terça-feira, 20 de outubro de 2015

2º Abraçando a Fronteira

Moto Passeio 2015

     A Associação dos Motociclistas do Rio Grande do Sul, por  meio da sua Coordenadoria Regional da Fronteira Oeste levou a efeito o 2º Moto Passeio da região, nestes dias 17 e 18 de outubro de 2015.
O 2º ABRAÇANDO A FRONTEIRA
           A organização do evento, já começara os trabalhos e reuniões ainda em 2014, quando do encerramento da 1ª Edição, dado é claro a grandiosidade do evento que requer uma infraestrutura gigantesca.

Os trechos do 2º Abraçando a Fronteira:
       Início na cidade de Rosário do Sul, indo para AlegreteUruguaiana e almoço em Itaqui.
                De Itaqui para São Borja, com jantar e pernoite em Santiago.
              De Santiago para São Pedro do Sul, com o almoço de encerramento do Moto Passeio.
  E para Rosário do Sul me desloquei, na sexta-feira, 16, na qualidade de único representante do nosso Moto Grupo Com Destino, aqui de Porto Alegre.
Gilberto Cesar - Moto Grupo Com Destino
    Às 13 horas, comecei meu deslocamento a partir do Posto Laçador, indo encontrar o parceiro Arli  (Moto Grupo Virando Rodas)  com quem acertara viajar junto.
              

Arli Figueira, o parceiro do Moto Grupo Virando Rodas

 Arli Figueira estaria, às 13h15min, nas imediações do pedágio e Polícia Rodoviária Federal, isto pouco antes do entroncamento das BRs 116 e 290.



Dali rumamos, agora em dupla, para a BR290 tendo como próxima parada a cidade de Pantano Grande, 120km, onde estariam nos aguardando o Moto Casal Os Aliens, Afonso e Nelsi, vindos de  Santa Cruz do Sul.
E lá estavam os parceiros a nos esperar. 
Gilberto Cesar, Afonso, Nelsi e Arli 
                 Cumprimentos breves, abastecimento das motos e novamente para a estrada, pois Rosário do Sul nos esperava.
         A BR 290 é sempre truncada devido ao grande número de caminhões em deslocamento para as regiões central e fronteira e, num ritmo tranquilo, efetuamos a primeira parada, enquanto quarteto, na Vila Nascente, que pertence ao município de São Sepé
           Neste local há pastéis de primeiríssima qualidade.
Ao final da tarde, começamos a avistar a cidade de Rosário do Sul, que aos poucos foi se agigantando cada vez mais aos nossos olhos. Cruzamos a longa ponte, sob o Rio Santa Maria,  contornamos o trevo e bem na entrada a cidade o Comitê de Recepção do 2º Abraçando a Fronteira.
             
Em Rosário do Sul
 No local, diversos motociclistas tratavam de esticar os corpos, a cumprimentarem-se uns aos outros, em típicos gestos 
de quem está chegando de um deslocamento motociclístico. A
 organização do evento, começava a passar as primeiras informações, quanto aos hotéis, camping,  horário e local da janta.
Importante salientar, que as hospedagens não fazem parte do pacote de inscrição para o Abraçando, ao que fizemos nós a reserva antecipada, para o sempre bom Hotel Areias Brancas.

O pacote com inscrições limitadas incluiu:
- jantar de confraternização, na noite que antecede o primeiro deslocamento do comboia;
almoço, lanches e janta no primeiro dia;
- almoço de encerramento no domingo.


Depois da passagem pela recepção do evento e hotel, fomos para o jantar de confraternização, que aconteceu no Centro de Eventos, localizado na praia de Areias Brancas.
Por ser um local muito amplo e de múltiplas utilidades, pelo poder público municipal, este ainda serviu como camping, para os que optaram por essa modalidade de hospedagem. 

