domingo, 12 de fevereiro de 2017

Viagem de Moto pelo Brasil - Relato 10



Relato da viagem que efetuamos eu, GILBERTO CESAR BARBOSA DE OLIVEIRA e ARLI FIGUEIRA.
Um giro  de  Moto pelo Brasil, com visita a todas as capitais dos estados e Distrito Federal.
Saída de Porto Alegre: 27/08/2016
Retorno  Porto Alegre: 19/11/2016
Duração da Viagem: 85 dias
Total de Km percorridos: 20.255
Combustível:  940 litros
Motos utilizadas: Shadow 600/2003 e Shadow 750/2013


10º Relato
João Pinheiro - Belo Horizonte - Pedra Azul - Vitória - Rio de Janeiro - Paraty - São Paulo - Santos - Florianópolis - Torres e Porto Alegre.



A CRUZADA PELO PAÍS

74º dia

Terça-Feira - 08/11
João  Pinheiro - Belo Horizonte            
                                                  O visual é extraordinário.  De um lado a cidade e do outro o grande lago verde. São as águas represadas do Rio São Francisco. 


   A combinação com o proprietário do Hotel do Ja era de que deveríamos retirar as motos por volta das 6h45min, horário de abertura da lanchonete do hotel.
Neste mesmo local é servido o café para os hóspedes.
Portanto, cedinho lá estávamos nós retirando as motocicletas do interior da lanchonete.
                                        Tomamos nosso café em meio a conversas com outros hóspedes, tendo como assunto recorrente a viagem de moto.
                            A grande curiosidade era a questão da distância, do cansaço e da aventura.
Para nós, o assunto é tranquilo, pois a distância estava programada, o cansaço era bem  administrado com paradas frequentes e a aventura é algo que está no sangue do motociclista.
                                      Nos despedimos e começamos a rodar rumo ao destino: Belo Horizonte, a capital das Minas Gerais.
                                       As boas condições da rodovia BR 040, nos permitiu andar bem e com velocidade acelerada.
Logo em seguida, o solo montanhoso e verde das das Gerais começaram a se sobressair num bonito espetáculo, alto e verde.
A farta vegetação, em ambos os lados da rodovia, a deixavam como uma linha divisória na cor preta, isto por muito e longos quilômetros.
                                           Veio uma descida muito íngreme e lá em baixo a cidade de Três Marias.
O grande lago, fruto do represamento das águas, deu-se em  função da construção da Usina Hidrelétrica de Três Marias, uma das maiores barragens de terra que se tem conhecimento. 
Quanto ao nome da cidade, uma homenagem a três irmãs que morreram afogadas nas águas do rio, uma tentando salvar a outra.
As marias eram:  Geralda, das Dores e Francisca.
                             No ponto mais alto, fizemos uma parada para contemplação do belo espetáculo. Uma obra do Criador, somado a engenhosidade do Homem.
                    Ali, efetuamos um reabastecimento nas motocicletas, e tocamos em frente.
                                 Continuamos na mesma rodovia, e também premiados pelas boas condições de trafegabilidade. Em pouco mais de hora e meia, nova parada. Hora do almoço. Distrito do município de Curvelo foi o local da parada.
Um típico estabelecimento comercial mineiro.  Muito amplo, com uma enorme variedade de cachaças, queijos, berrantes, chapéus de vaqueiros, botas, dentre outros.
No restaurante, uma comida mineira especial e caseira foi provada pelo Arli.
Eu fiquei no lanche, como na maioria das vezes, porque deixava a alimentação mais forte para o turno inverso da direção.
                                    Eu lanchado e Arli almoçando, propus começarmos a rodar para escaparmos do calor forte das 14h e também para chegarmos cedo em Belo Horizonte, pois faltavam pouco mais de 100 km.
Arli falou que precisaria descansar um pouco mais, dizendo: podes ir rodando, que logo chego junto.
E me fui, devagarito.
                                Em Sete Lagoas, parei no acostamento, esperei e o parceiro não chegou junto.
Repeti esta operação em Ribeirão dos Neves e nada do parceiro.
                                Foi na entrada da cidade de Contagem que o vi, em meio aos caminhões, porém já estava a minha frente.
                                Desta para capital, são pouco mais de 30 km, portanto nos encontraríamos já em solo de

Belo Horizonte,
a nossa 23ª Capital
                                    Separadamente, ingressamos na capital das Minas Gerais.
                               Efetuei uma parada para umas perguntas a respeito da localização do terminal rodoviário, pois como vinhamos praticando, sempre há uma boa oferta de pousadas e hotéis nestes pontos.
Fácil, fácil, respondeu um cidadão. Segue em frente por esta avenida grande, sobe um grande viaduto e descendo já estarás no Terminal.
Dica dada e lá me fui.
                                             Antes de subir o  viaduto, a lentidão do trânsito era sensacional. Muitas buzinas, um corta-corta a frente do outro e a morosidade estava instaurada. 
O calor, por sua vez, estava torrando a paciência.
                                                   Dois escorregões e tratei de atentar para o que estava acontecendo: óleo na pista. Muito óleo.
Um acidente, com danos materiais entre dois veículos, deixara a pista com muito óleo. 
Nesse tempo, um agente local de trânsito acabou derrapando a sua motocicleta e se foi ao chão.
Cruzei por ele. Estava bem. A moto ainda no solo e ele, falando ao telefone celular, gesticulou que estava "tudo certo". Continuei.

                                      Encontrei três hotéis e fiz a seleção por um deles.
Proximidades do Hotel Vitória
Como nenhum dispunha de estacionamento próprio, optei pelo Hotel Vitória, que bem ao seu lado havia um guardador de veículos.
   Efetuado os registros, tratei de ligar para o parceiro, que ao atender, disse estar ingressando na região do terminal rodoviário.
Considerando que o trânsito em Belo Horizonte é bastante complicado, associado ao nosso desconhecimento da cidade, e ainda pelo horário, 16h, quase começando o pico, me socorri do Cesar, meu filho, em  Porto Alegre para que, com o auxilio da rede, passasse as orientações para o Arli.
De modo que em menos de meia hora o parceiro estava chegando a Rua Curitiba 224, o endereço do Hotel Vitória.
                   Arli disse que estava bem próximo e que as coordenadas repassadas pelo Cesar foram mais precisas do que as respostas recebidas por transeuntes, a quem efetuara perguntas.
                                   Motos no estacionamento e nós devidamente instalados.
                             
        E lá nos fomos para as ruas, explorar a capital mineira. Efetuamos pernadas pela Av. Afonso Pena, acompanhando e mirando o movimento de quase final de tarde.
Apressadas, as pessoas cruzavam e se iam, cada qual para o seu rumo e destino. Muita gente circulando nessa avenida, que é a principal da cidade.
Na imediações, rua dos Tupis,  visitação à formosa e colorida Igreja de São José. Um templo belíssimo no alto da esquina. 
Uma grande escadaria em frente,  que serve para descanso para as pessoas, local de encontros e ponto chave para as fotografias dos turistas, também foi alvo de parada nossa.
No interior, um belo templo, que estava recebendo um bom número de fiéis.                                

   Foi longa a caminhada pela Afonso Pena. No coração da cidade, nos demoramos um pouco mais, olhando, lendo, entendendo e conhecendo. São muitos os marcos, os monumentos, as esculturas e os locais de interesse na região central. 
                                                   À noite, tratamos de jantar em um pequeno local, nas proximidades do hotel. 
Com mesas colocadas à frente, na calçada, fomos então escolhendo o cardápio, tendo como companhia próxima, um catador de papéis que havia tomado todas das cachaças mineiras
Muito alegre era o estado do camarada.
Gilberto Cesar, Helder Novais e Arli Figueira
                                  Aproveitamos para entrar em contato com o nosso apoio em Belo Horizonte, parceiro Helder Novais, particularmente um grande amigo e também motociclista.
                                
