma olhadela para lá, .. outra para cá e a constatação primeira de que estávamos numa grande e bonita cidade. Mas o GPS estava nos levando para a revenda Suzuki. Chegamos e o Fernando foi logo falando a um jovem que estava atrás de um balcão: boa tarde ... tem pneu para motos?
- que disse?
- pneu, roda, aro, pneumático !
- há ... neumático ! No! ... aqui é somente revenda. Mas explico onde encontrar. A explicação foi demorada, enrolada e foram dois os endereços onde encontraríamos o tal "neumático". De quebra, o jovem ainda queria saber da viagem, dos "auto colantes", os quais por aqui chamamos de adesivos, e o Fernando quase tendo uma crise.
Obrigado... e saímos em disparada.
E saímos cidade à fora, indo em direção ao primeiro endereço, pois distava poucos quarteirões. Perdemos um bom tempo, devido o grande numero de semáforos, e chegamos na Euromoto. No ! No tiene, disse o atendente. Mas se prontificou em ligar para a loja, que na verdade era o nosso segundo endereço. Falou e nos informou que havia o pneu e que estariam nos esperando até as 19 horas. Tínhamos portando pouco mais de hora para efetuar a compra. Lá saímos pelas ruas, novamente, meio que na corrida, pois este era bem mais retirado da área central. Cruzamos, nos perdemos, voltamos e eis que um das cruzadas, falou o Fernando: olha a nossa camionete ali ... e as motos ... são eles ! E no semáforo seguinte já estávamos juntos, indo para o "segundo endereço".
Soubemos, depois, que a camionete esteve na revenda Suzuki, souberam que estávamos a cata do pneu e com a localização, estavam indo para o primeiro endereço. Por sorte, os encontramos em meio ao caminho já do segundo endereço.
Alívio: Um pneu novo
Alívio: Um pneu novo
E o comboio foi chegando na Moto Repuestos, onde proprietários e atendentes já estavam nos aguardando. Confirmaram tão somente a bitola e modelo do pneu. Fernando pode ainda optar uma determinada marca e, de imediato nos indicaram uma "gomeria" onde poderíamos efetuar a troca do pneu da moto do Fernando, chegando inclusive a entrarem em contato, solicitando que nos aguardassem, dado o adiantado da hora.
Enquanto Fernando comprava o pneu, parte do o comboio ficou se refrescando em uma praça em frente a Moto Repuestos. A outra parte estava acompanhando o procedimento no interior da loja.
A poucas quadras da Moto Repuestos, chegamos a "gomeria" Bocca, que também fora avisada de estávamos com o pneu e precisávamos efetuar a substituição.   |
| Moto para o interior da loja e começou a substituição |
E a moto ficou pronta
Tudo nos devidos lugares, agora pegar informações de hotéis ou pousadas. As informações recebidas indicavam para a área mais central da cidade, onde estavam concentrados alguns hotéis. E para lá nos dirigimos, agora sob o manto da noite.O sacrifício para a hospedagem
Não foi nada fácil conseguir um lugar para nos hospedarmos em Baía Blanca. Seguindo a orientação recebida, chegamos de plano no Hotel Chiclana , onde o Fernando foi efetuar as negociações.
Disse-nos,: o preço não é lá dos menores, mas é um baita hotel. A garagem fica em frente e podemos nos hospedar. Muito bem!! E fomos ingressando no hotel, largando maletas e capacetes, numa falação só. A atendente já saiu dizendo que apenas as motos teriam direito a "cochera" ao que chamamos garagem. Como assim, disse o Fernando. A pouco estava tudo garantido! No ! só las motos ... Tá bom, vamos dividir entre todos o custo da camionete, falou alguém ... e continuamos: Pessoal, cada um já paga o seu, eles aceitam tarjetas! .... No !, disse a atendente. Uma tarjeta por habitacion, como são duas, serão duas as tarjetas. ... "Falando com cordialidade ao grupo disse estar pressentindo que o "hotel" não estava nos querendo como hóspedes .... bem capaz! ...falaram alguns. E efectivo, alguns podem pagar com dinheiro, disse Fernando. No !, disse a atendente. Repassem aí entre ustedes e, ... solo una tarjeta por habitacion, rebateu. E tentamos passar a primeira tarjeta. Demorou, discou, e não liberou ... A segunda nem tentamos e começamos a dizer que iríamos procurar um outro hotel. Sí ! disse a atendente. .... Aqui a duas quadras tem um e mais adiante tem outro ......... e fomos dando o fora. Como as motos e o carro já estavam na garagem, lá voltamos para ver o que fazer e como fazer. Primeiramente, repor aquilo que já havia sido retirado das motos e carro de apoio.
Estamos Indo ....
como assim ?
Como o grupo estava (os que restaram) ali reunidos, chateados, cansados e estressados, Peterson chamou a todos e comunicou que o carro de apoio estava indo embora, direto para Caxias do Sul Levar a moto da Fabiana, pois que segunda alguns já trabalhariam. Esta é a nossa intenção, mas se o grupo achar que devemos ficar, claro que ficaremos, concluiu. Imediante, insisti na causa principal dessa decisão .... é que estamos muito estressados, não tá dando ... concluiu Peterson.
Como as palavras foram "meio ditas" e ditas nas "entrelinhas", falei: Não aceitamos, e se o fizerem iremos considerar como abando do grupo, com sérios prejuízos para o moral do comboio. Fabiana, que vinha no carro de apoio, estava espantada, e certamente não sabia da intenção. Celso, Alberi e Peterson entreolharam-se e veio a resposta por Peterson. Tá certo, ficaremos. Vamos em busca do hotel. Como a garagem é terceirizada, e não de propriedade do Hotel Chiclana, combinamos deixar ali mesmo os veículos e pernear em busca de hospedagem. Começamos a caminhar para um outra indicação, bem distante, a uns quatro quarteirões, na imediações da praça central. Achamos o hotel, que não era lá essas coisas. Não havia garagem, e a proprietária disponibilizaria tão somente duas habitações. Estavam Peterson, Arli, Fernando e eu.
Ok, vamos conversar entre nós e já lhe falamos, disse Peterson. Eu já vou ficar aqui disse Fernando. Eu não tenho nenhuma mochila ... vou ficar e já vou para o banho .... e entrou para o quarto, sem ao menos conversarmos ..... Saímos, nós, dispostos a ir a uma outra indicação que fora prestada por uma atendente de uma lanchonete. O Victória, falara ela. É bem bom. E lá fomos. Esta indicação ficava exatamente a duas quadras da garagem onde estavam as motos.
Arli, Fabiana e eu ainda saímos para uma refeição e uma boa cerveja argentina. Antonino recebeu a informação de que estávamos pernoitando em Baía Blanca. Disse que estava em uma cidade antes. Falou ter furado um pneu, ter deixado a moto com a chave em "on", o que "matou" a bateria. Foi ajudado por um caminhoneiro e se desculpou por não ter se comunicado.
Depois da cerveja, Fabi Arli e eu retornamos para o Victória, onde os parceiros já se encontravam recolhidos.
Fotos: vários autores, parceiros de viagem
Relato: Gilberto Cesar
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