segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Templo Budista


COM DESTINO: Os TEMPLOs BUDISTAs


... existem coisas que os olhos merecem ver...” 
 gilberto cesar    


          A cidade de Três Coroas, à 96km de Porto Alegre, abriga em seu território talvez um dos mais significativos conjuntos de templos budistas do Brasil. Trata-se na verdade de uma comunidade de praticantes budistas que moram no local, em terras que abrigam o primeiro templo tibetano tradicional da América Latina.
               O local, denominado Khadro Ling, é a sede do Chagdud Gonpa Brasil, uma organização sem fins lucrativos destinada ao estudo e prática do Budismo Tibetano. 
 
 
              Este foi o destino do MOTO GRUPO COM DESTINO, para o último final de semana de setembro de 2014. 

          Paulo Figueiredo e Gilberto Cesar, conforme agenda, ainda fizeram uma pequena incursão no 2º MOTO DELTA, encontro de motos da cidade de Parobé.
Foi um ótimo sábado, com temperatura amena, pouco sol e duas cidades como destino.

              A saída para o passeio, como de sempre, aconteceu no Posto Laçador, que por volta das 9 horas, já recebia um grande contingente de motociclistas que logo -logo também estariam pegando a estrada para destinos diversos
 
Participantes: Paulo Figueiredo – Versys 650
                 Gilberto Cesar     - Shadow 600

           Partimos então para conhecer o Templo Budista. A rota foi via Cachoeirinha e Taquara, trajetos já bem conhecidos no mundo das duas rodas. Saindo de Taquara, logo vem Igrejinha, que se diferencia um pouco dada a quantidade de lojas e fábricas de calçados. Ao longo da estrada, são diversos os anúncios que provocam os turistas a uma ou mais paradas para as compras. É nesta cidade de Igrejinha, que se localiza uma das maiores lojas de confecção de roupas para motociclismo, a Tacna. Vale muito a pena dar uma passada para ver os diversos produtos ali confeccionados, os quais são vendidos para o Brasil inteiro, inclusive para o exterior.

      E logo chegamos a Três Coroas, cidade que também trabalha muito a questão de calçados. No entanto,  turisticamente falando o templo budista está na agenda de qualquer morador. Na verdade, nem se precisa solicitar informações de onde fica o templo, pois são fartas as placas que indicam  os caminhos dos templos.

Estrada para os templos
           O caminho que leva para o Templo, é bem emblemático. São 5 km em uma estradinha de paralelepípedos e mais 3km de chão batido, numa verdadeira subida ao morro, em meio a uma exuberante vegetação, com vistas extraordinárias. 

        No devagar das motos, pois havia chovido na noite anterior, logramos os 8km contemplando a tudo, inclusive as poucas residências ao longo da estradinha. São casas em  madeira, estilo colonial cujos moradores ficam em frente, pelos pátios, a cumprimentar e a contemplar ao  movimento de turistas que peregrinam para visita ao Templo.
Em algumas destas casas, é possível comprar produtos coloniais, ali mesmo produzidos,

E chegamos.   
Templo Principal
          A vista é muito impressionante. Destacam-se cores, formas, edifícios, paz, harmonia e um convite para meditação.

Chamou a nossa atenção que, bem antes da entrada principal, as pessoas já começam a falar em tom bem mais baixo do que o normal, como se dentro do templo já estivessem. 
A isso, nos pareceu um ritual voluntário, pois que não há ninguém dizendo ou orientando para tal.

          O ingresso no templo principal, é precedido pela retirada de qualquer calçado, ou seja, somente é permitido ingressa de pés descalço, no máximo com meias. Aqui, começa o ritual verdadeiramente. 
Aqui, é necessário retirar os calçados

 
     No interior, onde não é permitido fotografar, há uma enormidade de objetos, imagens, espaços de orações, recantos e simbologias budistas que se compreendem a partir das leituras, que se deve fazer, dispostas em plaquetas.
Ler estes textos, exigem concentração e paciência, pois que são textos longos, o que prendem muito a atenção das pessoas.
Dentre outros, chama muito a atenção para umas centenas de pequenas taças metálicas, dispostas lado a lado, em cinco fileiras, frente a uma imagem de buda, as quais são esvasiadas sempre ao final da tarde, num ritual que certamente exige concentração, paciência, disposição e que deve instigar muito a meditação, por ocasião do ato. 
Pela descrição, a água é um elemento fundamental para vida, para a purificação e valorização da natureza.
          A visitação a este templo principal, leva em torno de quarenta a cinquenta minutos, onde inclusive é possível participar indiretamente das rodas de oração, com o preenchimento de uma ficha e o respectivo pagamento para a aquisição de uma vela.  A esse ritual, não se pode participar, diretamente.

               Saindo do tempo, na parte inferior, há uma loja com produtos alusivos ao budismo. São diversos produtos, que vão desde livros, CDs, camisetas, mandalas, anéis, colares, cartões e muitos outros.
 A loja, é uma das fontes de renda para a manter o templo.

Para  a visitação aos diversos ambientes, não há cobrança, tudo é gratuito. Paulo Figueiredo efetuou esse questionamento a uma das atendentes, voluntárias, que explicou que a filosofia é permitir que qualquer pessoa acesse ao templo. Cobrar ingresso, seria de certa forma barrar uma parte da população.

