Encerrada a viagem para a cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, o blog do Moto Grupo Com Destino, relata agora como foram os 10 dias da viagem de Gilberto Cesar, Arli Figueira, Afonso e Nelsi Schnaider e Paulo e Gilda Valdameri.
1º Dia - 25/01/2020
Porto Alegre a Lajeado com os amigos.
Pernoite em solo catarinense.
Porto Alegre a Lajeado com os amigos.
Pernoite em solo catarinense.
Com data marcada para 25 de janeiro deste 2020, o início da viagem teve como ponto de encontro o Posto Laçador, em Porto Alegre, um tradicional ponto de encontro dos motociclistas da capital, nas proximidades do Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Para lá fui, conforme combinado, chegando pouco antes das 7 horas da bela manhã daquele sábado. No entanto, foi com enorme satisfação que constatei a presença de vários parceiros e amigos que foram ao ponto de encontro, para de lá seguirem viagem acompanhando o grupo viajador até a cidade de Lajeado, pouco mais de 100 km da capital.
Lá se encontravam, Celso Guimarães, Jones e Igor, além de Arli, Paulo e Gilda. Pouco depois, a chegada dos também parceiros Angelino, Peterson e Elenice, sendo que este dois últimos, foram ao posto para desejar boa viagem, não indo portanto até Lajeado.
Gelsomar, chegando ao Posto |
Pouco antes da partida, a chegada de mais um parceiro, o Gelsomar Brasil, pilotando a sua nova Burgman 400, na cor azul. Gelso se propôs a rodar com grupo, por alguns quilômetros.
Entre as animadas conversas e o chimarrão, que passava de mão em mão, o grupo foi tratando dos preparativos para o início da viagem. Uma foto registro, marcou o início efetivo do deslocamento do grupo para os lados da Rodovia BR 448, com vistas a mais tarde ingressar na Br 386.
Na cidade de Lajeado, estariam se encontrando com Afonso e Nelsi, o Moto Casal "Os Aliens", vindo de Riopardinho, o belo distrito de Santa Cruz do Sul.
Na cidade de Lajeado, estariam se encontrando com Afonso e Nelsi, o Moto Casal "Os Aliens", vindo de Riopardinho, o belo distrito de Santa Cruz do Sul.
Foto de Gelsomar Brasil Na foto: Igor, Gilda, Elenice, Peterson, Celso Guimarães, Jones, Gilberto Cesar, Arll, Angelino e Paulo |
Paulo e Gilda / Igor e Jones |
Começou então o deslocamento. Gelso, rodou com o grupo até as proximidades do entroncamento que leva para cidade de Triunfo, de onde retornou. Os demais, chegaram em Lajeado por volta das 8 horas, onde em frente ao Shopping da cidade, já aguardavam o Afonso e a Nelsi.
Grupo de Porto Alegre, chegando em Lajeado |
Encontro com Afonso e Nelsi |
As Custom's, são as motos estradeiras, preferidas por um público mais tradicional, que não prioriza a velocidade e se voltam para o conforto. A altura do banco é baixa, as pedaleiras avançadas, o piloto fica recostado e com os pés mais à frente e o carona geralmente se apoia em encostos chamados de "sissy bar". É comum o uso abusado dos cromados e dos alforges em couro.
Arli Figueira, Shadow 750; Gilberto Cesar, Midnight Star 950; Paulo e Gilda, Vulcan 650 e Afonso e Nelsi, Shadow 750 |
Chegada a hora do almoço, o grupo por combinação anterior, ingressou na cidade de Carazinho a procura de um bom local para a primeira refeição coletiva da viagem. Lentamente, as quatro motos se deixavam notar pela boa quantidade de pedestres que circulavam pelas ruas centrais e pela praça da cidade. Esta movimentação, no entanto, certamente acontecia em função do comércio local que começava a dar sinais do final do expediente.
Não se logrou êxito quando ao local para almoço, naquela cruzada, quando Arli Figueira lembrou ter visto uma churrascaria a alguns quarteirões, restando o retorno pela avenida principal, tendo-se resguardado as motocicletas sob uma imensa árvore, uma vez que o sol e o calor eram as combinações que reinavam fortemente em Carazinho.
