Com Destino: Como Foi Jaguarão

MotoFest
Muita Chuva e
Poucas Motos

Foi assim a 20ª Edição da MotoFest de Jaguarão, que todo ano sempre movimenta um grande número de motociclistas para a zona sul do Estado. A organização do evento é do excelente Moto Grupo Km Final, que mais uma vez nos proporcionou um encontro de primeira grandeza.

Prejudicial no entanto, foi o tempo que esteve muito cruel ao longo da semana não só para os gaúchos como também para, praticamente todo o Brasil. Chuvaradas, temporais, raios, alagamentos, destelhamentos e tudo mais, foi o que mais se escutou, o que mais se noticiou exatamente na semana da realização da MotoFest.

E foi com esse clima todo, que deixei a capital dos gaúchos rumo a Jaguarão na quinta-feira, faltando um quarto de hora para o meio dia. A chuva que dera uma trégua, pequeníssima, voltou a cair logo nas imediações da cidade de Guaíba. Foi então necessária uma parada muito rápida para a colocação das roupas de chuva.

A torrencialidade, aconteceu até a cidade de Tapes, quando então o "chove & pára" foi quem me acompanhou até o destino final.

Município de Canguçú

Município de Morro Redondo

Neste deslocamento para Jaguarão , aproveitei para visitar as cidades de Canguçu e Morro Redondo, de modo a aumentar, o rol de municípios gaúchos por mim visitados. Como tenho falado para muitos, objetivo efetuar visitações em 100% das nossa cidades.

E cheguei em Jaguarão por volta das 18h30min, sob uma pequena chuva. Uma passeada pela cidade onde pude constatar que os efeitos das chuvas eram muito visíveis no tangente ao motociclismo, eis que a praça principal da cidade e palco da MotoFest, estava praticamente deserta e com a maioria dos estandes fechados.

Na Pousada Azul, local da hospedagem, falaram os atendentes dizendo dos inúmeros cancelamentos das reservas. Pelas ruas, quase que um único comentário: a chuva estragou tudo.... !

Mais algumas caminhadas, e o vazio era o que predominava naqueles locais tradicionais reservados para os acampamentos. Foi assim a quinta-feira, tendo ainda acontecido na parte da noite uma pequena tentativa de realização de shows o que foi logo cancelado em função da volta das chuvas.

A sexta-feira amanheceu com mais chuvas, e com um vento gelado. Os motociclistas que chegavam para acampar, foram encaminhados para o ginásio de esportes, dada a impossibilidade de que isso viesse a acontecer no local tido como o melhor, ou seja a beira do Rio Jaguarão, frente a Ponte Internacional.

Bem cedo, o pessoal da recepção, na entrada da cidade, também sofreu muito com o mau tempo, assim como os assadores do tradicional salshipão, para os visitantes.

Restou caminhar pela cidade, e também para uma visita ao Teatro Esperança, um dos maiores orgulhos da cidade .

As águas eram tantas, que a travessia para o lado uruguayo também foi ficou muito prejudicada dado o acúmulo de águas na cabeceira da ponte. A parte da tarde desta mesma sexta-feira, foi também terrível para qualquer outro intento que não fosse o de aproveitar para descansar ou curtir a chuva em baixo das cobertas nos alojamentos, hotéis ou pousadas.
A noite não foi nada diferente, o que levou inclusive ao cancelamento de todos os shows previstos para aquela que seria a segunda noite da MotoFest.

