terça-feira, 27 de maio de 2014

Tarde na Tenda


UMBU

 
   O frio deste final de semana, 24 e 25 de maionão afugentou a parceria do MG COM DESTINO e do MOTO CASAL a um encontro na Tenda do Umbu. A proposta foi de Deise Wartha visando, além da integração, o bom rever das parcerias.

         O encontro se concretizou na tarde do domingo com a chegada da turma lá pelas 14 horas à Tenda do Umbu, na localidade de Picada Café.
Nelsi, Afonso, Paulo, Deise, Anderson, Gilberto Cesar e Jonas 
 
              Na chegada, os tradicionais cumprimentos e abraços e, em rápidas conversas, a entrega dos "recuerdos" trazidos da Argentina para os colegas que não acompanharam - Jonas, Deise e Anderson - e, uma lembrança para Paulo, Afonso e Nelsi, por  Gilberto Cesar, para marcar a viagem à Argentina.  





         





 








                        



            A Tenda do Umbu é um tradicional ponto de encontro de motociclistas e costuma reunir, aos fins de semana, um grande número de pessoas e máquinas.

           Lá a conversa rola frouxa nos ambientes internos bem como ao ar livre, onde são colocadas mesas e cadeiras, tudo à disposição dos visitantes. 
 Nessas rodas de conversas, o chimarrão, os chocolates e os cafés,  ajudam a esquentar o ambiente bem como as pessoas que lá acorrem. Na serra o frio parece ser bem mais frio.


          Em um palco, estilo quiosque, um solitário músico violonista canta e dedilha canções de todos os tempos, muito embora as atenções de quase todos estejam voltadas para as conversas, vistorias de outras motocicletas e visitação à loja local, que vende produtos típicos da região: alimentos, roupas e diversos outros apetrechos para a turma das duas rodas.


Quem foi à Tenda:

         Paulo Figueiredo, Jonas Santos e Gilberto Cesar, todos de Shadow (Paulo foi em sua Shadow 750, ano 2013. Essa moto inteiríssima está à venda).

          Deise Wartha e Anderson, na Hornet 600.

       Afonso e Nelsi, Shadow 600. Lembrando que estes parceiros vieram de Santa Cruz do Sul.

         Foi um boa tarde, em que a última viagem do grupo, Puerto Iguazú, foi o tema principal dos comentários e das informações.

Por definição, ficou cancelada a Serra do Rio Rastro para junho, passando, possivelmente, para o mês de agosto. 
      Para junho ficou sinalizada uma visita a Rio Pardinho, (Rancho do Afonso e Nelsi) com direito a fogueira e guloseimas de São João.


        Passadas duas horas e pouco começou a dispersão e, antes disso, uma parada em uma tenda de estrada para compra de pinhão.







        O frio, já quase ao final da tarde, se fez sentir ainda mais, mas com certeza não desanimou e nem desencantou a bela paisagem serrana, principalmente para as épocas em que o frio passa a ser cartão postal do Rio Grande.

Uma parada compra de pinhões, .. . cozidos !

Foto batida pelo proprietário da banca de estrada










 
Jonas e o simpático proprietário da banca
Relato: Gilberto Cesar
Fotos: Jonas Santos 
Revisão: Cesar Trindade de Oliveira 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA PARCERIA


A importância de uma boa Parceria

      Recentemente efetuamos uma viagem de motocicleta para a cidade de Puerto Iguazú, na Argentina. 
A  quilometragem ficou  por volta de mil e oitocentos quilômetros.
        Foram três motos e quatro pessoas.

      Paulo Figueiredo de CB 100, Afonso e Nelsi, tal qual eu, com Shadow 600.


        Fizemos roncar as motos na madrugada do dia oito de maio, uma quinta-feira, isto por volta das duas horas da manhã, para lá em Santa Cruz do Sul encontrar o Moto Casal.
      Até Santa Cruz do Sul, Paulo e eu não tivemos nenhum problema,  tudo na maior normalidade. 
Encontrando o casal, começamos a  rodar rumo a Argentina. 