                        Então jantar, confraternização e hospedagem, tudo num só local, para muitos.
Como jantar, 
Rosário do Sul apresentou uma farta e excelente feijoada.
Equipe... descascando as laranjas para a feijoada
Esperando o jantar


Começou o jantar





             Aqui, a organização efetuou a checagem dos credenciamentos, com a entrega da pulseira de identificação de participante.
"Durante o jantar, as informações de horários dos deslocamentos, formação das motos no comboio e recomendações de segurança por parte dos policiais rodoviários.
Representante da PRF, Comissão Organizadora,Secretária de Turismo, Presidente da AMO e Moto Grupos Organizadores 

E veio o sábado, o primeiro dia do 2º Abraçando a Fronteira.


Bem cedo, por volta as 6h, pelo menos no hotel Areias Brancas, a movimentação já era bem intensa em direção ao Café da Manhã e, tudo muito rápido po
is a formação inicial do comboio estava marcada para às 7h com saída as 7h30min.

Uma boa novidade e boa surpresa, por parte da Comissão Organizadora":
              quando da formação do comboio, cada um dos participantes foi novamente identificado e cada qual recebeu agora um bracelete, na cor laranja com fita reflexiva, na cor branca.
Este adorno de segurança, obrigatoriamente deveria ser colocado no braço esquerdo, devendo sempre acompanhar o motociclista e caroneiro, conforme o caso.
A formação do Comboio:



Gilberto Cesar, MG Com Destino; Nelsi e Afonso, Moto Casal Os Aliens e Arli, MG Virando Rodas

      Iniciou então o deslocamento do 2º Abraçando a Fronteira.               Uma volta pelo centro de Rosário do Sul, buzinas, sirenes dos batedores e o ronco … muito ronco de motores, rasgando o silêncio da cidade, aquela hora e  para um amanhecer de um sábado.

                 Logo, o comboio ganhou a BR 290, onde perfiladas em dupla, a longa fila de motocicletas despertava as atenções tanto de motoristas em viagem na rodovias, quanto de moradores dos lugarejos, das vilas e agro vilas que ladeiam as estradas.
Trecho Rosário do Sul     Alegrete


            



            
   Às 9h30, o comboio chegou ao Alegrete, a terra de Oswaldo Aranha e Mário Quintanadepois de ter percorrido 104km.
        
  Na entrada da cidade, posto Texacão do Caverá, que na verdade virou para a bandeira Ipiranga, foi quem recebeu os motociclistas para o abastecimento, banheiros, lanches e descanso.


Chegando em Alegrete


Na verdade estas paradas deveriam ser de muito pouco tempo, porém, em nada se preparam os proprietários de todos os postos pelo quais parou o comboio.
Resultados disto:
1. poucos frentistas, poucas atendentes nas lancherias e banheiros acanhados.
2. demora excessiva, longas filas para abastecimento e algumas inconformidades.
        

Numa rápida passada pelo centro, o grande comboio cruzou algumas ruas, com  participação e saudações do povo alegretense.
          Seguiram após, os motociclistas, para o trevo de acesso, ganhando novamente da BR 290, agora para percorrer os próximos 140km, até Uruguaiana.

                    
 Na cidade da Califórnia da Cançãoda Ponte Internacional e do Maior Porto Seco da América, o comboio chegou às 11h40min e, como programado, em Uruguaiana somente parada para descanso, banheiro e abastecimentos. 
         Não se fez passeios na cidade em razão do horário e tendo em vista a chegada ao próximo destino: Itaqui, o local do almoço.
Em Uruguaina



          


DUruguaiana até a cidade de Itaqui, os 146km foram logrados com mais vagar. A estrada, BR 472, é bem estreita e com a curiosidade de ter  duas pontes  com  mão única, com semáforo para liberação do trânsito.
                Ao longo desse deslocamento, até em razão do horário, o forte barulho dos motores fazia com que grande parte dos moradores, dos pequenos lugares, saíssem para as ruas ver do que se tratava e, ao identificar o comboio, saudar o grande número de motociclistas.


Por volta das 14h30min o grupo cruzou o Pórtico de Itaqui, rompendo com silêncio da pequena cidade que também abriga em seu solo um dos mais antigos teatros da América Latina, o teatro Prezewodowski.

            Depois de percorrer a parte central da cidade, o comboio seguiu diretamente para o Centro de Tradições Gaúchas Cristóvão Pereira de Abreu, local do almoço.
A recepção dos itaquienses, foi muito efusiva e calorosa.
         