No interior da churrascaria São Diego, um bom público se encontrava muito silenciado, não tanto em função do almoço, mas no entanto, com os olhos grudados em um grande televisor, eis que estava acontecendo a finalíssima da Taça São Paulo de Futebol Júnior, o maior acontecimento futebolístico da categoria e, nada mais, nada menos que o Internacional e o Grêmio efetuavam a disputa das penalidades máximas. A esta, chegamos a assistir, quando o Inter levou a melhor, ganhou a taça e com muito sabor de vitória esmagadora em cima do principal rival.
Neste clima, concluímos o bom almoço, quando até em função das gozações com o gremista Arli Figueira, fiz cair um copo com água sobre a mesa, porém nada que um bom pano e o próprio calor efetuassem o trabalho de secagem.
Arli, Gilberto, Paulo, Afonso e Nelsi |
Nelsi, deixando a churrascaria |
Retomada a viagem, aos 42 km rodados uma parada técnica para água e suavização do calor. Isto aconteceu na cidade de Sarandi, quando o grupo ingressou na cidade, se refugiando também sob uma grande árvore, nas proximidades da praça central da cidade. O propósito desta parada, assim como também o almoço em Carazinho, se prendeu ao fato que tenho por costume o ingresso e visita, ainda que rápida, a municípios pelos quais ainda não estive. Isto visa a atendimento pessoal de visita a todos os municípios do nosso Estado. De Sarandi para Trindade do Sul, outro município novo na minha listagem.
Nesta pequeníssima cidade, aconteceu uma parada mais alongada, agora com a compra de água em um supermercado, sorvetes ou picolés. Foi a sombra proporcionada por uma fina cobertura em acrílico na cor verde, do Supermercado Econômico, a razão principal para a escolha do local como parada.
Aqui, um antigo telefone público, conhecido como "orelhão" e de propriedade da antiga Companhia Riograndense de Telecomunicações, a CRT, fez sucesso, até por estar em ótimas condições e com sinal para discagem. E o grupo voltou a rodar, agora com firme propósito de nova parada para o lanche da tarde, tendo como referência a cidade de Chapecó, em Santa Catarina.
Gilda, ... ao telefone |
Em Chapecó, uma cruzada pela cidade, tendo como direção a área central. Foi no entanto, em um posto de combustível, que o grupo tratou do reabastecimento, bem como do lanche da tarde. Nesta parada um constatação não tão agradável, eis que o Arli Figueira ao retornar para a sua motocicleta, notou que o pneu dianteiro estava com baixíssima pressão e com a consequente ausência de ar. "Não pode!" ... disse o Arli. "Mais um pneu furado! ... é muito azar!" .., concluiu o parceiro. - Te acalma, disse o Paulo. - Vamos buscar uma borracharia, falou o Afonso.
Após a consulta, via telefone celular, mais precisamente ao "Google" dois estabelecimentos estavam sendo indicados. Um com funcionamento 24 horas, porém distante e um outro com fechamento previsto para as 18 horas. Quanto a isso, estávamos a poucos minutos da hora aprazada. Solução rápida: deu-se uma carga de ar no pneu e se rodou até a borracharia.
Borracharia do Gilberto |
Lá chegando, o profissional de nome Gilberto, tratou logo de sacar a roda e começando o trabalho para a restauração da situação. Auxiliado por um outro profissional, Gilberto chegou a constatação de que não havia nenhum furo na câmara.
Por precaução, disse-lhe o Arli; vamos colocar uma outra câmara que estou trazendo como reserva, isto por garantia. Sem mais delongas, o aro recebeu novamente uma câmara e também o pneu, quando logo foi posto novamente na motocicleta. Quanto ao esvaziamento, disse o Gilberto que provavelmente quando da última calibração, o pino do ventil não tenha se trancado hermeticamente o que pode ter provocado o escapamento do ar. Ainda neste diálogo, ficou-se sabendo que o próprio Arli fizera, a pouco tempo, uma calibração naquele pneu. Neste intermeio, a turma também aproveitou para tomar mais refrescos, eis que bem em frente a borracharia, um mercadinho oferecia estes produtos. Entre as conversas no grupo, o consenso de que "nada é por acaso", e que aquela parada, ainda que imprevista, se apresentava como fator também para algum aproveitamento. Com praticamente o esgotamento do sábado, quanto a luz solar, foram ainda rodados pouco mais de 70 km quando o comboio adentrou na cidade de Formosa do Sul, ainda em Santa Catarina, na busca de um local para o primeiro pernoite.