      Uma falha no sistema elétrico e, minha moto para.         
     Todos ajudam e logo lhes pergunto se não estou a atrapalhar os planos dos viajantes com este retardo e preocupações. 
     Nada disso, respondem todos.    Parceria é parceria. 
 
          Fiz esta pergunta, até porque se tratava da primeira viagem conjunta MG COM DESTINO e MOTO CASAL.

      Moto funcionando, vai-se em frente até que um prego se atraca no pneu traseiro da minha moto. Novamente uma parada. 

 
       Agora, uma grande parada, pois há a necessidade de reboque, borracheiro e deslocamento por dez quilômetros do local da parada até o local para o conserto. 
       Manifesto novamente minha preocupação. Acredito até que esteja  atrapalhando e, então lhes disse:  talvez devessem vocês seguir em viagem.
      Novamente todos respondem,   Nada disso !
     Parceria é parceria. 
 
        Voltamos  a rodar e lá pelas bandas de Ijuí, noroeste gaúcho, as falhas no sistema elétrico voltam a truncar o deslocamento da moto.  Fomos até  uma revenda Honda onde foi constatado que os cabos da bateria é que não estavam devidamente apertados. 

       Tudo, finalmente  resolvido.
    
      Na fronteira, Brasil Argentina, o Paulo não conseguiu passar por falta da carteira de identidade. Ficou chateado e falou em retornar.
     Todos responderam.   Bem Capaz! 
 
    Vamos esperar o documento chegar, via rodoviária, e depois seguiremos a viagem.          
       Parceria é parceira, dissemos.

         Passado isso, o restante foi muito bem até o local de destino. 

 
      No retorno, por acerto, dispersaríamos o grupo na cidade Cruz Alta. 
      A dupla  de Porto Alegre viria por Soledade e o Casal, iria para Santa Cruz do Sul, via Salto do Jacuí. 

A razão disso, ficou por conta da quilometragem, da trajeto mais retilíneo, para se chegar a capital. 
 
       Perguntamos ao casal se haveria algum problema.
      Jamais, responderam.    
    Parceria é parceria.
 
           Assim concluímos a viagem e tudo muito bem legal. Com isso deixamos janelas e portas abertas para outras viagens e penso que todos teremos grande alegria quando reencontrar estas parcerias






1. associação ou sociedade de indivíduos que tem por fim a preservação de interesses comuns

parceria In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [Consult. 2014-05-15].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/parceria>.

1. associação ou sociedade de indivíduos que tem por fim a preservação de interesses comuns

parceria In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [Consult. 2014-05-15].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/parceria>.

Gilberto Cesar
MG Com Destino

quarta-feira, 14 de maio de 2014

COMO FOI PUERTO IGUAZÚ

PUERTO IGUAZÚ







           A anunciada e longínqua viagem à Argentina aconteceu para o Moto Grupo COM DESTINO que prazerosamente teve como parceiros de viagem os integrantes do Moto Grupo  MOTO CASAL, da cidade de Santa Cruz do Sul.

Data da Viagem: 8 à 11 de maio de 2014
Destino: Puerto Iguazú - Argentina

Motociclistas: Gilberto Cesar e Paulo Figueiredo - MG COM DESTINO
Afonso e Nelsi Schanaider - MG MOTO CASAL

Motos: 2 Shadow 600
       1 CB 1000
Kilometragem percorrida: 1.800km


A PARTIDA

          Eram duas horas e trinta minutos da manhã, quinta-feira, 8 de maio. Os galos ainda dormiam quando, no tradicional Posto Laçador, Paulo Figueiredo já aguardava por Gilberto Cesar para, dali, seguirem viagem até a cidade de Santa Cruz do Sul ponto de encontro com o MOTO CASAL, e de lá - com o comboio completo - seguirem ao DESTINO Argentino.
Monumento  Laçador  Porto  Alegre