Um excelente e farto almoço foi servido aos visitantes.
Um dos portões de acesso ao CTG Cristóvão Pereira Abreu
Até esta parada para  almoço, 390km já haviam sido percorridos.

Quando os relógios marcavam quase 16h30min, a Comissão Organizadora indicou novamente para a formação do comboio, agora para a segunda parte do deslocamento, rumo a São BorjaTerra dos Presidentes.
                  O deslocamento para São Borja foi tranquilo, sendo os 75km percorridos, considerados curtíssimos, isto em se tratando de motocicletas. O comboio se abasteceu e descansou por algo em torno de um hora.
Chegando em São Borja




          Para os últimos 143km, de São Borja para Santiagouma preocupação da Organização, PRF e motociclistas mais experientes: boa parte do trajeto seria percorrido sem a presença da luz solar. 
Em breve, chegaria o anoitecer uma vez que esse deslocamento começou às 18h20min.

E foi assim:
      Passados os primeiros quilômetros, a noite se fez muito presente, o que fez com que o deslocamento fosse realizado com média horária de 60km por hora.  
Sob a luminosidade fornecida pelas centenas de faróiso trecho foi ficando cada vez mais cansativo para os condutores e caronas, que esboçavam isto no esticar das pernas e no retorcer dos corpos, sobre as motos.
 
No entanto, ninguém fez parada aleatória o que demonstrou disciplina e amadurecimento do Abraçando a Fronteira.



      A  lentidão foi justificada, em função dos possíveis defeitos na rodovia, e também pelo ingresso de pequenos animais na estrada, os quais por vezes ficam atraídos pelas luzes dos veículos.
No caso das motos, o alto e constante barulho dos motores, certamente afugentou em muito desses animais.
Foram raríssimos os casos que se contaram a respeito da presença de animais na pista.
    E sob a noite do sábado, os motociclistas adentram em Santiago, a terra dos poetas
Agora as luzes da cidade faziam reluzir os cromados das motos, contrastando em muito com a roupa escura dos componentes do passeio.
          Sob um frio de 12º, o grupo foi logrando as ruas da cidade até o ponto de encontro e dispersão.
 


Neste local, um lanche – cachorro quente 0800 – foi servido aos participantes.


Foram passadas as instruções para alojamento, janta e reinicio do deslocamento, para o domingo.
            Para os hotéis, foram formados mini-comboios, onde os motociclistas da cidade conduziam os grupos cada qual para o hotel, antes reservado.
Formação dos grupos para direcionamento aos hotéis
     Em nosso caso, fomos para o Hotel Vila Rica, bem no centro de Santiago.
                Chegar, tomar um belo banho e ida para o jantar. Esta era a ideia, porém nem tudo saiu assim.
     O Vila Rica estava sem água quente, em alguns quartos. Noutros, água a meia-bocaE em outros, água totalmente fria.
Justificaram os atendentes dizendo: estamos com problemas de energia, por causa dos temporais e a água não está subindo para a caldeira.
        Mas a “má” recepção no Vila Rica, já começara quando do primeiro atendimento. Somente um funcionário para identificar e distribuir todos os que ali se hospedariam. 
Deu confusão, na certa.
No meu caso, a água do banho estava a meia-boca; Deu para encarar.
 No quarto do Arli, havia água quente. Então, sem problemas.
  No quarto do Moto Casal, ... somente água fria. Impossível o banho. .       Aqui a Nelsi virou uma fera !

Por sugestão dos atendentes, fomos para o jantar, e na volta, já haveria água  quente, garantiram, .... e tudo bem.
Agora nada de motos e, de táxi, rumamos para o jantar.

            Santiago nos recebeu em um grande Ginásio de Esportes, que chamam de ginasião,  dada a imensidão.

A janta foi servida às 22h, aliás uma excelente janta, com destaque para a carne do churrasco, … de primeiríssima.
A organização local, até estava anunciando um show, com participação de uma banda local, porém o nosso cansaço e o frio que castigava a noite santiaguense, nos levaram a abreviar nossa estada no ginasião. A demais, a meia noite – domingo 18 – começaria o horário brasileiro de verão, ou seja, o relógio seria adiantado em uma hora.