Orientados por um casal de idosos, que mateavam em frente a residência, o grupo chegou ao Hotel dos Gaúchos, uma pequena edificação onde funciona na parte térrea, um bar e também um restaurante.
as motos logo foram sendo colocadas na garagem, com banho, descanso, e janta para os viajantes.
Estava se esgotando assim o primeiro dia da viagem do grupo rumo a cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, com marca dos 524 km rodados naquele sábado.
Uma torre de batatas fritas grande e, depois mais uma outra constituíram o jantar do grupo.
2º Dia - 26/01/2020
Placas trocadas
O ingresso no Paraná.
Placas trocadas
O ingresso no Paraná.
Sem que o Hotel dos Gaúchos tivesse o café da manhã incluso na diária da hospedagem, optou o grupo em fazer a primeira refeição do dia em um outro local, ao longo do deslocamento da manhã.
Restou uma foto registro, ficando assim a cidade de Formosa do Sul tão somente como uma página virada na vida dos viajantes.
Foto Registro do reinício, no domingo, o segundo dia Arli, Gilberto Cesar, Gilda, Paulo, Afonso e Nelsi |
Mas foi na região do município de São Lourenço do Oeste, muito próximo da divisa com o Paraná, que uma verdadeira "pegadinha de mau gosto" provocou um grande susto nas primeiras das motos que de se deslocavam. Uma placa na cor amarela com traçados pretos, indicava a existência de passagem de pedestres, isto a uns 100 metros.
Logrados esses metros, uma outra placa, idêntica, apontava para a tal passagem. No entanto, o que realmente existia no solo, era um quebra molas, de tamanho também exagerado. Arli Figueira, que vinha a frente do comboio, passou em boa velocidade, por muito pouco não perdeu o controle da motocicleta, e por sorte, ficou no susto. Logo a seguir, as motocicletas do Paulo e a do Afonso, também lograram a lombada com velocidade considerada alta para o obstáculo. Restou susto, espanto e reclamações por parte das duas caroneiras, Gilda e Nelsi, que logo em seguida entenderam tratar-se de um equívoco grave por parte de quem ali colocou aquelas placas.
A placa trocada |
Café da Manhã dos viajeiros |
Prosseguiu a viagem quando aos 18 km rodados, a parada para o café da manhã e reabastecimento, o que se deu na cidade de Vitorino, agora já em solo paranaense. Ao longo do lanche, as conversas foram centradas no equívoco quanto a colocação das placas sinalizadoras no lado catarinense.
Descanso em Ampére |
Já passavam das 10 horas e 45 minutos, quando a cidade de Ampére começou a ser avistada. Aqui uma nova parada, voltada mais para o descanso, porém com algum reabastecimento. Neste posto, vários clientes em trânsito, assim como alguns frentistas, indagaram bastante a respeito da viagem, da suportabilidade do calor, ao que alertaram alguns para o calor mais acentuado que é sentido no Mato Grosso do Sul.
De volta para a estrada e, com quase uma hora de rodagem, o grupo foi avistando ao longe uma série de bancas postadas ao longo da rodovia, ambos os lados, com venda de diversos produtos, com predomínio para panelas, churrasqueiras, chaleiras fabricados em alumínio batido.
Motos à sombra. |
Também se encontravam a venda, canecas, bules e panelas louçadas, queijo, frutas, sucos e um monte de outros produtos. Naturalmente os punhos foram se descerrando, e a motocicletas foram perdendo a velocidade para logo em seguida serem estacionadas, sob uma a sombra de duas árvores.
Feira de Rodovias |
Posto de Combustível em Cascavel /PR |
Almoço em Cascavel |
Restaurante Aroma e Sabor |
Parada em Guaíra |
Ponte Aryton Senna - Rio Paraná |
Casa do Artesão |
Exposição e venda de artesanato |
Quartos do Hotel Continental |
Jantar ao ar livre no calor de Itaquiraí |
O grupo em Itaquiraí, após o jantar. Arli, Paulo, Gilda, Nelsi, Afonso e Gilberto Cesar |
Em busca do Arli.