          Até a terra do fumo, foram pouco mais de duas horas com estrada bastante deserta, forte neblina e algum nevoeiro, por vezes. Mas lá chegamos, depois de termos passado o local do encontro, POSTO NEVOEIRO. O posto nevoeiro fica no lado esquerdo da estrada, num lugar alto, cercado de árvores, o que dever ter contribuído para que passássemos. Mas, tudo tranquilo, efetuamos o retorno e rapidamente ficamos à espera dos motociclistas parceiros, Afonso e Nelsi. Em cinco minutos, o ronco da Shadow dos parceiros anunciava que o comboio estava prestes a se completar.
          Os cumprimentos, a alegria pelo encontro, a felicidade e a expectativa pela viagem nos prenderam por pouco tempo em solo e, de plano, pegamos a estrada.  Agora eram três motos rasgando o silêncio da BR 386.
 Paulo, Gilberto Cesar, Nelsi e Afonso


O QUARTETO EM VIAGEM
          Afonso à frente, Gilberto Cesar e Paulo Figueiredo era a composição inicial da viagem. Porém, uma parada inesperada logo aos quinze minutos de deslocamento fez-se necessária: a Shadow do Gilberto Cesar começou a apresentar uma sequência de falhas, com a interrupção no sistema elétrico.
Melhor parar!
  De pronto, Afonso e Paulo abriram o compartimento lateral que protege a bateria e "puxa fios", "aperta aqui", "aperta li" e a Shadow deu novamente sinal de vida; prossegue-se a viagem. Claro que a torcida foi muito grande para que os "mecânicos-eletricistas" de que dispúnhamos ali naquele momento tivessem acertado e, com os "puxões", solucionado o problema da falha. O certo é que deu certo e, já em Candelária, deixamos a BR 287, pegando então a direção para Salto do Jacuí.


PARANDO OUTRA VEZ

          Outra parada, e novamente inesperada, agora a roda traseira da Shadow do Gilberto Cesar encontrou um prego e dele não se desgrudou, tendo como resultado um pneu furado.
Por sorte, estávamos para efetuar o primeiro reabastecimento. Estávamos passados cerca de 10km da cidade de Arroio do Tigre. Constatada a triste realidade, o jeito foi mesmo aceitar o conselho do frentista, que de pronto ligou para uma borracheiro dele conhecido, ao que tivemos como resposta: a partir das 7h:30min ele começa o expediente e aqui virá para recobrar a moto. 
Constatado o estrago, nos restou tomar um belo café, e depois contemplar aquela haste de metal, que é usada normalmente para unir objetos, sendo preferencialmente usada em madeiras, enterrado de maneira inadvertida no pneu traseiro da moto.
 
 O prego no pneu e
 a conversação dos amigos


REBOCANDO A MOTO
          Às 7h:40min chegou o borracheiro, de nome Edison, que apontou lá como uma camionete para rebocar a moto. Com apoio de todos a moto foi colocada, amarrada e rebocada para Arroio do Tigre.
Uma rampa improvisada para acomodar a moto

Afonso conferindo o Manual
          Pegunta-nos o dono da borracharia Schneider:  alguém sabe como se tira esse "enorme" pneu? - Não!respondemos em coro, ao que prontamente o Afonso complementou: - mas o MANUAL sabe!
          De posse do manual da moto do Afonso, ficou fácil a ação prática e, somada a habilidade e da boa vontade de todos os empregados da borracharia, a roda foi sacada. Daí a triste constatação: a câmara foi para o beleléu. O ventil desprendera-se totalmente. Impossível consertar. 
Uma nova câmara seria então necessária. Arroio do Tigre, nem pensar … talvez em Sobradinho, lá tem revenda da Honda. Por telefone, a notícia de que uma câmara do porte necessário, somente por encomenda. E um dos borracheiros teve uma grande ideia, ou melhor uma grandíssima ideia: uma câmara de fusca. Isso mesmo, uma câmara de fusca, com um jeitinho dará certo, ele afirmou. 
Então, sem muito ou nada de outra opção, o jeito foi topar. E tudo deu muito certo. A câmara deve ter gostado da ideia de ir passear na Argentina. 
Borracharia em Arroio do Tigre
         A roda foi recolocada, agora sem o auxílio do Manual e novamente estávamos na a estrada. Digamos que até aqui, com dois imprevistos na "conta" da moto do Gilberto Cesar.