Assim, tratamos de nos alimentar, e para esquentar o corpo, resolvemos caminhar até o hotel Vila Rica.

No hotel, nada de novo quanto a água. A situação piorou de vez. Água nem fria e nem quente.


Resultado:
                Afonso e Nelsi, bravos, frustrados e indignados conseguiram via telefone um outro hotel e para lá se foram, quando os relógio já marcavam 1 h da manhã.
     Sensível ao horário de verão, e ao cansaço da participantes, a organização marcou a saída para o último trecho, às 9h30mim.

O frio da noite anterior, continuou na manhã de domingo de Santiago. Enquanto a cidade ainda praticamente dormia, as motos começaram a se deslocar para o ginasião, ponto de encontro para a partida.

Preparando a saída para São Pedro do Sul, o último roteiro do Moto Passeio

Agora rumo a
                São Pedro do Suldas pedras fossilizadasestaria nos aguardando para o almoço de encerramento do evento.
        E para lá se fomos, agora para lograr os últimos 143km do 2º Abraçando a Fronteira. 
Rumo a São Pedro do Sul
O deslocamento aconteceu via BR 287, uma bela estrada, com longas descidas, curvas bem acentuadas e uma paisagem muito interessante.

Muito embora a distância seja considerada pequena e até com o horário bastante folgado, nossa chegada se deu às 11h30. Aqui sem muita explicação lógica para a baixa velocidade empreendida.
Há de se considerar, no entanto, que isto nos propiciou bem mirar a paisagem e os campos, quase infindos.
  E São Pedro do Sul, também sentiu o ronco dos motores.

Das casas, as pessoas saiam para as ruas para ver o comboio; uns aplaudiam e muitas fotografias e filmagens, via celular.
     

 Uma volta na praça da cidade, e rumamos para o Clube Sinuelo, que fica em local mais retirado.
                 O sinuelo, de plano já se apresenta como um excelente local. É amplo, tem uma grande alameda, é bem distribuído e,  num outro terreno, em desnível, duas grandes piscinas estão a espera do verão e dos frequentadores. 
 

Aqui o Moto Grupo Garras Negras, fiz a recepção e o almoço.
Tudo muito legal em São Pedro do Sul.
 Como era fim da linha, com a palavra comissão organizadora, que agradeceu a presença de todos, dizendo que irão descansar por uma semana e já começarão a tratar da 3ª edição, em 2016.  Falaram das possíveis falhas e tudo mais.
                           Ora, somente erra quem faz. Esta comissão faz um grande trabalho. Organizar um evento dessa magnitude é de muita responsabilidade. A Fronteira Oeste e os  Moto Grupos envolvidos, estão de parabéns. (Griffo do nosso Moto Grupo Com Destino)
Pela AMO/RS, falou o presidente Pity, que elogiou e agradeceu o trabalho e esforço da comissão regional da AMO Fronteira.
Agradeceu a participação da Polícia Rodoviária Federal, dos Moto Grupos e demais participantes do 2º Abraçando a Fronteira.


Foi o Final.


                  Arli e eu, voltamos ao centro da cidade, para ver de perto as pedras fossilizadas da cidade.   Depois, pegamos a estrada rumo a Porto Alegre, pois teríamos ainda 359km pela frente.
São Pedro, no Alto



Feito isso e depois, ... estrada e mais estrada,  até a capital dos gaúchos, onde chegamos por volta das 18h.


Foi um excelente passeio motociclístico. 

       O Abraçando a fronteira rodou 731km.
     Nós, somados os deslocamentos de Porto Alegre para Rosário do Sul e depois de São Pedro do Sul para Porto Alegre, rodamos 1.495km com muita alegria, satisfação e parcerias.



E foi isso.
Até uma outra.
Fotos e Relato: Gilberto Cesar
Moto Grupo Com Destino - Porto Alegre, outubro de 2015


outras fotos 
 


 

 







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