As consequências da lombadas.
Uma chuva refrescante
As consequências da lombadas.
Uma chuva refrescante
Reabastecimento matutino em Itaquiraí |
Grupo parado. Parou o GPS |
Arli, indo a pé até o entroncamento. 800 m de caminhada |
Feito um novo acionamento no GPS seguiu-se em frente, tendo cruzado o comboio por algumas máquinas agrícolas com avantajados tamanhos, utilizando boa parte da rodovia. Ao longe, pareciam verdadeiros gafanhotos gigantes as tais máquinas.
Disse a Gilda Valdameri: - até deu vontade de cruzar com a moto por debaixo daquelas máquinas, de tão grande e esquisitas que elas são.
Foram 95 km de rodagem, quando se avistou a cidade de Naviraí, cujo portal é constituído por enormes Araras, ave símbolo de toda a região. A seguir veio a cidade de Juti e logo em seguida a cidade de Caarapó.
Nesta última, uma parada super rápida e técnica, quando mesmo sem descerem das motos, todos confirmaram estar tudo bem e prontos para tocar em frente. Esta parada se deu muito em função do alto fluxo de caminhões na região. Verdadeiras filas se formavam na rodovia que já cortara as duas cidades anteriores ao meio, e agora também se repetia em Caarapó. O barulho era imenso, o calor a beira do infernal e o sol sem dar tréguas.
Pois foi nesta arrancada, que o Arli chegou lateralmente muito próximo da minha motocicleta, e em função da baixíssima velocidade, trocamos alguns monossílabos quando lhe falei:
- que barulho é este na tua moto?
- não sei, mas já vem assim desde a pouco.
- isto não é normal e devemos investigar. me parece ser na roda dianteira.
- é um treck-treck.
- sim, eu estou escutando. temos que para ver. Esta roda pode travar e daí será tragédia.
Antes de pararmos, e mesmo com as motos em movimento, solicitei ao Paulo que encostasse a sua moto junto a do Arli e tentasse escutar o tal "treck-treck".
Paulo escutou e confirmou que alguma coisa estava errada com a roda dianteira. Enquanto isso, o Afonso seguia em frente, no alto fluxo de caminhões.
- Vamos procurar uma oficina, foi o que falei. Fiquem aqui! Eu irei avisar ao Afonso para que todos fiquemos juntos.
Estas minhas últimas palavras não foram bem entendidas, eis que o Arli continuou rodando muito devagar e o Paulo, ao invés de ficar junto ao Arli, imediatamente acelerou, me seguindo.
Afonso, que bem a frente se encontrava, logo parou quando notou que os piscas-alertas das nossas motos se encontravam acionados. Parados, confabulamos e tratamos de esperar pelo Arli.
Em Caarapó, a procura do Arli |
Vagarosamente as três motos, começaram a procurar, chegando-se quase que ao ponto inicial onde se parara pela vez primeira. Paulo, chegou a ir em duas ou três oficinas de consertos de motos da cidade e nada do Arli.
Claro que bateu um pouco o pavor no grupo e logo começaram algumas indagações:
- se o Arli desceu barranco a baixo;
- e se a Moto travou a roda e um caminhão o obrigou a descer mato a dentro?
E por aí foram as mais variadas indagações e preocupações.
Quanto ao telefonema e mensagens, a Gilda fez tudo isso por mais de dez vezes e nada de respostas.
- Vamos refazer todo o trajeto, mais lentamente, sugeriu o Paulo.
E assim foi feito.
- Então ele está a nossa frente, disse o Afonso.
- Mas como é que nós 5 não vimos o Arli cruzando? falou a Nelsi.
- É muito estranho que ele não tenha visto as motos aqui paradas, foi o que disse a Gilda.
- Vamos em frente. Esse baixinho cruzou direto por nós, foi o que falei.
E prosseguimos, quando há pouco mais de 5 km um pedágio se apresentou, tendo como próxima cidade de Dourados.
Na praça de pedágio, logo as indagações nossas para as atendentes:
- passou uma moto aqui, igual a estas?
- uma moto com placa de Porto Alegre?
- um sujeito baixinho, com roupas pretas?
Não! ... foi o que responderam duas das atendentes.