disso ficam duas lições: 
1ª - a importância de se carregar o manual da moto, para este ou outros imprevistos; 
2ª - levar câmaras sobressalentes, é muito salutar.


MAIS UMA PARADA
          O grupo logrou Salto do Jacuí e Cruz Alta, porém nas proximidades de Ijuí, lá retornou o problema da falhas e interrupção no sistema elétrica da Shadow de quem?     dela mesmo: da Shadow do Gilberto Cesar. O jeito foi entrar na cidade de Ijuí, direto para revenda da Honda.          
       Explicado o problema, o mecânico, de nome Maikel, revenda Honda Rio Sul, rapidamente diagnosticou o problema. Os cabos da bateria - positivo e negativo - não estavam apertados suficientemente e, frente a trepidação e os atritos, resultavam então na interrupção do sistema elétrico. Uma chave em "L" e tudo - finalmente - resolvido.
Na Revenda Honda ... Paulo, Gilberto Cesar e Nelsi

          Já passava do meio dia quando o grupo retomou a viagem, agora rumo a Porto Mauá, cruzando por Giruá, Santo Ângelo e Santa Rosa. Em pouco mais de duas horas, chegou-se ao marco fronteiriço Brasil / Argentina, via Porto Mauá.        
        Afoitos, eufóricos e já vislumbrando a balsa, para fazer a travessia o quarteto foi logo tratando dos trâmites junto a aduana brasileira para o ingresso na balsa e, por consequência, no país vizinho.
Em Porto Mauá,  Paulo e Afonso indo para Alfândega


FALTOU  IDENTIDADE
         Surpresa!!!!   O Paulo Figueiredo não levou a Carteira de Identidade (aquela verdinha que aqui no Brasil sempre é substituída pela carteira de habilitação). 
Por força desse hábito recebemos a triste notícia de que Paulo não iria passar!       
      Segundos de pânico, e agora? - Vocês vão .... 
                Eu retorno disse Paulo.          
              Sempre se têm uma saída para tudo, disse Nelsi
             Calma disse o Afonso
            Sedex 10, disse o Gilberto Cesar. 

Corrida para os correios e, no trajeto, a ideia mais perfeita: ônibus da Ouro e Prata.         
          O ônibus Porto Alegre / Porto Mauá, sai 18h:45min e chega entre 4h:30min e 6h:30min. 

A AÇÂO
          Rapidamente Paulo liga para Ana Moschen, que sai na corrida do trabalho, vai em casa, vai na rodoviária e, despacha o documento. 

Enquanto isso restou dispersar o grupo. 
           Dois seguiram viagem e dois ficaram em Porto Mauá. Afonso e Nelsi cruzaram na balsa rumo à Argentina, Paulo e Gilberto rumaram para um lancheira, em pleno Brasil e entre lanches, refrigerantes, cervejas ficaram a conversar e depois passear pela pequeníssima Porto Mauá. 
HOSPEDANDO EM PORTO MAUÁ
          A hospedagem foi no Hotel, Mercadinho, Lancheria, Rodoviária e Posto Bancário do André. Um "5 em 1" que nos quebrou um baita galho. Como era único o estabelecimento do gênero para pernoite, restou ainda estacionar as motos dentro do próprio mercado. 
O Estacionamento
O 5em 1 de Porto Mauá