                               Helder e eu fomos colegas de trabalho no Serviço Federal de Processamento de Dados, SERPRO, a maior empresa de TI da América Latina
                                        Foi nessa empresa, na Regional de Porto Alegre que criamos, no ano 2001, o Moto Grupo Com Destino, ao qual pertenço.
          Gelsomar Brasil, Márcio Brigidi, Ricardo MacielJosé Carlos Volapato - já falecido - e eu, fomos os primeiros integrantes.
                                          Na conversa com Helder, o acerto de reservaremos a manhã de quarta-feira para passeios solo, integrando-se ele a partir da parte da tarde.
Ficamos no bar e restaurante até por volta das 23h, quando começamos a nos dirigir de volta para o Hotel Vitória.
                       Um grande susto: No quarto, Arli se agitou e falou .....   Minha Carteira..e saiu em disparada.....
Não consegui entender direito, de tão rápida que foram as palavras e, mais ainda,  a ação.
                              Em pouco mais de dez minutos, retornou o parceiro com a "porta tudo". 
              Deixei cair no momento em que me levantei,  disse Arli. 
              Lembra daquele catador? pois ele estava recolhendo a carteira sob a mesa, no instante em que cheguei.
Muita sorte. 
            Até tentei agradecer e lhe dar uma gorjeta,  mas ele estava muito desconectado. 
Amanhã volto lá, disse o parceiro feliz, pois "toda a sua vida" de viajante estava ali.


75º dia

Quarta-Feira - 09/11
Em Belo Horizonte
                                  Pela manhã, sem as motos, tratamos de começar a explorar os pontos de interesse em Belo Horizonte

Descemos a Av. Afonso Pena em direção à Praça da EstaçãoNa antiga central de trens, o Museu dos Ofícios, uma indicação certa a ser visitada na cidade.
Não conseguimos adentrar, pois o horário de funcionamento começa a partir das 14h. Serviu, no entanto, para explorarmos o entorno da antiga estação, cujos prédios e traços arquitetônicos ainda guardam muito de um tempo que já está fora dos trilhos.
                                       
 Da estação para o Mercado Central, por meio de uma caminhada de mais de meia hora.
O antigo prédio revitalizado guarda todas as características de mercadão bem antigo. 
Vistoso e enorme, assim é o prédio construído lá pelos idos do ano 1929.
                                 
No interior, dois andares de muita variedade de produtos, que vão desde utensílios a alimentos, venda de pequenos pássaros, bancas de frutas, artesanato e praça de alimentação.
Cachaças e queijos estão por toda a parte no Mercado Central.
O agitado mercado, localizado na zona central da cidade é, sem dúvidas, um ponto turístico imperdível na capital mineira.
Sem demérito a outros, penso ser este um dos maiores e bem mais organizados mercados do Brasil.
                                                  Aproveitamos para almoçar no mercado e ao estilo, num pequeno restaurante onde, certamente, no passado fora uma banca de venda de produtos.
No pós almoço, uma caminhada pela Praça Sete de Setembro e adjacências, voltando depois para o Hotel, com vistas a um pequeno descanso.
  
 Às 15h, o encontro com o nosso amigo e anfitrião Helder Novais.
 Foi ótimo reencontrar esse parceiro, pois não o via pessoalmente a cerca de um ano, quando Helder esteve em Porto Alegre, em viagem a Gramado, oportunidade em que tomamos um chope na Cidade Baixa.   

          De camionete, fomos para os passeios pela Belo Horizonte.
        Estádio Mineirão, Complexo da Pampulha, Praça da Liberdade, Serra do Curral, Mirante das Mangabeiras,  Praça do Papa e Rua do Amendoim, foram os locais visitados.
                               No estádio mineirão, a bela contemplação do novo templo do futebol mineiro, reformulado para a copa 2014.
Disse-nos Helder, que boa parte da antiga área de estacionamento foi aterrada e transformada em local para o "Fifa Fan Fest" espaço que ficou gravado como área de shows e apresentações.
                          Aqui, ficamos sabendo da partida de futebol entre as seleções do Brasil e da Argentina, jogo válido pelas eliminatórias Rússia 2018.
Arli  e eu combinamos de - se desse - iríamos assistir ao confronto.
                                         Vizinho ao estádio, o Complexo da Pampulha, um dos belos cartões postais da cidade.
Com desenho arquitetônico de Oscar Niemeyer, a lagoa tem arte e cultura de primeira grandeza em seu entorno.
A Igreja da Pampulha, prédio moderníssimo, tem relíquias como as  pinturas de Portinari no seu interior.
        A Casa de Baile, hoje espaço cultural, abrigara, em outras épocas, os encontros da alta sociedade.
            O Museu de Arte da Pampulha, o antigo Cassino, abriga obras de arte contemporânea brasileira. 
               O Pampulha Iate Clube, dos anos 60, foi criado para ser utilizado também pela alta sociedade, com  diferencial pela sofisticação e importância social.
                       
Do complexo para a Praça da Liberdade, berço de grandes manifestações sociais e políticas dos mineiros.
No entorno, prédios governamentais, espaços culturais e de produção intelectual, formam o belo conjunto arquitetônico da praça.
                            Destaque para o Palácio da Liberdade, palco de grandes decisões políticas e sociais da nossa história.
O palácio se encontrava fechado. Na atualidade, serve de espaço museográfico para visitação dos salões, suas escadarias, painéis e o seu mobiliário de época.
                            Da praça para a Serra do Curral.


    A Serra, composta por  uma grande cadeia de montanhas, foi local de minérios, cuja exploração a deixou muito desgastada para o lado oposto ao da cidade de Belo Horizonte.


Helder mostrando ao Arli a BH


Subindo ao   topo, o Mirante do Mangabeiras permite um olhar panorâmico da capital mineira. A visão é extraordinária, o que faz do Mirante ponto obrigatório de visitação.
                         
 
 Descendo um pouco, a Praça do Papa, onde João Paulo II, em peregrinação pelo Brasil, 1982, rezou Missa Campal ao povo das Minas Gerais.
Uma grande cruz, próxima a um grande palco, bem como o enorme espaço de praça,  testemunham aquele ato de fé ali acontecido.
                            Concluímos a jornada, naquela área, com uma passada pela Rua do Amendoim. 

         Na verdade, uma ladeira com a curiosidade de que os automóveis, em ponto livre, acabam subindo, ao invés de descerem. 
Verdade ou não, e as polêmicas são muitas, é que Helder fez o teste e a sensação foi de que realmente estávamos subindo, de ré, com o carro totalmente desligado.
Segundo se soube, o fenômeno acontece dada a existência de grande quantidade de minério existente no entorno, o que atrai os objetos para perto deles. 
                                 Circulamos um pouco mais, porém sem descer do automóvel, posto que a noite já chegara em Belo Horizonte e outros possíveis pontos de interesse já estavam com as portas fechadas.
De volta ao centro da cidade, nos despedimos do amigo e ficamos no hotel para um banho e depois o jantar.
                                  Com o apoio do Helder, podemos encurtar distâncias, ir direto e conhecer melhor os pontos de interesse na cidade.
Somos grato ao parceiro. 