Passado o pedágio, decidindo o que fazer |
- E agora gurizada? foi a pergunta do Afonso.
- Penso que deveremos retornar, foi a minha alocução.
- Eu vou lá no pedágio, disse o Paulo, perguntar se podemos retornar por aqui, porque o próximo retorno deve ser em mais de 5 km.
Com isso Paulo foi retornando, a pé, em direção do pedágio. Enquanto caminhava, sob aquele sol intenso, uma atendente também caminhava em sua direção e quando se aproximaram falou era:
- fui eu quem efetuou a cobrança do amigo de vocês. Sim ele passou por aqui sozinho, mas já faz um tempo. Acontece que eu estava no meu intervalo e as minhas colegas me falaram da preocupação de vocês. Mas ele já cruzou e deve estar chegando em Dourados.
Paulo começou a retornar, gesticulando por vezes, ao que não dava para entender perfeitamente. Quando bem próximo, gritou então: ele já passou .... foi aquela atendente que fez a cobrança ...
Quase todos deram "Graças à Deus".
Uma garrafa com água foi entregue ao Paulo, que ainda que extenuado, disse estar muito feliz pelo Arli estar a frente do comboio.
A rodovia 163, nos seus 56 km que separam Caarapó de Dourados, foi lograda rapidamente por nós, e logo a cidade começou a se agigantar sob os nosso olhos. Pois foi bem na complicada rotatória de ingresso na cidade, que duas mãos estavam se cruzando, em forma de acenos. Era o Arli, gesticulando e gritando:
- Por aqui!
- Aqui! Estou estacionado ali naquele supermercado. Dêem a volta!
Em pouco tempo, estávamos juntos e logo vieram as explicações do parceiro:
- o trânsito lá naquela cidade estava demais.
- eu vi que vocês iriam parar a frente e resolvi ultrapassar um caminhão. Acho que foi bem na curva onde vocês poderiam estar. Eu não vi... passei ao lado de um e depois de um outro caminhão!
- Mas Arli, disse o Afonso, no pedágio, tu deverias perguntar se as três motos já haviam passado ou não?
- sim, eu esqueci disso também. Mas eu rodei bem devagar até aqui.
- Mas o bom de tudo isso, disse o Paulo, é que estamos todos juntos e sem problemas maiores. É claro que temos que ver a questão dessa roda aqui em Dourados.
- Deixa eu apresentar para vocês o Erley. Ele é do Moto Grupo Águias do Brasil e já conversamos. Ele vai nos levar a uma oficina onde o pessoal do moto grupo dele leva as motos para revisão e consertos.
Seguindo o Erley em direção a oficina de motos |
Feitas as apresentações e depois de alguns diálogos, seguimos o Erley indo em direção a Oficina do Perna, para verificação do "treck-treck".
Parte do grupo, à sombra em frente a oficina do Perna |
Na oficina, logo após uma rápida inspeção, disse o "Perna": - é o rolamento que está danificado. Vejam a pequena folga.
A inspeção na moto pelo Perna, sob o olhar do motociclista Erley |
Imediatamente, ao quebra molas catarinense foi lembrado por todos e, feito o relato para o mecânico, o mesmo disse então da necessidade da colocação de um novo rolamento na moto.
Registro fotográfico dos viajantes com o motociclista Erley (camiseta clara) que efetuou apoio motociclístico na cidade de Dourados, MS. |
Arli, na carona |
Restaurante em Dourados |
O parceiro Erley se despediu, eis que iria para o trabalho, e ficamos nós no restaurante.
Moto pronta |
Bem depois, retornamos a oficina do Perna, onde a moto já estava pronta para seguir viagem. Nos despedimos e começamos a nos direcionar para a rodovia.
Moto pronta. Arli se preparando para retomar a viagem |
Arli então efetuou o acerto de contas com o Perna, muito agradeceu ao jovem mecânico, o que fizeram também todos os demais. Perna, deixou a oficina ao inteiro dispor do grupo, principalmente a geladeira, no tangente a água gelada, frente é claro, ao imenso calor na cidade.
Neste deslocamento, a praticamente 8 ou 10 quarteirões percorridos, novamente a moto do Arli apresentou problemas. Agora era um barulho mais estridente.
Novo problema na moto |
Desligada a moto, o tal barulho continuou.