Mas foi tudo muito tranquilo com relação à estada, enquanto o MOTO CASAL garantia assim, em Puerto Iguazú, a reserva na Pousada El Pindo. Alguém tinha que lá chegar para isso garantir.
A Madrugada em Porto Mauá
Enquanto isso, em Porto Mauá, e com a notícia de que ônibus que traria o documento de identidade costumava chegar entre 4h:30min e 6h:30min, o jeito foi não arriscar e fazer o plantão a partir das 4h no ponto. E de pronto madrugamos e lá ficamos num baita frio até às 5h:50min quando ouviu-se ao longe o ronco de motor e aos pouco os luzes do coletivo se aproximando. 
Dele desceram 6 passageiros, o que foi muito bom, pois segundo nos faltou o André, o dono do mercado, hotel, posto bancário e rodoviária, quando não têm passageiros com destino a Mauá, o ônibus já fica em Santa Rosa, direto. Daí, teríamos que voltar a Santa Rosa. 
Mas demos sorte e, de posse do sagrado documento, começamos os trâmites aduaneiros para o deslocamento. Pegamos a Balsa, atravessamos o Rio Uruguai e rumamos para Argentina.
 Tudo superado, a dupla pegou a Ruta 09, depois a 11, a 14 e por fim a Ruta 12, que leva direto para a cidade de Puerto Iguazú.
         Sem nada de problemas, Paulo e Gilberto puderam apreciar e curtir as belas paisagens argentinas e a excelente qualidade das estradas percorridas.


ENFIM PUERTO IGUAZÚ
e o grupo se reencontrou.
Paulo,    Gilberto    Cesar,     Nelsi      e      Afonso
 
AS INSTALAÇÕES
          A reserva para a hospedagem do grupo estava marcada para "Pousada e Cabanas El Pindo", na entrada da cidade distando uns cinco quilômetros do encontro de motos.
          As cabanas, amplas e confortáveis, davam verdadeiramente ar de montanhas. Internamente, na parte de baixo, têm as cabanas ampla sala, cozinha e banheiro. Na parte superior, dois quartos e sacada, que completam o conjunto da hospedagem.
A CIDADE
          Pelos relatos primeiros, soube-se que desde a quinta-feira Puerto Iguazú já vivia o clima das duas rodas. Pelas ruas desfilavam motos e motociclistas argentinos, brasileiros e paraguaios em grande número, o que já dava ideia do tamanho do encontro quando este atingisse o seu ápice, o que sempre acontece nos sábados.
          Bares, restaurantes, lojas e feiras, tudo sempre lotado. O clima era de um grande encontro de amigos, clima de descontração e desfile de identificação de moto-grupos, moto-clubes e motociclistas avulsos.
         Tudo isso pode-se comprovar já na quinta à noite com Afonso e Nelsi, e a partir da sexta-feira quando o quarteto se completou.


OS PASSEIOS
          Na na sexta, um tour de moto pela cidade, centro e arredores.
          O sábado foi reservado para os demais passeios turísticos.

INDO AO PARAGUAI
         Para ir para a Ciudad Del Este, o grupo acatou a sugestão do atendente da pousada, que indicou um táxi, pessoa do conhecimento e que costumeiramente faz esse serviço para os clientes. 
         Ao preço módico de R$20,00 por cabeça, (já na conversão para reais) o grupo partiu às 7h:30min - horário do início do expediente na cidade paraguaia. Quando o grupo chegou,  obviamente já encontrou as ruas, as lojas e a própria travessia na ponte superlotadas.
        Na Ciudad del Este, a impressão que se têm é de que tudo corre. O número de galerias e lojas é quase incalculável. Quase todos gritam, te oferecem mil coisas, mas os preços e as variedades obviamente são muito tentadores.
Lado Paraguaio

     Feitas as compras, a volta então para as cabanas. Guardar as aquisições, pegar as motos continuar os passeios do sábado.