76º dia

Quinta-Feira - 10/11

Em Belo Horizonte            

 Pela manhã, por volta das 9h, fomos de ônibus ao estádio do Mineirão para a compra de ingressos para o jogo Brasil x Argentina, que aconteceria à noite.
A venda de ingresso, nas bilheterias, era somente a partir das 10 horas.
Lá chegamos, e com um bom número de pessoas, ficamos na espera da abertura das bilheterias.
Não havia filas e sim um amontoado de pessoas.
Por lá passou a imprensa, televisou, entrevistou e por isso ficou. 
As bilheterias foram abertas e, pelo benefício da idade, nossos ingressos seriam os de idosos, portanto com alguma preferência. No concreto não foi bem assim, pois ninguém sabia ao certo qual seria a bilheteria. 
Os tidos como preferenciais "chiaram", o que resultou na abertura rápida de  uma bilheteria para os mais experientes. Assim, compramos nossos ingressos, com preferência apenas no preço, posto que o sofrimento e atendimento foram terríveis.
                      Eram praticamente 11 horas quando, com os ingresso em mãos, comemoramos, pois iríamos assistir a um dos maiores clássicos do mundo.
E voltamos para o centro da cidade, com passagem pelo terminal rodoviário que recebia a exposição "Bem Me Quer" do escultor Pedro Miranda. O artista tem como objeto de seus trabalhos a madeira e o ferro.
Um linda exposição foi o que vimos. 
Da exposição, para o almoço, na área central da cidade.

  À tarde, voltamos ao Museu dos Ofícios na estação de trens.
 Um grande museu, onde estão contempladas praticamente todas as profissões. 

                       Impressiona o tamanho de algumas peças do acervo. Outras, se encontram a céu aberto, também pelo tamanho ou complexidade.               

  Há de se considerar, que o espaço do museu é também muito grande, onde duas estações servem de ambiente museológico.
A conexão entre as estações se dá via sub solo, com uma moderna ligação arquitetônica.
No museu gastamos pouco mais de duas horas e, de volta ao centro, passamos a explorar outras ruas, outras praças e também registar os prédios históricos que a cidade preserva.
     Por derradeiro, fomos ao Centro do Artesanato Mineiro, um lugar imperdível de visitação.
Trata-se de um centro, onde a cultura mineira está exposta e retratada nos seus mais variados segmentos.

                                  
 Ao final da tarde, voltamos para o Hotel de modo a nos preparar para ir para o estádio.
      No terminal de ônibus, muito próximo do Hotel Vitória, embarcamos junto a muitos torcedores vestidos de verde e amarelo, com destino ao Mineirão.
   E saímos cedo para o Mineirão,  por volta das 19 embarcamos em um ônibus já lotado de torcedores.                              
     Com alguns deles trocamos conversas a respeito de motos,  viagens, futebol, brasileirão 2016 e seleção brasileira, desde o fiasco dos 7x1 sofridos da Alemanha na copa de 2014, naquele mesmo estádio,
Foi divertida a viagem até ao estádio. Descemos no entorno, onde uma galera, brasileira e argentina, bebemoravam, cantavam e ensaiavam gritos de "guerra", tanto brasileiros,  quanto argentinos.
Para nós, particularmente, uma grande festa: estar no Mineirão assistindo e vendo jogar os craques como Neymar,  Lionel Messi e tantos outros, seria ótimo.
Foi um tremendo espetáculo, com resultado final de 3x0 para o Brasil
Muito se ouviu a expressão "olé", quando a Argentina não expressava mais nenhum poder de reação. 

A participação entusiasta da torcida mineira foi algo sensacional.
                            Ao final do jogo, pensávamos que a saída do estádio seria demorada e complicada. Nada disso.
O transporte coletivo, organizadíssimo de Belo Horizonte, em pouco tempo fez escoar toda gente que usara os coletivos para ir ao estádio.



Por volta da 1h, já estávamos no hotel, ainda comentando o bom jogo de futebol que assistimos.





77º dia

Sexta-Feira - 11/11

De Belo Horizonte para Pedra Azul




Pedra Azul pertence ao município de Domingos Martins - ES                                      

                                                                        Deixamos a capital mineira por volta das 7h, escapando, de leve, do forte fluxo do trânsito matinal de uma sexa-feira. 
                                               Abastecemos as motos na cidade de Nova Lima e tratamos de rodar.
                          As placas indicativas davam conta de que em pouco tempo estaríamos ingressando na Estrada Real, o sonho de qualquer  estradeiro ou aventureiro.
                           A BR 355 é uma das rodovias que levam esse nome. São vários os circuitos.
Nesta parte de Minas Gerais é denominada Circuito do Ouro.

 Das encostas da estrada, uma densa névoa começou a levantar, encobrindo praticamente toda a rodovia e entorno. 
Baixamos a velocidade, para inclusive curtir aquele bom fenômeno que refrescou muito o deslocamento.
São montanhas e vales para todos os lados. A rodovia a isso vai serpentiando, formando um lindo e belo visual.
                    Passado o nevoeiro, rodamos com mais velocidade até começarmos a avistar a  cidade de  Ouro Preto.
Uma descida e outra, um contorno aqui, outro ali, e chegamos às ladeiras da cidade.
                                                                                                                                                                         
Pisar naquele solo mais uma vez, para mim,particularmente, foi  sensacional. Já estivera de motocicleta ali, no ano 1985 e, chegando novamente de motocicleta, 31 anos depois, foi muito legal. 


E tudo estava bem igual .. .muito igual.... me pareceu.                      


Caminhamos pelo Centro Histórico de Ouro Preto que, como sempre, recebia um grande número de turistas.   

No entorno, a Basília Nossa Senhora do Pilar, a Igreja de São Francisco de Assis, o  Museu da Inconfidência, a Igreja Nossa Senhora do Carmo, a Igreja Nossa  Senhora do Rosário dos Pretos, a Praça Tiradentes, dentre outros. 

 A cidade se deixa contar
historicamente por meio de seus prédios. Na silenciosa caminhada, a mente vai correspondendo, vai associando e vai viajando a um passado de riquezas, de lutas, de idéias e de ideais.


Subimos e descemos por aquelas interessantes ladeiras, as quais a arquitetura colonial de Ouro Preto colorem.
                         O forte comércio de
lembranças e souvenir e os fartos trabalhos em pedra sabão, nos retiveram bastante, olhando, admirando e comprando alguns exemplares a titulo de recordação.

                       
De Outro Preto para Mariana, foram rápidos trinta minutos. A rodovia MG 029 está em boas condições. Um lento caminhão, tipo caçamba, nos reteve por mais de cinco quilômetros e foi isso.


Lentamente, fomos descendo  uma estreita e muito íngreme ladeira.                        As motos pesadas, e a descida naquele calçamento irregular, exigiram muita atenção e lentidão no deslocamento.
Para chegar próximo ao centro histórico e ao conjunto arquitetônico, formado por casarões, igrejas, vielas e marcos, fomos "obrigados" a circular por mais de 300m na contra mão
Um cidadão local nos orientou a isso, dizendo que as vielas laterais eram íngremes demais para o tipo de moto que estávamos pilotando.
Assim, e com o apoio daquele cidadão, conseguimos estacionar as motocicletas próximas da Casa de Câmara.  Efetuamos uma caminhada pelo Centro Histórico, com vistas para a Praça Minas Gerais, onde duas igrejas ficam como se cuidassem uma da outra, de tão próximas que estão,  angularmente falando. 
                              
    Visitamos a Basílica de São Pedro, Catedral da Sé, o Pelourinho, a Rua Direita, com seus casarões e comércio, a Igreja Nossa Senhora do Rosário, dentre outros.
Aproveitamos para também comprar lembranças e souvenirs da cidade.
  Reabastecemos as motos e deixamos Mariana, a primeira vila, a primeira cidade e a primeira capital de Minas Gerais, quando os relógios já estavam marcando mais de 12h. 



Rodamos por um tempo e tratamos de almoçar em um pequeno restaurante de estrada.
                                       
         Do rápido almoço, volta para o bonito cenário montanhoso, que começava a ficar ainda mais extenso.
                 Aos poucos fomos deixando o Circuito do Ouro e fomos ingressando  no Circuito Pico da Bandeira.