     A segunda visitação, foi no outro templo, um prédio delicadamente imponente que se enconde, a princípio, entre palmeiras.
Vista, ao longe, do segundo tempo
Chegando-se  mais perto, há uma ponde em madeira, onde também se  passa pela praça das bandeiras.







Aparece então o templo.
Muito Lindo. 
Segundo templo, .....   bem mais tradicional
 
          Grande e com mil detalhes coloridos, numa arquitetura inteligentemente trabalhada.
Este templo encontra-se fechado e, pelo que se soube, dado ao fato de um visitante teria quebrado a mão de uma pequena e delicada imagem, o que fez com que os administradores tomassem a decisão de deixá-los com as portas fechadas. No entanto, é bem tranquila a visualização do seu interior, pela janelas. São quatro janelas que permitem ver todos o colorido e os detalhes das imagens e adornos que compoẽ este templo.
Interior do templo

Interior do Templo















Casa dos Rolos de Oração

           São na verdade duas casas, separadas, as quais tem em seus interiores grandes cilindros, mecânicos,   giram no sentido horário, onde, caminha-se neste mesmo sentido, o que compõe então esse ritual.
           Na primeira casa, são 11 cilindros e na outra casa, são 31 cilindros.
Paulo em uma casa, junto aos cilindros




                                                                                Gilberto Cesar, na outra casa, também juntos aos cilindros.

Casa da Lamparinas
          Esta casa se encontra, temporariamente, fechada sendo possível apenas a visualização por meio das vidraças.
No interior, imagens budistas e uma centena de lamparinas.

Casa das Lamparinas




Estupas
               Devidamente alinhadas e em número de oito, são na verdade a representação da mente iluminada. Cada uma representa uma passagem da vida de Buda Shakiamuni.

         Estas são as estulpas de:  Lótus, Iluminação, Muitos Portões, Descida do Reino, dos Milagres, da Reconciliação, do Nirvana e a da Vitória.

O ritual, consiste em andar ao redor das estupas, conforme a indicação de setas, pintadas ao chão.


                  Foram quase três horas de visitação e contemplação. Um passeio formidável, onde a exuberância da natureza com matas, morros, pedras e águas contribuem em muito para este cenário quase imaginário.


Respeito efetivo ao bens da Natureza 

                            Ao longo de vários caminhos e travessias, o visitante se depara com uns cavaletes, colocados ao chão, alertando para o cuidado necessário com o trânsito de formigas. Com a exuberância de folhas, as formigas fazem diversas trilhas para o buscar e levar alimentos. Bem interessante o alerta. 
 

Um Fonte 
                       Em meio a tudo, uma linda fonte  faz sentir o cair da água no silêncio verde do local
Adicionar legenda
 A visitação, permite a uma boa reflexão de que a paz, principalmente a paz interior é capaz e necessária. Basta a cada um, escutar o silêncio da própria alma para entender o que é a Paz.


               Saindo dos Templos, a mesma estradinha,   e, ......  descendo vagarosamente.

Uma parada para compra de produtos coloniais e depois, rumo a Parobé,  para uma passada no Moto Delta.
Casa de estrada,          venda de produtos coloniais




 
TROCANDO DE CIDADE 

     Parobé         
 
               A pequena cidade de Parobé, também famosa por assentar boas fábricas de calçados e tênis, levou a efeito o 2º Moto Delta.
aspecto do moto delta

Local do Evento

A movimentção

o churras 0800

                O encontro de motociclistas, aconteceu no pavilhão poliesportivo da cidade e recebeu um grande número de motociclistas, notadamente no sábado.
         O local além de amplo e aberto, permitiu e boa circulação de motos, bem como a boa disposição das bancas de vendas de produtos alimentícios e acessórios.
Segundo se soube, a sexta-feira, quando do início do evento, a noite já fôra muito movimentada. 
        No sábado, apesar de termos permanecido no evento, pouco mais de duas horas, já havia  sinais  de que este também seria bem movimentado.
 

Interessante ressaltar que a todo o instante, a organização se utilizava do serviço de microfone para informar da proibição para os altos giros bem como para a queima de pneus, tudo no embalo do “zoeira, ... tô fora!”

Um bom “x-burguer” um refrigerante e rumamos para Porto Alegre, agora acompanhados por um vento mais intenso e gelado, porém sem que isto atrapalhasse o nosso deslocamento de retorno.

Fotos:   Paulo Figueiredo e Gilberto Cesar
Relato: Gilberto Cesar


Outras fotos: 
construção de um novo espaço para meditação

Um casal de noivos no templo

o verde do local
Paulo Figueiredo, ao fundo o templo principal



A ponte em madeira

Praça das bandeiras

entrada de um dos tempo

queima de ervas aromáticas


Paulo, em  frente ao templo

Caminhos do templo

outros caminhos, no templo

aspecto do local

parte lateral de um dos templos

Imagem de Buda, parte externa do complexo



Um outro buda


 




A Shadow, em mais um passeio






Os triciclos, no Moto Delta em Parobé


 

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