- É a ventoinha do radiador que está solta, foi o que disse o Paulo, depois de uma rápida verificação.
Isto ficou confirmado, pois que, se deu um tempo para que o motor se refrigerasse, voltando a acioná-lo depois. Como o calor na cidade era intenso, logo a ventoinha foi acionada e o novo barulho se fez estridente.
Voltar para a oficina do Perna, foi a solução.
De volta a oficina |
Esta quebra do suporte da ventoinha, também foi atribuída a lombada catarinense, aqui já relatada.
Perna disse não ter em estoque e nem como conseguir o tal suporte. Também as consultas feitas via celular, davam conta que somente por encomenda, inclusive na própria concessionária da Honda. Então, uma gambiarra seria necessário fazer.
Sem perda de mais tempo, Perna foi a uma loja em busca de cinta-presílias, de plástico, na cor preta, e com várias delas tentar fixar a ventoinha.
Foi uma operação difícel, que exigiu muito paciência dos dois artífices ali naquele intento, no caso o Pena e o Paulo.
Por vezes, o Afonso opinava, o Arli falava e eu registrava.
Mas ao cabo de uns quarenta minutos, tudo deu muito certo, e novamente nos despedimos do Perna e continuamos com a viagem.
Lanchonete em Maracajú |
Em Maracajú, vários picolés, alguns sorvetes foram consumidos, e ainda muita água gelada, isto em uma lanchonete a beira da estrada.
Quase meia hora depois, o grupo retomou a viagem, quando algumas nuvens ao longe e muito carregadas, prenunciavam chuvas, exatamente para os lados para onde se dirigiam os viajeiros. Frente a isto, e perguntados, todos os parceiros responderam que não iriam colocar as roupas apropriadas contra as chuvas.
Está muito calor ... que venha a chuva, foi o que disse o Afonso.
Em questão de 10 minutos, o grupo ingressou em uma área onde a chuva era torrencial. Muita água, com pingos enormes, os quais imediatamente aliviaram as tensões calorescas. Foram bem mais do que 10 minutos sob intensa chuvarada, voltando em seguida o asfalto muito seco e com a volta do abafamento.
A essa chuva foi o Afonso que disse: - depois da chuva, eu parecia que estava em frente a um condicionador de ar, e com a roupa toda fresquinha. Em nenhum momento a chuva incomodou, pelo contrário, apesar de ficar todo molhado a sensação de frescor durou por quase meia hora depois.
Na verdade, todos com componentes do grupo ficaram literalmente molhados, eis que optaram não usar as roupas de borracha.
Era quase o final da tarde, quando o comboio se aproximou da cidade de Guia Lopes da Laguna. Uma parada e aconteceram as conversações para o consenso em por ali pernoitar ou continuar a viagem e chegar a Bonito ainda naquela tarde/noite.
Em Guia Lopes da Laguna, conversa com caminhoneiros e frentistas |
Realmente faltavam tão somente 65 km, porém o grupo definiu pelo pernoite em Guia Lopes da Laguna, até para evitar ter que rodar a noite.
A beira da própria rodovia, o Hotel Reis era identificado por um grande letreiro, e foi nele que o pessoal ingressou e logo começaram os procedimentos de Check-in.
O hotel, que atualmente é de propriedade de uma descendente de japoneses, foi uma das primeiras edificações da cidade e desde então ainda é o maior hotel da cidade, com 47 quartos. Foi uma construção encomendada pelo meu pai, disse-nos a proprietária, mas que porém esta colocando o empreendimento a venda, porque pretende ir morar para o Sul, com preferência pela praia de Garopaba.
Um quadro verde junto a parede, passa a informação aos clientes, de que para manter bons preços, o café da manhã é dos mais simples.
Depois de instalados, o grupo foi efetuar a refeição da noite, quando por consenso ficou acertado que o "peixe" seria o prato da noite. Sem dificuldades quanto a isso, eis que três estabelecimentos, bem próximos e, ao estilo lanchonetes, ofertavam por meio de placas de propagandas, peixes de toda a espécie e as mais variadas formas.
Esgotou-se assim a noite do grupo viajeiro, quando ficou acertado que por volta das 7 horas da manhã aconteceria o café simples e tão logo a isso a viagem para o ápice da empreitada, qual seja a cidade de Bonito.