As cadeias de montanhas, muito altas, se acentuaram e, frente a isso, a admiração foi constante.
Em Urucânia, paramos para uma esticada nas pernas e reabastecimento das motos. 
       
        Voltamos a rodar e em pouco tempo estávamos cruzando o Parque Nacional do Caparaó- divisa dos estados de Minas Gerais com o Espírito Santo.
 O parque, lugar do montanhismo no Brasil, tem como ícone o ponto mais alto do País, o Pico da Bandeira, com 2.892 metros de altitude.
          






conjunto montanhoso abriga também outros picos importantes, tais como: Pico do Cruzeiro, do Calçado, Mirim, do Cristal  e outros picos menores, porém de altitudes consideráveis.
A região é extraordinária. 

                                     Em Ibatiba, novamente uma parada. Lanche e reabastecimento das motos foi o motivo da interrupção da viagem. Mas , como sempre, essas paradas são necessárias.
                                     Retomamos a viagem, restando ainda pouco mais de 70 km para o nosso objetivo: Pedra Azul.
                                     A tarde já começara a dar sinais de que iria ceder lugar para  a noite em breve.
E  parou o trânsito.

Uma longa fila se formou e os motores começaram a ser desligados.
Aproveitamos por estarmos sobre duas rodas e avançamos até a ponta inicial do já formado comboio.

                                     Motivo da lentidão: um acidente envolvendo um caminhão guincho e um automóvel de passeio. 
Danos materiais e polícia rodoviária no local.
Vinte minutos e pista liberada.
                                         Rodamos 10 km e novamente começou a ficar lento o trânsito.
Por nós, passou "voando" a viatura da Polícia Rodoviária Federal, a qual víramos há pouco.
Em pouquíssimo tempo cruzou uma ambulância e parou o trânsito de vez.
Mais um acidente, agora mais feio. 
Um automóvel bateu meio que de frente com um caminhão betoneira. Muitos danos e ferimentos.             

 Por ali passamos muito devagar, atendendo orientações da PRF.
                    Foi o acidente mais grave que vimos até então, o que, inevitavelmente, nos abalou. 
                       Em pouco tempo, chegamos em Pedra Azul. De cara, deu para perceber que se tratava de um local altamente  turístico.
No posto de combustíveis, nos informamos a respeito do locais para hospedagens.
                          Nos foi indicada a Pousada da Tia Maria, bem próxima ao posto. Para lá fomos.
É boa, é barata e fica bem aqui ao lado.... falou o frentista.

       Subimos uma ladeira e encontramos um pequeno cartaz, junto ao portão, que identificava a pousada.           
   
                              Batemos palmas, a campainha estava estragada, e em breve uma jovem senhora, certamente que não  a Tia Maria, veio nos 
atender.      
      Nos acertamos quanto ao quarto e adentramos. O amplo pátio serviu de estacionamento para as motos. 
Em acomodações de boa qualidade, tratamos de um bom banho e logo saímos para a janta.
                           
  Aproveitamos para dar uma caminha pela Pedra Azul e nos informar  sobre o lindo o distrito. 
 Uma grande pedra, de nome Pedra Azul, se destaca num conjunto com outras elevações naturais. 
A enorme formação rochosa tem 1.822 metros de altitude e é o orgulho da localidade.
                                 O nome vem da coloração que assume em função da luz solar que recebe. O pico é também conhecido como "Pedra do Lagarto", devido a uma saliência que a deixa com o formato de um réptil.              

  No Restaurante Passos, que a noite funciona como   pizzaria, alimentamo-nos em meio a conversas com o proprietário. Provamos de duas marcas de cervejas, até bem desconhecida para nós:  "A Outra" e "Ecobier".
O descendente de alemães, tal qual a população de Pedra Azul, nos falou destas bem como de outras marcas de cervejas que por ali aparecem para serem comercializadas.
                                         Deixamos a pizzaria muito bem alimentados. 
A pizza é caseira, farta e de primeira qualidade.
Fomos para a pousada da Tia Maria e tratamos do descanso de mais um dia de jornada.


78º dia

Sábado - 12/11

De Pedra Azul para Vitória
                                  O café da manhã, na Pousada da Tia Maria, é servido, por convênio, em uma padaria que dista uns mil metros. 
Efetuamos o descolamento até o local a pé, para contemplar as belezas naturais no entorno do distrito.
A cadeia de montanhas, ainda sob uma pequena névoa, contrastavam com o sol que começava a se levantar por de trás das rochas.
         Na padaria, a gentileza e o bom atendimento contribuíram para que a primeira refeição fosse bem agradável.

            Do café para uma caminhada pela rua principal.

Na rua principal poucas pessoas a caminhar.  A manhã de sábado certamente influenciava no preguiçoso amanhecer em Pedra Azul.
                                  
Contemplamos a Pedra do Lagarto e começamos a nos encaminhar para a pousada.                  

           
Hora de guardar a pouca bagagem que retiramos das motos e rumar para a estrada.
                                        
 A BR 262 não permite uma alta velocidade devido a
existência de muitas curvas, bem como a descida que é trecho. Então, contemplação da paisagem, atenção no pilotar e deixar o tempo passar, pois são pouco mais de 100 km a distância que nos separava da capital do Espírito Santo.    
  Diferente das demais capitais, não chegamos direto na capital Vitória e sim na vizinha Vila Velha, onde o anfitrião Gerson Ritter nos receberia.
                           O calor das 11h estava muito presente e o sol não estava deixando por menos. 
            Com o endereço em mãos, efetuamos algumas perguntas, de modo a chegar rápido no local. 
Um motociclista nos conduziu até as proximidades da praia, no centro da cidade, imediações onde mora o anfitrião.
No trajeto, a contemplação da extensa orla de Vila Velha. O mar, as águas límpidas e muitas pessoas circulando pelo entorno.
Foi a primeira impressão da cidade, naquele final de manhã do sábado.
     
Gilberto Cesar, Miguel, Érike, Arli, Gerson e Carol
 Nos receberam
Carol, Érike e Miguel, esposa e filhos de Gerson.
     O anfitrião, por motivo de trabalho, chegaria um pouco mais tarde.
 Demorou muito pouco e o grupo familiar se completou.
   Gerson é pastor da Igreja Adventista, gaúcho, motociclista ligado ao Ministério Adventista de Motociclistas
 Após as apresentações, as conversas pegaram os rumos do motociclismo: a nossa viagem, os desafios e os objetivos foi o que muito falamos. 
Gerson falou também da sua paixão pelas motos, do trabalho evangélico que é possível fazer nos encontros de motociclistas, e das  suas viagens.
                              Uma pausa para almoço, gentilmente preparado pela  Carol. Uma oração de agradecimento a Deus pela oportunidade e tratamos da alimentação.
Aproveitamos para fechar a agenda de visitas e começamos a visitar Vila Velha de automóvel.
                                  Ainda no almoço, Gerson nos falou que encontrara na concessionária Honda, outro dia, três gaúchos, todos em passeio por Vitória e Vila Velha.  
Um casal de Santa Maria e um outro motociclista, solo, chamado Cláudio, também da cidade de Santa Maria.
                                    Destes, e por coincidência, Cláudio é muito nosso amigo e parceiro de viagens, foi o que falamos ao anfitrião.
Cláudio, que estava de passagem por Guarapari, facilitou inclusive a  hospedagem ao casal, dele conterrâneos.

E todos saímos para os passeios.
Convento Nossa Senhora da Penha, que fica situado em um penhasco a mais de 150 metros de altitude.
O complexo religioso, datado dos anos 1550, é de difícil acesso, devido a subida para se chegar ao topo. 
É possível o ingresso com veículos, porém a fila de automóveis estava quilométrica, o que nos estimulou a escalada. 
 A vista lá de cima é sensacional. Vila Velha e Vitória são vistas lado a lado. O mar, os recortes em terra, a área portuária e outros pontos de interesses podem ser visualizados.


