quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Ushuaia: A Aventura do Moto Amigos RS - Parte 05

Ushuaia 
                                
9º dia            17/11/2017                            
O Ápice
da          
Aventura
          



                      Exatamente e conforme o cronograma,  o grupo   
Moto Amigos doRio Grande do Sul, estava adentrando na terra sonho, na terra emblema, na terra vontade, na terra fin del mundo, na terra desejo do motociclismo aventura.                                                             



                 Ushuaia, nós Chegamos !     

        Foi um momento tão excepcional e incomparável, em que a alegria coletiva foi estampada pelo descer das motos,  meio que correndo, e abraçar um a um aos companheiros de jornada; os abraços apertados eram fraternos; o aceno para qualquer lado, para qualquer coisa  eram para dizer:


chegamos .... 
cheguei  !                                    



   Emocionante e respeitável foi  ver, por vezes, algum  ou mais outros, silenciados num solitário segundo...parecendo agradecer...parecendo dizer a si mesmo que ali estavam,  vitoriosos em si e jubilosos pelo feito.
      Foram muitos  os abraços entre os nossos parceiros. A alegria, que esteve escancarada nos rostos, se retratava nos olhos vívidos e nos boquiabertos sorrisos.                                                 Que momento especial, diferente e surpreendentemente maravilhoso.
                        Na entrada da cidade, pórtico principal, um grande numero de pessoas nos recepcionavam, perguntavam e davam as boas vinda.    
             Era um pouco mais das 16 horas. No local, a recepção aos motociclistas se deu por parte do Moto Grupo Latitud 54 Sur , organizador do 10º Encuentro Motoviajeiros En Fin Del Mundo. 
Eram mais desejos de  boas vindas,  abraços e as primeiras conversas.    Cafés, refrigerantes e lanches estavam sendo oferecidos pelos anfitriões ali mesmo, mas  a euforia do chegar, a ânsia dos registros fotográficos, não cederam lugar para aquele momento gastronômico. 
 

Na recepção, um grande banner anunciava o evento de motos no Fin Del Mundo.

                 A euforia continuava entre nós. Mais fotos, mais sorrisos, mais abraços.  O tempo parecia que se esvoaçava, que nos transportava rapidamente para todos os lados e cantos daquele pórtico. Nós parecíamos voar, para mais velozmente tudo olhar, tocar, sentar, fotografar. Era tudo quase correndo o que fazíamos.                                         
     
       Pura emoção, ação, reação e  contemplação num piscar de vários olhos.                 





    Dia 17 de novembro de 2017 
      uma data memorável para nós.    

Conhecendo, visitando e                se acomodando                                  
 Passada a euforia, hora de começar a ingressar efetivamente no perímetro urbano da cidade. Na cruzada pelas ruas, algumas íngremes, outras sem calçamento, outras com asfalto, onde me pareceu ser a admiração mútua.                                                                            A nossa,  era porque estávamos vendo ali, naquela terra - tudo pela vez primeira: montanhas por todos os lados; as baixas e médias edificações; um prédio enorme com os dizeres Cárcere de Ushuaia- prisão Militar e Museu Marítimo e, somando-se a tudo isso, o mar se estendendo abaixo.                                                                        

Por parte da população, que aquela hora começava a retornar para a sua casas, os aceno e abanos para o lento comboio eram muitos. As motos embandeiradas com as cores verde e amarela, e o ronco de 12 motores, tão próximos uns dos outros deixava também a sua marca: uma lenta procissão dos viajeiros do Moto Amigos do Rio Grande do Sul.       
                                       
Indo ao local do evento
Rumamos então para o local do 10º Encuentro Motoviajeiros En Fin Del Mundo, Centro Cultural Esther Fadul.  O evento ainda não estava aberto ao público, porém a venda de ingressos e pacotes para os show's e para alimentação, estavam sendo comercializados.                        Adentramos, conversamos com o pessoal da organização e voltamos para a parte externa, onde um bom número de motociclistas se agrupava em pequenas turmas. Claramente, dava para identificar argentinos, chilenos, uruguayaos paraguayos e brasileiros, pelas vestes embandeiradas e pelas placas das motos.                                          



Indo para o Hotel                                       
     E tratamos de ir para o hotel, o Tierra Mística que já estava previamente reservado. Pela indicação, o estabelecimento distava um quarteirão do centro da cidade.    Novamente uma peregrinação, agora pela área central, sendo a subida por uma rua muito íngreme, cujo calçamento molhado exigiu atenção, mas na dobrada chegamos ao Hotel      
O Tierra Mística, ao lado da pizzaria e as motos sendo estacionadas




                             Nós ficamos instalados numa espécie de duas casas. Muito confortáveis, com cozinha, sala  e banheiros na parte inferior e os quartos no piso superior. Muito aconchegante as dependências.                                                        

                   Mal me instalei e depressa tratei  de  dar uma saída para conhecer o centro da cidade, ainda naquele resquício de luz solar. A temperatura estava em 6º graus, com chuvisco leve e gelado.        A rua San Martin, a principal da cidade, estava muito próxima do hotel, e foi somente descer uma lombada e ali estava o coração do Ushuaia...pulsando com a rua sendo invadida pelos turistas ....  lojas souvenirs, lanches, roupas e muitas outras ... o comércio estava bombando !                                     





 



A cidade teve sua organização muito em função da construção de um grande presídio, em 1902, cuja mão de obra já era a presidiária, tendo sido finalizado em 1904.   Foi desativado em 1947 pelo presidente Juan Perón, por razões humanitárias.  
    As condições da época, o trabalho dos presos, as raríssimas fugas e os presos famosos são motivos de abundante exploração comercial, na forma de lembranças, uniformes, recordações, souvenirs, dentre outros.                                       



Paulo 
Geomário
  A noite, que já estava muito presente,    agora com seus 2º graus, fez o grupo se recolher, cada turma em sua casa e esperar pelo jantar que estava sendo preparado pelo Paulo, com assessoria do Geomário.  Os cafés, no entanto, cada turma tratou de arrumar os seus.    
Fernando
           Na hora da janta coletiva, entre outras brincadeiras e risos,     Fernando bradou: ...  como assim, o Paulo na cozinha ? .... eu não entendo o que é que a Fabiana veio fazer aqui ?    muitos foram os risos!                                                                                       
Fabiana
 
Ao que, a caxiense lascou:  ...  Fernando, eu vim aqui para te ensinar a fazer curvas ... tu não sabe entrar e nem sair das curvas... é isso o que vim fazer aqui .....
daí as gargalhadas se sucederam ........                   

               Eu sou engenheiro, gosto de retas. Se gostasse de curvas seria arquiteto, justificou o rio-grandino, mas, .... no entanto já havia sofrido o pênalti...                                                                              Fabi se referia ao fato de que Fernando reduzia muito a velocidade na hora de ingresso e de saída de uma curva nas rodovias.                                             As brincadeiras ainda prosseguiram. Mais tarde alguns até cogitaram dar uma passada no encontro de motos, porém não passou disso e todos começaram a se recolher.                                                                                       
Foi isso o 1º dia de Ushuaia.               


Fotos:  vários autores, parceiros de viagem
   Relato: Gilberto Cesar

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