4º Dia - 28/01/2020
Bonito, a cidade.
O camping.
O camping.
Chuva e passeios.
Arli e Paulo no café simples do Hotel Reis |
A manhã daquela terça-feira, havia amanhecido com sol radiante, porém uma leve brisa soprava pelos campos, quando após o café da manhã, o grupo foi deixando a cidade de Guia Lopes da Laguna.
Com pouco mais de 20 minutos de rodagem, foram se intensificando os outdoors os quais chamavam a atenção dos viajantes para os hotéis, as pousadas e as demais atrações da cidade de Bonito.
Portal da cidade de Bonito - MS Gilda, Nelsi, Afonso, Arli, Gilberto Cesar e Paulo |
Foi no portal, com informações e boas vindas, que o grupo parou para o registro fotográfico da chegada na principal cidade do ecoturismo brasileiro.
Na sequência, o ingresso na cidade e de plano o reabastecimento das motocicletas.
No posto, de bandeira Petrobrás, um cidadão que indagara da procedência o grupo, fez comentários de que os proprietários do posto também eram gaúchos, porém da cidade de Butiá. Foi o que bastou para que o Arli, que também é de origem desta cidade, se encontrasse com o Alexandre, filho do proprietário.
As conversas foram longas e saudosistas, eis que o Arli conhecia o pai do Alexandre. Aproveitou este para passar algumas informações, e como já tínhamos a indicação para os pernoites, em pouco tempo estávamos rodando pela área central de Bonito.
Avenida principal de Bonito |
Concluído o reabastecimento, seguiu o comboio lentamente pela avenida principal da cidade, tendo como destino a Pousada e Camping do Peralta, esta era indicação que o Arli obtivera com um outro motociclista que estivera em Bonito poucos dias antes.
Preparado o acampamento |
Na pousada, a opção foi pelo camping; Arli, eu, Gilda e Paulo.
Afonso e Nelsi, precisaram procurar por uma outra pousada, eis que o Peralta somente disporia de um quarto somente para o dia seguinte.
Não foi problema para que Afonso e Nelsi encontrassem, uma outra pousada para um pernoite, devendo ambos voltar ao Peralta já no dia seguinte.
O Peralta, possui diversos quartos, todos térreos, em uma imensa área, com muito verde. Tem também uma piscina, área para descanso e lazer assim como dois quiosques para a preparação de churrascos outro tipo de refeições,
Foi próximo a um destes quiosques que quarteto tratou da instalação das barracas. Não havia ninguém acampado na área reservada para tal.
Era pouco mais da meia manhã, quando ficou acertado que o primeiro almoço seria um churrasco, e para tal, tão logo montadas as barracas, o grupo efetuou uma bela caminhada pela rua principal da cidade com parada em dois supermercados para a compra dos gêneros.
Churrasco do grupo em Bonito |
Quase uma hora depois, estavam todos de retorno à pousada, quando Paulo, se voluntariou para o preparo do churrasco, aliás um belo e farto almoço foi o que se teve como resultado.
No pós almoço, o calor foi ficando bem mais ameno, um vento foi logo sendo soprado e as nuvens carregadas, em pouco tempo começaram a mudar o cenário da cidade.
Aviso que vai chover, disse o Paulo. Por precaução, irei recolher a barraca de colocar os objetos na área coberta, disse ele, se referindo a um espaço coberto nas proximidades dos quiosques. Arli e eu, não levamos tão a sério assim a história.
Porém em questão de vinte minutos, uma chuvarada intensa começou a cair. Praticamente tudo ficou alagado no entorno, inclusive as nossas barracas.
Foi quase uma hora de muita chuva e o jeito foi recolher as barracas e colocá-las sob a cobertura dos quiosques, muito embora o estrago já estivesse acontecido.
Secando as roupas |
A boa consolação, foi que em Mato Grosso do Sul, pelo que se soube, estas pancadas de chuvas são frequentes, quando volta logo o calor e tudo fica muito seco rapidamente.