  Nos encaminhamos para o Museu e Fábrica de Chocolates Garoto. Infelizmente, ambos já haviam fechado as portas. Nos disse Gerson, que a visita ao museu e fábrica é  bem interessante, ao que lamentamos não poder conhecer. 
Museu da Vale do Rio Doce. Um grande espaço cultural e de memória, com exposição de objetos da ferrovia Vitória - Minas Gerais.

  Na parte externa da antiga estação de trens, uma composição com Maria Fumaça e vagões, são os mais visitados.
Na parte interna, dois andares abrigam as mostras  museais que a Vale coloca ´`a disposição dos visitantes.
                                 Uma maquete de grande proporção  e com movimento de pequenos trens, veículos pesados e máquinas, demonstram alguns dos processos  em que a Vale está inserida, bem como a identificação com a estrada de ferro Vitória Minas. A maquete ferroviária tem mais de 30m2 de área.
O museu, que fica em frente ao porto, permite  ver bem de perto o movimento dos navios, das  cargas e descargas que ali acontecem
                                          
Continuamos a jornada, chegando agora em 

Vitória, 
a nossa 24ª Capital 
Já eram mais de 15h quando pisamos no solo da capital. 
   
O Centro Histórico, prédios de governo e catedral metropolitana foram os locais visitados.
                                                   
             A praça dos Namorados é local tradicional da cidade onde  aos sábados acontece uma grande feira, com venda de produtos de artesanato, alimentação, objetos diversos e tapeçaria.
Na feira, nos demoramos bastante, com visita a quase todas as bancas.  
Érike e Miguel aproveitaram o ensejo para uma passeio de pônei, colocados à disposição da criançada.
                                                   Chegou a noite em Vitória, e tratamos de nos alimentar. A sugestão do anfitrião foi irmos para a pastelança. Lá o pastel é enorme, é famoso e muito saboroso, foram os argumentos utilizados.

Fomos, provamos e aprovamos. Realmente, a pastelaria pastelança oferece uma grande variedade de recheios nos pastéis e todos com um tamanho bastante agigantado.
Foi ótimo.
                        Uma caminhada pela orla, agora toda iluminada, ainda estava recebendo um grande número de banhistas.

                     De volta a Vila Velha, o desafio foi subir o Morro do Moreno
A hora já estava bem adiantada e nos rendemos a empolgação dos meninos e, é claro, ao convite do anfitrião.
                                       O morro tem 185

metros de altura. São dois os caminhos para se chegar ao topo:  pela estrada ou por meio de escalada.
Foi por este último que nos aventuramos na noite escura, sem conhecer o local e o trajeto. Fomos seguindo as orientações do Gerson.
Érike e Miguel estavam bem empolgados. Carol nem tanto. 
Arli desafiado  e eu  com algum receio.
                                       A trilha da Raiz, como é conhecida, foi lograda em mais uma hora. Com um suador danado, fomos nos agarrando em pedras, a raízes e aos arbustos para chegar ao topo. 
O interessante do desafio, é que não tinha como dar a volta. Era subir e subir. 
Passado os primeiros obstáculos, aos quais  sofremos para lograr, perguntei ao Gerson se já havíamos passado pelos obstáculos mais dificeis. 
Falou ele: ainda não ... faltam dois ou três de alto grau de dificuldade. 
E fomos suando, as vezes se arrasando e escalando.

  No topo, é que vem a recompensa. As duas cidades, muito iluminadas, podem ser vistas em quase toda as suas extensões.

Ali ... Vitória e Vila Velha.
                                             
      A descida foi feita pela estrada, que apesar de íngreme, foi considerada por nós como uma moleza
                                 No trajeto de volta, Gerson falou que sempre que possível leva os jovens e demais pessoas da sua igreja, a fazer esta trilha, pois o contato com a natureza e o desafio da subida são compensadores com aquilo que se vê lá de cima.
Particularmente, também achei interessante. Atentei muito para o fato de que só depende da própria pessoa a escalada. Pelo menos naquela ocasião, com a escuridão e sem nada de cordas, auxiliar um ao outro não tinha como, pois a escalada é feita por meio de pequenas fendas ou saliências  entre as pedras, e tudo na vertical. 
Por vezes, nos valemos muito das lanternas de dois aparelhos celulares para ver ou indicar os caminhos.
Depois, em terra firme, tudo ficou bem melhor.
                                      Encerramos a noite  com alguns  pingos de chuva, que se acentuaram um pouco mais tarde e logo virou chuvarada.



79º dia

Domingo - 13/11

De  Vila Velha para Casimiro de Abreu
                           
        No domingo chuvoso, por volta das 9 horas, começamos a nos despedir da família.  
Na garagem do prédio, onde havíamos deixado as motocicletas, uma oração levada a efeito pelo anfitrião, agradecendo a Deus pelos passeios, pelo encontro e pelas amizades. Rogou proteção para nós ,os viajantes, e começamos a deixar Vila Velha.
                                              Em Guarapari efetuamos o abastecimento das motocas e tratamos de rodar. 
                                      A sugestão do Gerson é de que visitássemos a cidade de Cachoeiro do Itapemirim para conhecer a Casa de Cultura Roberto Carlos.
Até tentamos, mas a chuva que estava muito intensa já por horas, não deu nenhuma trégua, principalmente no momento em que cruzamos o trevo que dista  40 km até a cidade de nascimento do cantor.
Resolvemos ali parar, almoçar e ficar averiguando da chuva. 
Almoçamos e a chuva continuou do mesmo jeito.
Então continuamos a viagem.
                                                          Ao final da tarde, chegamos em Casimiro de Abreu, onde nos hospedamos nas proximidades do terminal rodoviário.
                                              Mesmo com muita chuva, arriscamos uma caminhada pelo centro da cidade, porém sem muita coisa a ver.
As lojas estavam fechadas  e poucas pessoas transitando. A exceção foi  um grupo de ciclistas que aos poucos iam chegando na área central. Estavam encerrando uma jornada de pedal e sob muita chuva, rapidamente iam se despedindo uns dos outros.
                                                          Retornamos para a área do terminal rodoviário, tratamos de jantar e mais tarde voltamos para o hotel, onde tratamos do repouso.


80º dia

Segunda-Feira - 14/11

De  Casimiro de Abreu para Rio de Janeiro e Paraty
                                                 Acordamos cedo, porém nos retardamos um pouco na cidade.
                                    Como a chuva persistia, Arli precisou ir ao centro da cidade comprar um nova roupa protetora de chuvas. 
Foi a pé, tendo ainda que esperar chegar às 8h quando o comércio começou a abrir as portas.
O parceiro perdera a roupa apropriada, quando da chuva lá em Boa Vista, no final do mês de setembro.
                                           Durante o café, a atendente relatou que a previsão é de que teríamos, ainda, mais dois dias de chuvas.
                                        Feito isso tratamos de rodar, tendo como destino primeiro a cidade do Rio de Janeiro.
     Para o Rio de Janeiro, assim como para São Paulo, por serem cidades já muito visitadas por nós, isto em outras ocasiões  a trabalho ou em turismo, combinamos apenas cruzar pelas vias principais, com parada em alguns dos pontos turísticos, a título de cumprimento do objetivo da viagem qual seja: visita a todas as capitais em um só giro.

E assim, por volta das 11 horas, chegamos ao

Rio de Janeiro
a nossa 25ª capital

  O trânsito do Rio, que é sempre complicado, estava um pouco mais além disso, devido a chuvas.
Com algum cuidado, fomos rodando devagar, passando pelo área portuária, Cinelândia, Aterro do flamengo, Copacabana, Barra e Santa cruz.  