AS CATARATAS
          Verdadeiramente, a atração principal de Puerto Iguazú são as cataratas do rio que empresta o nome para a cidade. Delas, a Garganta do Diabo se destaca disparadamente.
Garganta Del Diabo
        O Parque Iguazú, que na verdade se trata de uma enorme reserva ecológica, patrimônio da humanidade, dista 23km da cidade. A ele pode se chegar por meio de ônibus urbano, veículo de aluguel ou veículo próprio. O ingresso se dá por meio do pagamento de uma taxa equivalente a R$ 24,00, e de mais outra de R$3,00 para o veículo, caso se vá utilizar o estacionamento.
          Passado o ritual estacionamento, compra de ingressos, adentra-se, então, num belo parque (para a compra do ingresso, é aceita somente a moeda argentina, o Peso.) Na recepção, recebe-se mapas e algumas orientações. Quatro composições de trens se revezam levando e trazendo os turistas para as estações que dão acesso às três quedas de águas ali existentes.
        Em razão do pouco tempo, o grupo optou por visitar apenas a grande queda, a Garganta do Diabo
Descendo na última das estações do trem, o acesso para a maior queda se dá por meio de um ponte metálica com 1.200m de extensão, com piso de tela vazada para uma caminhada de uns 30 minutos por cima das águas do rio, com pequenos trechos de terra firme, até chegar à boca da Garganta. 
Aqui, a colega Nelsi teve muita coragem, pois sofre de claustrofobia. Bem agarrada ao braço do Afonso, contou muito com o apoio do grupo para a caminhada. Bem depois, o Paulo foi mais além e buscou a Nelsi para uma foto bem na ponta da passarela, e o medo momentaneamente se foi. 
        
São diversos os animais que veem ao encontro dos turistas em busca, é claro, de alimentos. Quatis e borboletas dividem a atenção dos turistas. Nas árvores, os pássaros exóticos parecem pousar para as máquinas fotográficas e no rio são os peixes que dão um espetáculo a parte.
É tudo muito lindo.
A GARGANTA

         A Garganta do Diado, é o ponto mais alto do percurso do Rio Iguaçu superior, em uma composição de quedas d'água em forma de ferradura, que perfazem uma distancia de mais de 150m e tombam da altura de 80m. 
A chuva fina, provocada pela evaporação d'água
Estas quedas d'água provocam um potente impacto quando irrompem no leito do rio, chegando a desenhar densas nuvens de vapor que inundam todo o ambiente e caracterizam a paisagem. Isto causa um enorme espanto, um impacto verdadeiramente indescritível. A primeira impressão e reflexão, certamente, é de que somos pequeníssimos frente a essa grande obra da Natureza.
         
          Impressiona muito o som do rugir das cataratas, a umidade (quase chuva) produzida pelo vapor da queda das águas e os arco-íris que se formam com a bruma da água e os raios do sol. Tudo muito inesquecível mesmo.

O MARCO DAS TRÊS FRONTEIRAS
Marco Lago Argentino
          A poucos quilômetros, subindo do centro de Puerto Iguazú, há uma praça que abriga o marco da Tríplice Fonteira. O trajeto costeia o Rio Iguaçu e do alto pode-se ver a orla, o porto e o ir e vir de grandes embarcações. 
Chegando ao marco, é possível ver o Rio Paraná, já do lado brasileiro. 
         Os três países possuem cada qual o seu marco composto por obelisco. É um ponto turístico que demarca simbolicamente a tríplice fronteira em suas respectivas cores nacionais: Brasil , Argentina e Paraguai. Cada qual dos três obeliscos representa a soberania das três nações e situa-se às margens dos Rio Iguaçu e Rio Paraná.

O marco brasileiro está localizado na cidade de Foz do Iguaçu e foi inaugurado em 20 de julho de 1903, juntamente com o marco argentino, localizado na cidade de Puerto Iguazú, e pelo marco paraguaio, que fica em Presidente Franco.