Moto do Nivaldo e a minha

O jeito, foi guardar a motocicleta no galpão da pousada e tratar de descansar, conversar e deixar a hora ir passando.
Na pousada, começaram a chegar mais motociclistas e o assunto era recorrente: muita chuva; estradas alagadas e a MotoFest prejudicada. Um grupo de Santa Catarina, mais precisamente da cidade de Turvo, começava a preparar uma churrascada, enquanto que também começávamos a travar novas amizades com um grupo de motociclistas da zona sul de Porto Alegre. Ali estavam Nivaldo, Cláudia, Bob e Claúdio. As conversas foram longas, com predomínio das narrativas de viagens, encontro de motos e aventuras sobre duas rodas. Disse-nos Nilvado que parte do grupo ainda estaria chegando no sábado. Encerrada a noite, ali mesmo na Pousada, ficava a expectativa para o sábado, o sempre grande dia dos eventos de moto. E o sábado chegou, trazendo com ele um pouco de sol e é claro muita alegria para o povo das duas rodas. Na Pousada Azul, hora do café matinal e a grata satisfação estava estampada nos diversos semblantes. Hora de "voar" para o lado uruguayo, fazer compras e visitar o outro lado da ponte. Lá chegando, deu para perceber rapidamente que "quase todos" haviam pensado igual, eis que o número de motociclistas era extraordinário. Pelas dez horas, voltou a chover. Parou novamente, voltou a chuviscar e, neste ritmo as motos iam e viam, umas carregadas com pacotes e outras tantas repetindo a mesma cena.
No lado uruguayo, o bom encontro com o parceiros "Os Aliens" Afonso e Nelsi. O moto casal de Santa Cruz do Sul, compareceu ao evento sem a motocicleta, eis que a Shadow se encontrava na oficina, não ficando pronta a tempo do evento. O jeito disse Afonso, foi pegar a camionete e vir .... Faltar ao MotFest, jamais .... completou a Nelsi.

Com o sol bem mais presente, e a chuva dando um bela folga, o centro da cidade foi ganhando um excelente público, o ginásio de esportes foi recebendo os campistas, o pessoal das inscrições foi tendo muito trabalho e acabou finalmente ganhando o "contornos' de uma verdadeira MotoFest.

A noite foi chegando e a festa começou a ficar repleta. Motos e Motociclistas davam um colorido muito especial. As ruas do entorno da praça estavam recebendo um grande público e, no palco de eventos, os shows estavam acontecendo e os amigos foram realmente se encontrando.

Realmente, a MotoFest estava acontecendo

Nós tivemos a felicidade em reencontrar como os amigos urugayos Gonzalo e Marinela.

Afonso, Nelsi, Gilberto Cesar, Marinela e Gonzalo

Um pouco depois, foi um casal cubano, que se juntou a nós.

A chuva que volta e meia insistia em cair, porém sem tanta intensidade, fazia com que vários se abrigassem porém logo tudo voltava a normalidade. Frente a isso, pouco depois da meia noite retornamos para a Pousada Azul, dando por encerrada a nossa participação na MotoFest. Já no domingo, após o café matinal o começo da volta para casa. A convite do Nivaldo, Cláudio e Bob, aceitamos rodar juntos até Porto Alegre, quando então tive o prazer em conhecer os demais integrantes do Moto Grupo Aoventureiros (é bem assim que se denomina este MG).

A Burgman do Cláudio

Abastecidas as motos, logo pegamos a estrada, como também logo tivemos que colocar as roupas de chuvas. Com paradas em Capão do Leão para reabastecimento, uma outra nas proximidades de São Lourenço do Sul, aqui para averiguação de um pequeno problema na Burgman 400 do Cláudio, cuja mangueira de água havia sofrido um pequeno rasgo.
Não se solucionou o problema, porém o fator monitoração do nível d'água passou a ser um novo ingrediente para o condutor. Na cidade de Cristal, foi onde aconteceu o almoço, oportunidade em que o Marcelo discorreu um pouco a respeito do Moto Grupo Aoventureiros.

Gilberto Cesar, Bob, Flávio, Claúdia e Nivaldo
Marcelo, Fábio, Diogo e Cláudio

Com mais uma parada, agora em Tapes para reabastecimento de algumas motos, o grupo logo foi avistando Porto Alegre, onde na Ponte do Guaíba, me despedi dos amigos.

Foi um bom final de semana. A chuva é claro que atrapalhou muito a MotoFest. Motociclistas, comerciantes, visitantes, organizadores e a população de Jaguarão, sabem do grande potencial que é a MotoFest. Nem sempre o tempo é bom para este tipo de evento, no entanto este mesmo tempo sempre será bom para um outro segmento. É da Lei. É da vida!
Um grande abraços a todos e,
foi isso de Jaguarão!

Fotos e Relato:
Gilberto Cesar