Pão de Açúcar, Calçadão de Copacabana e feirinha de artesanato, nessa mesma praia, foram alguns dos registros feitos.


    Num posto de combustíveis ali nas imediações, as informações precisas de um jovem frentista nos valeu em muito. Rodamos pela cidade 42 km até alcançarmos a rodovia BR 101, com pouquíssimo erros e necessidade de novas perguntas a respeito da saída.
                  É bem verdade, no entanto, que um motoboy também nos auxiliou muito. O rápido motociclista nos conduziu por vários quarteirões, num entra e sai de ruas o que abreviou muito a nossa chegada à Av. Brasil.


Ele numa ágil GC 125 e nós nas pesadas Shadow's. Algumas vezes ele teve que se reter e nos esperar. Mas foi muito parceiro o rapaz.
                                                
              Na BR 101, uma parada para almoço. Estávamos bem longe da cidade do Rio de Janeiro.   
                  Nesta parada, chegamos a comentar que a passagem pela cidade do Rio fora bem mais tranquila daquilo que havíamos pensado.                                    
  Voltamos a rodar, tendo como companhia as belas paisagens neste trecho, por vezes o mar de um lado,  as altas montanhas do outro, névoa  e uma estrada em muito boas condições.

                       
                       Voltou a chover, porém com pouca intensidade.

                         Veio a cidade de Angra dos Reis, a qual adentramos para uma visita.
                                    

  Angra
possui um acervo arquitetônico com muitos sobrados coloniais, com destaque à Casa de Cultura, o convento de São Bernardino e a igreja Matriz.
                                             
Usina Nuclear
Em
Angra, o terminal marítimo da Petrobrás, bem como as usinas nucleares, fazem do município um expoente na economia brasileira.
  
Há de se considerar, também, que a cidade é bem mais conhecida pelas suas encantadoras ilhas e praias, as quais atraem milhares de turistas do mundo inteiro.
Foi um belo passeio que realizamos em Angra dos Reis.
                                                    
      

Em pouco 
tempo, menos de uma hora, chegamos ao nosso destino final do dia: Paraty. 

                      Era final de tarde, alguns turistas passeando pelas ruas e uma maratona para nós, no tangente a pousadas.

Fomos em  várias e nada de vagas.
                       
    Na Pousada Morada do Sol, depois de tantas, é que conseguimos vagas.
Rapidamente, os trâmites para a hospedagem, guardar as motos e fomos para o centro histórico de Paraty.

                                             Um encanto de cidade, com  ruas de pedras irregulares, onde se circula a pé. Não é permitido a circulação  de veículos pelo centro histórico. 
Nos juntamos à legião de turistas e fomos entrando  nas lojas de artesanato e produtos da região.
Com a chuvarada ao longo do dia, algumas ruas estavam um pouco alagadas, o que não espantou e nem tirou a nossa disposição em peregrinar pela bela cidade.
        Com mais de hora de caminhada, a chuva voltou com muita intensidade, o que obrigou a nos refugiarmos em um dos bares da cidade. E também obrigados a tomar uma cerveja gelada.
                        A noite chegou e tratamos do jantar , só bem mais tarde da noite tratamos de voltar para a pousada.
Encerramos assim a nossa primeira visita. 


81º dia

Terça-Feira - 15/11

De Paraty para São Paulo                 

     No feriado de 15 de novembro, logo após o café da manhã, tratamos de voltar para o Centro Histórico para melhor explorar a cidade sede da Festa Literária Internacional, a FLIP.
       
A caminhada silenciosa pelas ruas, passando pelos casarões, pelos prédios e pelas igrejas coloniais, é um verdadeiro retorno ao passado. 
                     São passos cadenciados, conectados  a uma imaginação que retorna no tempo. 

Na colorida cidade, em algum canto, sempre há um artesão oficiando e sendo admirado por tal.
São inúmeras as lojas que vendem a farta gama do artesanato da cidade e da região.
Nas lojas, o entra e sai de turistas, deixa tudo muito correndo, muito pesquisando, muito olhando e muito comprando, tudo com muito ares de leveza. 

No alto de um morro, o pouco que restou de um forte também recebe um bom número de turistas.


 Passando a ponte, chega-se às praias do centro, onde a areia chega a ser bastante grossa e mar com águas calmas.        

 As praias do centro, não são as melhores do município, porém estavam recebendo um bom público.
Segundo apuramos, as melhores praias de Paraty distam entre 30 a 40 km, destacando-se entre elas a Praia do Sono, Antigos, Trindade e outras.

Do outro lado da enseada, o braço de um rio serve de ancoradouro para inúmeros barcos de pequeno porte, os quais realizam  passeios turísticos pelas demais praias e adjacências.
                                                             


Outros ponto de interesse na cidade: Chafariz do Pedreira, Antiga Cadeia Pública,  Mercado do Peixe, Igreja Nossa Senhora das Dores,  Nossa Senhora dos Remédios e outros.
                                                
               


Esgotados os passeios, por volta do meio dia começamos a deixar Paraty.
                                                


                              Em  São Paulo, a nossa última capital a ser visita, nossa pretensão era chegar bem no final do dia.
Antes dela, deveríamos passar por Cunha, Guaratinguetá e Aparecida.
                                   
                Muito impressionante é a estrada que liga Paraty - RJ - à cidade de Cunha - SP.
                Com subidas íngremes ao extremo, a RJ 165 intercala asfalto e bloco de concreto, ao estilo paralelepípedos.
                 A rodovia corta o Parque Nacional da Serra da Bocaina, até a divisa com São Paulo. 
                 

          A velocidade não passa dos 20 km. Impossível tentar se aventurar, dada as curvas fechadíssimas e em subidas, tanto para o lado direito quanto para o esquerdo.
Numa dessas que o parceiro Arli não conseguiu vencer uma curva em subida para o lado direito e deitou com moto e tudo na rodovia.
Um sufoco, estacionar a minha moto na pista, praticamente sem acostamento, voltar a pé e auxiliar o parceiro a levantar a motocicleta.
Mas deu tudo certo.

              
Na divisa dos estados RJ e SP, a rodovia, troca de nome e número, passando  a ser denominada SP 171.  

Começa o mesmo processo, só que agora em descida para a cidade de Cunha.
As dificuldades do subir foram praticamente as mesmas da descida.
Mais incrível ainda é a paisagem, com montanhas por todos os lado, grande vales, o que já acontecera do lado vizinho, o estado do Rio de Janeiro.
                                               O comentário que cheguei a efetuar no grupo de discussões, WhatsApp, é que já efetuei a descida e subida da famosa Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, ao que creditei mais extensão e dificuldades a este trecho entre Paraty e Cunha.
Portanto, eis aí um bom desafio para o motociclismo.
                                                 
                                               Descida a serra, cruzamos em Cunha, mais tarde por Guaratinguetá e chegamos em Aparecida, com parada na Basílica de Aparecida.
               
          A Catedral Basílica de Nossa Senhora Aparecida, que impressiona muito pela grandiosidade, pela moderna arquitetura e frequentabilidade de fiéis e turistas, assim estava naquela manhã de feriado de 15 de novembro: repleta de pessoas.
O cenário, ao longe, impressionava com o ir e vir de pessoas. Uns buscando o interior do santuário, outros saindo deste e se dirigindo ao grande centro comercial que divisa com o templo maior.
No estacionamento, reservado para as motocicletas, deixamos as motos com todas as bagagens, depois da manifestação de um dos seguranças que falou: podem ir tranquilos.... aqui tem câmeras por todos os lodos... e nós estamos aqui ...
O grande complexo religioso se compõe do Santuário Nacional, a Passarela da Fé, com 380 metros que liga àquele a Basílica Antiga, o Aquário, que abriga espécias de águas doce e salgada, o Centro de Apoio ao Romeiro, com praça de alimentação, e mais 400 lojas de comercialização de produtos e o Teleférico, que liga o Santuário ao Morro do Cruzeiro.
                                                    Na praça de alimentação, uma parada para um lanche.