O ENCONTRO DE MOTOS

          Diferente dos demais encontros de motociclismo, o 6º Cataratas Moto Fest abriga uma pequeníssima feira de produtos para motociclistas, centrando suas atenções para as pessoas e o local do evento como um todo. 
Aspecto do Encontro
 Quase ao estilo do "Mar&Motos" de Tramandaí, RS,  o Cataratas Moto Fest praticamente fecha a parte final da Avenida Brasil, que passa a compor um corredor para estacionamento de motos e circulação das pessoas. 
De ambos os lados, bares e restaurantes, assim como o leito da avenida servem como pontos de encontro, de conversas e de descontração para os participantes. Em meio a isso, os shows no palco central, apresentação de artistas avulsos em meio às mesas dos bares e ao final da avenida, uma grande feira com produtos típicos (azeitonas, queijos, vinhos, alfajores, comidas, etc) compõe então o ambiente do Cataratas Moto Fest.
         Notadamente, a cidade que vive muito do turismo, muito espera e participa do evento. Quase todos sabem, perguntam, indicam e se dedicam para que o encontro continue com a grandeza com que se apresenta. Claro que o comércio diretamente é o grande beneficiário, porém, indiretamente, pode-se constatar que inúmeros argentinos dessa província chamada Missiones acorrem para Puerto Iguazú para de uma ou de outra forma ver, beneficiar-se e angariar algum recurso com o evento.

O PÚBLICO
          No Cataratas Moto Fest, a presença brasileira e a paraguaia são bastante grande. Do Brasil, motos, motociclistas e moto-grupos de diversos estados e em grande número. São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais foram as diversas placas que por lá circularam. 
Maciçamente, o Paraná, até por ser vizinho, contribui certamente com o maior número de motociclistas estrangeiros. Do Rio Grande do Sul, além do MG COM DESTINO, de Porto Alegre, e MOTO CASAL, de Santa Cruz do Sul, duas motos da cidade de Tapejara e mais o ACASSOLA, de Osório, foram os avistados. 
Com o ACASSOLA, um bate papo amigo e fotos para a página especializada em "Motos Acassola".

UM OUTRO MG COM DESTINO
        Com muita satisfação e alegria para ambos os lados, MG COM DESTINO gaúcho e paranaense se cruzaram. O MG COM DESTINO co-irmão é da cidade de Cascavel. Uma bela conversa e fotos para registar o encontro.
MG's  Com Destino  
 DOMINGO, O RETORNO
     Hora de acomodar as bagagens, arrumar lugar para as compras e fechar os alforges. 
     Domingo bem cedo o início da viagem de retorno para Porto Alegre. O sol começava a despontar no horizonte argentino já com prenúncio de mais um bonito dia para aquelas bandas. Tudo pronto, vamos então sair. 
Surge então uma perguntinha da Nelsi: -  vocês viram uma sacola com 2 blusões, comprados aqui em Puerto Iguazú?, - não!, - talvez o Paulo saiba...  
          Pois bem, o Paulo, que sofrera para arrumar todas as suas bagagens, empurrara, e amassara tudo para caber no alforge, teve que desmontar tudo, pois havia guardado os dois blusões solicitados pela Nelsi.
Paulo re-colocando os alforges na CB
Muitas e muitas risadas e uns trinta minutos de atraso no retorno.
         E pegamos o rumo de casa. 
    Novamente na Ruta 12, que é mais famosa talvez pelo seu traçado, quando na verdade a melhor é a Ruta 14, rumando para a 11 e depois a Ruta 09, isto já em solo da cidade de Alba Posse, fronteira com Porto Mauá.
         Viagem tranquila, e por três horas apenas as paradas para abastecimento da motocicletas e chegamos à divisa. Destaque para a gasolina argentina. 
A Super, preço equivalente a uma aditivada aqui no Brasil, porém bem melhor, rende mais e parece que faz a moto respirar muito melhor.
Melhor do que isso ainda as rodagens pela Argentina, pois até então se tinha ouvido falar que a polícia do país vizinha era carrancuda, encrenqueira e nada amigável. Nada disso vimos, nada disso presenciamos.

