Atualmente, a Vila Inca conta com pouco mais de 200 moradores que sustentam suas vidas principalmente por meio do turismo, oferecendo produtos artesanais, souvenirs e comidas e bebidas. Completadas essas duas visitações, finalizava o itinerário da viagem que propus aos Viageiros Sudamerikoj.
Era hora de, realmente, guiar as motocicletas de volta para nossos lares.
Passou-se a manhã inteira nestas últimas visitações e, a partir de então, realmente os aceleradores foram esticados nas rodovias que contribuíam em muito. Houve no entanto paradas para o almoço, ainda que bem tarde e um reabastecimento. Na região de Potrerillos, o grupo apresentava algum cansaço, muito em função das caminhadas matutinas e a proposta foi pernoitar por ali mesmo. Na localidade propriamente dita, o único hotel se encontrava lotado e por indicação, seguiu-se em frente em direção a localidade de Cacheuta, onde se encontrou, a beira da rodovia, belíssimas cabanas, feitas em pedra, onde em uma delas os viageiros fizeram o merecido descanso e pernoite.
O dia seguinte, 22, terça-feira, amanheceu com muitas chuvas e o jeito foi encarar a intempérie usando para tal as roupas apropriadas. Sob muita água, os quilômetros foram sendo logrados, aconteceram paradas para café, reabastecimento e mais tarde o almoço.De volta para a estrada a proposta era somente rodar, até porque a chuva não dera nenhuma trégua.
A tarde foi se esgotando, a noite deu seus prenúncios e o grupo tratou da hospedagem noturna, o que se deu na cidade de Vicuna Mackenna, Província de Córdova.
O hotel encontrado era simples, o estacionamento era semifechado, porém a proprietária, uma jovem senhora, foi muito amável e reservou o espaço de lavandaria para a guarda das roupas de chuvas, as botas, capacetes, luvas e outros objetos, eis que deles escorriam muita água. Isto visava, principalmente a preocupação dos viageiros em não molhar e nem sujar o ambiente, deveras limpo.
Pouco depois foi-se a um posto de combustível próximo, onde na lanchonete aconteceu um lanche bastante reforçado. Os viageiros estavam com fome.
A quarta-feira, 23, também amanhecera com chuvas e, noticias de um possível ciclone pela região, colocou os viageiros em alerta.
Restou manter o otimismo, guardar alguns pertences, e deixar o estacionamento do Hotel.
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Hora de deixar Vicuna Mackenna |
Seguiram os viageiros, e duas alternativas de rotas se apresentaram no GPS, a Ruta 158 e a 153, esta via Rosário, porém tendo como destino para o final da noite a cidade de Santa Fé.
Esta última rodovia, foi a escolhida porém ao longo do percurso, ela não se apresentou das melhores, o que deixou a viagem muito lenta. Quando do reabastecimento, o frentista aconselhou que se buscasse a Ruta 158, muito embora o aumento um pouco na quilometragem, o que foi confirmado após, com alguns policiais que efetuavam uma fiscalização na estrada.
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O reabastecimento e a fala do frentista |
Chegou-se em Santa Fé, muito no final da tarde, quando a chuva passara de vez e o ciclone, por sorte, não cruzou pelo caminho dos viageiros.
As hospedagem em Santa Fé, foi no Hotel Suipacha, um antigo hotel, bastante rústico em seu interior, porém as acomodações eram agradáveis.
Em um bar, próximo aconteceu a refeição noturna, com o rápido retorno para o hotel.
Santa Fé ficou para trás na manhã da quinta-feira, 24 e o destino era Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, portanto, em solo brasileiro a 470 km.
Para tal, o túnel sob o Rio Paraná foi novamente cruzado, com almoço nas proximidades de San Jaime de La Fronteira, em local que já se estivera quando da ida, onde os viageiros foram reconhecidos pela atendente. Novamente duas Pizzas grandes foram saboreadas.
Em Paso de Los Libres, na fronteira, o grupo passou quando os relógios apontavam ser 17 horas onde os trâmites também foram rápidos, o que se repetiu na aduana brasileira.
Para o pernoite, em Uruguaiana, um bom apartamento, via aplicativo foi encontrado, Quanto ao jantar, ele aconteceu em um restaurante situado na Praça Rio Branco, a principal da cidade.
Dia 25 sexta-feira, dia do último trajeto.
Uruguaiana, Santa Cruz, 508 km, para o Afonso e a Julia.
Uruguaiana, Porto Alegre, 632 km para o Paulo e a Gilda.
Uruguaiana, Capão Novo, 772 km para mim, Gilberto Cesar.
Os viageiros pegaram a Avenida Presidente Vargas, as 8 horas, efetuaram o reabastecimento e café da manhã nas proximidades do trevo, saída da cidade, e logo pegaram a Rodovia BR 290.
Em Alegrete, 140 após, efetuaram outro reabastecimento e rumaram para São Gabriel, onde aconteceu o almoço e posterior reabastecimento nos veículos.
A parada seguinte, aconteceu em Pantano Grande onde aconteceram as despedidas para os santa-cruzenses.
Uma hora depois, foi a vez das despedidas para os porto-alegrenses, o que aconteceu nas proximidades da nova ponte sobre o Guaíba.
Segui eu, com parada no Posto Grall, na Freeway para reabastecimento quando depois, às 19h30m adentrei na bela Capão Novo. No total, neste Giro, foram rodados 5.797 km.
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Foi o Fim, na última foto coletiva dos viageiros
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Estes amigos foram extraordinários.
Julia, com menos de dois anos no motociclismo demonstrou segurança, disciplina, velocidade, engajamento e muita responsabilidade na pilotagem. Foi um as fotógrafas do grupo. Afonso, foi o responsável pelas hospedagens, liderou o grupo, e mais uma vez demostrou a sua capacidade de visão e integração.
Paulo e Gilda, são pra lá de parceiros Foi terceira viagem deles comigo e mais uma vez foram grandes colaboradores. Ela foi, também, fotografa do grupo.
Eu, planejei a viagem e fiz as narrativas.
Pouco depois, passei nota aos parceiros, dando por encerrado o Giro Andino de Motos.
Encerramos oficialmente o GIRO ANDINO DE MOTOS, uma rica e proveitosa jornada. Como sempre, tudo em nossas vidas são aprendizados que marcam, que fortalecem e que nos enriquecem, principalmente quando se trata de viagens culturais e de conhecimento.
Resta agradecer a todos pela parceria, dedicação e esforços para que tudo acontece da melhor forma e proveito.
Foi uma honra tê-los como parceiros.
Lembre-se de que nada é por acaso.
Abraços em todos meus queridos Viageiros Sudamerikoj.
Gilberto Cesar
Fotos: Gilda Valdameri
Julia Schnaider
Texto: Gilberto Cesar
Se me preguntas si fue bueno,
te respondo: fue formidable!
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