No interior do Santuário, local das grande missas, a fila de peregrinação para a  passagem em frente a estátua de Nossa Senhora Aparecida é enorme. Na verdade, são formadas cinco filas,  onde cada fiel chega a se demorar alguns segundos contemplando    a imagem da Santa.
Imagem de Nossa Senhora Aparecida                            

O passeio foi fabuloso.
                                     De Aparecida para São Paulo, a capital dos paulistas.
                                       
  No trânsito, a BR 116, Rodovia Dutra, naquela meia tarde, já tinha um grande fluxo da volta de feriado.
No ritmo acelerado dos paulistas,  fomos logrando rapidamente os poucos mais de 170 km que separam as cidades e.. finalmente.... chegamos em
      São Paulo
a nossa 26ª Capital.
A última da nossa viagem

      Na grande metrópole,  é sempre complicado rodar. As pistas expressas levam rapidamente para diversos lugares,  o que exigiu leitura e posicionamento das motocicletas,sempre em ritmo apressado.           
       
    Com um grau médio de dificuldade, fomos indo em direção ao centro da cidade.
Num posto de combustível, paramos para abastecimento, uma  boa respirada, pequenas conversações, um cafezinho e perguntas ao frentista.
                                           Situados, chegamos nas proximidades da Avenida Augusta, onde sabíamos da existência de uma boa rede de hotéis.
Num deles, e sem muita prolação, tratamos de nos hospedar, muito inclusive pela localização, aparente qualidade e também pela existência de estacionamento para as motos.
                                                     Bella Augusta Hotel, na Consolação, foi o hotel em que nos hospedamos na capital paulista.
                                 Nas imediações, um grande número de bares e restaurantes, com um enorme público  de frequentadores. 
Outro contingente circulava pelo comércio que, apesar da hora e por ser ainda feriado, se encontrava em pleno funcionamento.      
                                             Efetuamos caminhada pela Avenida Paulista e adjacências e tratamos de jantar em um dos restaurantes.
No local da janta, uma merecida bebemoração foi feita por mim e por  Arli, por termos logrado o propósito da nossa viagem com êxito .
              Naquele 15 de novembro do ano 2016, tínhamos completado totalmente o circuito de estada e visita em todas as capitais dos estados e  Distrito Federal depois de termos deixado a capital Porto Alegre em 27 de agosto do mesmo ano.
Foram elas, na ordem:
                                             

  01 Florianópolis - 02 Curitiba - 03 Campo Grande - 04 Cuiabá - 05 Porto Velho - 06 Rio Branco - 07 Manaus - 08 Boa Vista - 09 Macapá - 10 Belém - 11 São Luis - 12 Teresina - 13 Fortaleza - 14 Natal - 15 João Pessoa - 16 Recife - 17 Maceió - 18 Aracaju - 19 Salvador - 20 Palmas - 21 Goiânia - 22 Brasília - 23 Belo Horizonte - 24 Vitória - 25 Rio de Janeiro e 26 São Paulo.



    Já passava da meia noite, quando tratamos de voltar ao Bella Augusta para o repouso.

82º dia

Quarta-Feira - 16/11

São Paulo - Santos
                           
Teatro Municipal São Paulo
  
Depois do café da manhã, tratamos de começar a nossa jornada pela capital, com visita a alguns pontos de interesse.
Igreja da Sé
Praça da Sé, Região do Pátio do Colégio, Avenida Paulista, Comércio da Rua 25 de Março, Largo do Paisandu, Teatro Municipal, Santa Efigênia e Galeria do Rock.  
                      Os passeios pela capital foram apenas marcos de estada da oportunidade, uma vez que lá já havíamos visitado  a trabalho, ou por turismo, em outras oportunidades.
                                  
                Na parte da tarde, logo após o almoço, começamos nossa movimentação rumo a cidade de Santos.
              A inclusão desta  cidade portuária no roteiro, se deu muio em função da ocasião favorável em poder conhecer a maior cidade do litoral paulista.
                          Santos é famosa pelas suas praias, pelo porto, pelo Santos Futebol Clube e, sem sombras de dúvidas, pelo jogador Pelé.
                            
E, sob um calor tremendo, chegamos à cidade.
No trajeto, uma visita ao Centro Histórico de Santos, ao estádio da Vila Belmiro, a casa futebolística do Santos e ao Museu do Clube.
No lado externo, as homenagens e a estátua do Rei Pelé são objetos de muita visitação.
                            Buscamos algumas informações no posto de atendimento ao turista no terminal de ônibus, e dali fomos para a orla, onde nos hospedamos.
                                Pousada do Marquês foi o local onde ficamos. 
Próxima à praia do Gonzaga, Centro Histórico e centro comercial, o local se configurou como ótimo para os nossos passeios. 
                                 Devidamente instalados, fomos para o banho de mar e, no final da tarde, caminhadas pela orla e área central.
Praias lotadas, e muitas pessoas circulando pelo calçadão da orla, foi o que vimos. O forte sol e o calor reinante estavam contribuindo para isso. O abafamento era muito sentido.
   Quase ao anoitecer, quando começávamos o retorno para a pousada, uma mudança brusca no tempo, que alterado, deixou cair uma verdadeira chuvarada.
Esvaziou-se a praia e nós, sob marquises e algumas corridas, conseguimos chegar, bastante molhados, na pousada.
                   Do banho de chuva para o banho de chuveiro. A chuva deu uma trégua, Arli ficou no repouso,  e eu tratei de voltar para a área central, para visita às  lojas de artesanato e outros produtos. 
                                        Bem mais tarde, retornei para a pousada, de onde saímos para o jantar.
Assim, encerramos a nossa noite em Santos, sem que a chuva tenha voltado a cair.

83º dia

Quinta-Feira - 17/11

De Santos para Florianópolis

                            Deixamos a pousada do Marquês, por volta das 7h 30min , depois de um razoável café da manhã.
A hospedaria, que estava recebendo um grande número de trabalhadores temporários para uma empresa de locação de mão obra, não conseguia atender a todos no pequeno espaço destinado para refeições. 
Isto influenciou na qualidade e atendimento, ao que entendemos ser daquele momento, tão somente.
                            Em frente à pousada, um posto de combustível serviu como ponto de abastecimento das motocicletas e, depois de algumas conversas com os frentistas, tratamos de começar a pegar o caminho para a estrada.
Nossas referências para ingresso, bem mais tarde na BR 116, eram as cidades de Praia Grande e Itanhanhém.
Estávamos começando uma jornada de mais de 600 km, Santos para Florianópolis.     
                                    Até o almoço, duas paradas tão somente para reabastecimento   e pequeno descanso. Miracatu, SP e depois em Campina Grande do Sul, PR.    
                                    Com trecho de rodovia duplicada, nem deu para sermos incomodados pela grande presença de caminhões cargueiros. 
Com rodar tranquilo, cruzamos a divisa de estados, sem que a tivéssemos visto.  Ficamos sabendo de tal somente no almoço, onde soubemos que a placa indicativa é pequena e fica na lateral da rodovia. 
Certamente os caminhões a ofuscaram quando da nossa passagem.
                                 Nos pós almoço, a descida da serra, com seu vales, morros e muitas curvas, que são os atrativos da cidade.
                                    Cruzamos próximo  de Curitiba e continuamos, com uma parada mais adiante para um pequeno descanso.