         Feitos os trâmites na aduana argentina, pegamos a penúltima balsa, antes da parada de meio dia (a última sai às 11h:30min retomando somente às 14 horas). 
Rumando para o Brasil
         Na aduana brasileira as tradicionais perguntas, se somos brasileiros, se as compras estavam no limite permitido, e nossas as respostas "Sim" e "Sim", e rumamos para um lanche reforçado, pois até então o grupo ainda estava em jejum.

UM SUSTO COM O ABASTECIMENTO
     Conversa vai e conversa vem, falamos da necessidade de abastecimento, ao que, dizendo "sem querer me intrometer na conversa de vocês", informou a atendente da Lancheria que o posto de combustível fecha assim que a última balsa cruzar, retornando somente às 14h. 
Pronto, foi formado o pânico e a correria para abastecer. 
     Em Porto Mauá há um Petrobras, e a atendente, uma senhora lá com seus 70 anos, já estava saindo, em direção a sua casa para almoçar. Breves palavras e a bondosa senhora retornou, abriu o posto e conseguimos abastecer as motos. Contrário a isso, teríamos que aguardar duas horas para retomar a viagem. 
 Em Porto Mauá o Afonso não abasteceu a sua Shadow.

O RETORNO, AGORA EM SOLO BRASILEIRO
        Começa então a última etapa da viagem a caminho de casa. Deixando Porto Mauá, o traçado leva para Santa Rosa, depois Cruz Alta, ponto onde o grupo já definira que a turma de Santa Cruz do Sul retornaria via Salto do Jacuí, mesmo caminho quando da ida, e a turma de Porto Alegre faria seu retorno via Soledade. Pelo acerto, o quarteto rodaria ainda 195km juntos.
         Rodados pouco mais de 50km a Shadow do Afonso começou obviamente a pedir gasolina. Bateu reserva e começou a torcida por um posto de combustível. 
        Aos 78km, na cidade Independência, achamos três postos de gasolina, porém todos fechados para almoço. Pareceu um pouco incrível esta dependência de almoço na cidade de Independência. 
        
O jeito foi tocar em frente, agora mais firme na torcida por um posto. Mas a sorte rodava junto, e solitariamente na estrada havia um posto de uma bandeira não muito tradicional e que segundo o proprietário e atendente demos muita sorte pois ele acabara de retornar do seu almoço.

Fica mais uma máxima que o pessoal das Shadow 600 precisa levar muito a sério: se a oportunidade te aparecer, abastece Sempre! Não deixa para depois o que te pode incomodar depois.

              E chegou Cruz Alta.
              Parada para reabastecimento e a despedida do grupo.    
Fim da viagem coletiva  
       Este momento é sempre bom, principalmente quando tudo dá certo, quando os imprevistos são parte do processo, quando o "quase" nos é favorável, quando o entendimento, a solidariedade, a amizade estão sempre presentes quilômetro a quilômetro.
         
         Já ao anoitecer, a turma do MG COM DESTINO de Porto Alegre chegou, depois uma bela tranqueira, à BR 386, e bem antes ainda do entardecer o MOTO CASAL a casa chegou.
        Foi mais uma viagem de grande distância, uma boa oportunidade para reforçar que os encontros de motos se constituem em excelente oportunidade para rodar.

Ah, a câmara de fusca foi e voltou rodando.
 Ela cumpriu muito bem a sua função, ou no mínimo adorou a oportunidade da viagem internacional.



Um novo desafio foi lançado lá em Puerto Iguazú:

Em 2015 vamos fazer o
VOO DA ÁGUIA !

Aguarde que detalharemos isso com muita calma.

Até Breve.

Relato: Gilberto Cesar
Fotos: Paulo, Afonso, Nelsi e Gilberto Cesar
Revisão: Cesar Trindade de Oliveira