              De Florianópolis, Claúdio Portela, do Moto Grupo Gaudérios do Asfalto, da cidade de Santa Maria, manda recado dizendo que está a passeio na capital catarinense. 
Assim, somos convocados para, quando chegarmos,  irmos direto para a residência de amigos do Claúdio.
                                          Já em solo catarinense, passamos por Joinvile, quando em meio da tarde, uma  chuva de média intensidade começou   a cair, o que nos forçou a colocação das roupas protetoras, o que perdurou até as proximidades de Itajaí e Balneário Camboriú.                                                    
                            Foi questão de pouco tempo e começamos a avistar a capital de Santa Catarina.
Nas imediações de Biguaçu, uma parada para mantermos contato com o Cláudio, que prontamente respondeu dizendo que estaria nos esperando nas proximidades do viaduto que leva para o centro da cidade.
                                        Lá chegamos. Cláudio chegou em poucos minutos e lá fomos para a residência dos seus amigos.
Gilberto Cesar, Arli e Cláudio

Já aquerenciados, um bom chimarrão e muitas conversas a respeito da viagem. 
Por volta das 21 horas  saímos para jantar, tendo como prato principal um excelente camarão, especialidade de um restaurante de conhecimento do nosso parceiro.
Encerramos assim a nossa noite em Floripa.


84º dia

Sexta-Feira - 18/11

De  Florianópolis para Torres

                                            Sem muita pressa em começar a rodar para Torres, aproveitamos parte da manhã para mais um chimarrão, conversas e passeios pela praia da Palmeira, local onde ficamos hospedados.
De uso bastante exclusivo dos moradores, a beira desta praia apresenta um enorme conjunto de pedras que se sobressaem para fora d'água, o que determina um bonito visual.
Por ali caminhamos, preguiçosamente, boa parte da manhã. 
                                          Hora de recomeçar a viagem, e para tal começamos a remontar os alforjes.
                                     Cláudio nos acompanhou até alcançarmos a BR 101, quando então nos despedimos, prometendo nos ver em um ou outro evento de motociclismo lá no Rio Grande do Sul
                                               
    Esse trecho até Torres, BR 101 e tal, são bem conhecidos dos motociclistas gaúchos, uma vez que, em épocas de praias, períodos de férias e feriadões, são os caminhos quase que obrigatórios para a gauchada.
Assim, chegamos em Torres, em meio a tarde.
              Nos hospedamos, tratamos de guardar as motos e saímos para caminhar pela área central da cidade e orla.
                A estratégia combinada de ficar em Torres na sexta-feira, deu-se em função de que, no sábado, diversos parceiros, motociclistas dos nossos motos grupos e amigos estariam nos esperando na BR 101, proximidades de Porto Alegre.

                                                          Mas choveu em Torres no final da tarde e com isso, nos retemos no hotel com leituras e mais tarde em um restaurante para o jantar.
                    Com uma tremenda vontade de chegar logo em solo porto-alegrense e, consequentemente, em casa, fomos para o repouso aquietados, ouvindo tão somente o barulho produzido pelos pingos de chuva.


85º dia



Sábado - 19/11

De  Torres para Porto Alegre
                            E muito cedo acordamos. Direto para o café, aliás, um ótimo café da manhã, o do hotel.
                             Alforjes prontos, e sem chuvas, fomos para a rodovia BR 101, nosso último trajeto.
                             Já na rodovia,Arli Figueira despontou à frente, o que o fez durante todo o percurso. Me pareceu estampado na velocidade empreendida, uma vontade de logo estar junto aos amigos e familiares.
            Paramos para uma reabastecida necessária da minha Shadow, Arli não precisou de tal, e novamente para estrada, com a ordem dos pilotos sendo mantida.
                                        Ao longe, o segundo pedágio da Freeway, a auto estrada que liga Osório a Porto Alegre
Paramos para pagamento do tributo e a 50 metros estavam os amigos a nos esperar.
Gilberto Cesar, Afonso, Nelsi, Deise, Anderson, Peterson, Arli, Gelsomar e Jean
Jonas, Celso e Cleomar 

                                                Uma verdadeira festa.
                                        
                  Os bons abraços, os votos de bom retorno e a grande alegria em rever os amigos.
        
           As palavras eram rápidas e  também rápidos os abraços, na pressa de cumprimentar a todos no menor tempo possível.
       Foi ótimo reencontrar esta boa turma.

                                       
No clima de festa e liderados pelo grande parceiro Jonas Santos, fomos em comboio para a Avenida Sertório, sede da loja Moto Encontro Moto Center para o café de boas-vindas.
Jean e Cleomar, vindos da cidade de Vale Real,  não puderam nos acompanhar até a Sertório, devido a compromissos assumidos.
                                                   Saindo em comboio direto para a loja Moto Encontro Moto Center, para um café da manhã, sendo este o mesmo local  de onde saíramos em 27 de agosto.
                                               Sob buzinas, sorrisos e muita alegria fomos descendo e cumprimento os que lá estavam.
                       Ao longo do café, falamos genericamente da viagem, trocamos mais alguns abraços e fomos acertando os rumos.
     Arli, juntamente com os demais integrantes do seu moto grupo e familiares, rumaram para a zona sul, para o almoço.
    Eu, juntamente com Anderson, Deise, Afonso, Nelsi e Gelsomar, para a minha residência onde o Cesar Oliveira, filhote, estava preparando um suculento churrasco de também boas-vindas.


 Fomos muito felizes em ter viajado.
  Fomos amigos na viagem.
    Somos muito agradecidos a Deus pela oportunidade.
      Somos, talvez, os mais viajados  num circuito consecutivo pelo vasto Brasil.

  Obrigado
 aos que incentivaram.
 aos que torceram.
aos que apoiaram.
 aos familiares.
    aos amigos.
        a Deus!

      Fim.


Os nossos dias:
Aos 10 dias
Aos 20 dias

Aos 30 dias

Aos 40 dias 


Aos 50 dias


Aos 60 dias
Aos 70 dias

Aos 80 dias

Os  apoios recebidos  Brasil à fora:
Londrina, PR: Fernando
Jorge Domareski

Campo Grande, MS: Dora e Rickão

Cuiabá, MT: Marcos Rosada
Nova Olímpia, MT: Zé Carlos





Vilhena, RO: Boliviano
Ariquemes, RO: Pâmela e Bolivariano
Porto Velho, RO: Ronny Papaléguas
Rio Branco, AC: Cristiano Wolverini
Manaus, AM: Genghis Souza
Boa Vista, RR: Cezar Rivas
Santarém, PA: Rodson e Lidiane



Macapá, AP: Clésio Galvão e Alberto
Belém, PA: José de Alencar


São Luís, MA: Falcão Negro, Psicopata, Molusco e Bebezão


Teresina, PI: Vaqueiro Wagner



Fortaleza, CE: Alex, Lúcio e Cristina




João Pessoa, PB: Rita Ferreira  e Luiz Roberto De França


Recife, PE: Paulo e Dul Ci


Maceió, AL: Abelardo, Herbert e Denilson 


Penedo, AL: Eduardo, Ganso e Marcelo

Aracaju, SE: Damião

Salvador, BA: Rogério, Alex e Angel
Palmas, TO: Alcides e Frajola
Belo Horizonte, MG: Helder Novais
Vila Velha, ES:Gerson Ritter



Que possamos voltar a nos encontrar em breve, aqui,
 nos  pagos do Sul...
Enquanto os espero, estou preparando a minha próxima viagem...



Fotos e Relato: Gilberto Cesar
Moto Grupo Com Destino
Porto Alegre - RS
comdestinomotos@gmail.com
gilberto-cesar13@hotmail.com
 






Um comentário:

  1. Parabéns pela viagem e pelos relatos. Com certeza uma viagem dessas é o sonho de muitos motociclistas como eu. Que venham muitas outras.

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