Gilda, na carona do Paulo para não embarrar a sapatilha |
Pois tudo ficou quase seco mesmo, isto em questão de 50 minutos, quando então grupo o efetuou caminhada até o centro da cidade. Objetivou o deslocamento, conhecer a cidade, efetuar compras de lembranças e souvenirs, como também efetuar as compras para o jantar, o qual seria com o reaproveitamento do que sobrara do almoço, com algum incremento a mais.
Pilad Rebuá, é uma extensa avenida e é também a principal via da cidade de Bonito. Mais para a parte central, composta por sete quadras, em ambos os lados o comércio é farto, com venda de produtos da região, lembranças, objetos ligados ao ecoturismo, sorveterias, agencias de turismo, bares e restaurantes. Marcos em madeira, extensos canteiros e muita simbologia pantaneira, dão um charme muito especial para esta avenida. Foi um belo passeio, o que se fez.
O grupo, optou caminhar de ida por um dos lados, com a volta pelo lado oposto, o que proporcionou praticamente a ingressar em quase todas as lojas.
O grupo, optou caminhar de ida por um dos lados, com a volta pelo lado oposto, o que proporcionou praticamente a ingressar em quase todas as lojas.
Encerrou-se assim o primeiro do grupo em Bonito.
5º Dia - 29/01/2020
O encanto na pousada.
Os passeios ecoturísticos.
Os passeios ecoturísticos.
As primeiras araras vistas, no pátio da Pousada Peralta |
Mal clareara a quarta-feira, quando ainda no interior da barraca o despertar se fez pelo canto dos pássaros, também muito notadamente pelo som forte emitido pelas araras.
Saindo da cabana, e mirando uma palmeira próxima deu para notar a presença de uma casal destes animais, com aparência de felizes, eis que cantarolavam e por vezes se bicavam, numa espécie de beijo animal. Foram estes os primeiros animais que avistamos e que logo compartilhamos com o Arli, Paulo e Gilda, quando saímos com as máquinas fotográficas e dispositivos celulares para os devidos registros. A isso, já estávamos maravilhados.
Periquitos e Papagaios |
Pouco depois, uma revoada de barulhentos periquitos e também uma espécie de papagaios, começaram a se colocar próximo a um comedouro, criado pelos proprietários da pousada, para a colocação de sementes, que servem de alimentos para os animais. E cada vez mais chegavam estas espécies.
O comedouro, consiste em uma taquara partida ao meio, suspensa sobre outras duas taquaras em forma de "x". Bem bolado e bem legal esta história.
As Araras, ... .. .. chegando |
Nos falou o Wiliam, atendente da pousada, que a alimentação primeira é para os pequenos papagaios e periquitos. Num segundo momento, é a vez das araras. Obviamente que o tipo de semente é que os coloca ordeiramente a esperarem a sua vez.
A vez das Araras |
Depois dos periquitos, papagaios e outros pequenos animais, são as Araras que dão um colorido todo especial, que encantam a todos os turistas hospedados na Pousada do Peralta.
O espetáculo é lindo demais, e quase que faltam câmeras e fôlego para o show naturalmente orquestrado pelos pássaros. Isto tudo volta a se repetir no cair da tarde, numa espécie de ritual que quebra todos os silêncios daquelas matas.
Neste intermeio, chegaram a pousada os nossos parceiros Afonso e Nelsi, que também se maravilharam muito com o espetáculo dos pássaros e, logo começamos a tratar a respeito do passeio marcado para aquela manhã.
Em Bonito, você não consegue visitar nenhum ponto turístico, dos relacionados como de interesse e por tal que haja cobrança de ingresso, sem que seja efetuada antecipadamente a compra do ingresso em uma agência de turismo. Isto se explica, porque todos os locais que recebem turistas, tem limitação de pessoas e os horários são específicos. Ao comprar o ingresso, antes disso, o agente se assevera da disponibilidade de vagas e em quais horários isto será possível. A presença do guia, também é outro ponto fundamental.
Orgulham-se os bonitenses, de possuir o turismo mais organizado do Brasil. São mais de trinta pontos turísticos disponíveis. Nós, optamos pela compra de ingressos para 3 pontos, a saber: Aquário Natural; Gruta do Lago Azul e o Balneário do Sol.
Para os deslocamentos até os pontos escolhidos, optamos pelo uso das próprias motocicletas.
O Aquário Natural, foi o nosso primeiro passeio, para onde começamos o deslocamento pouco depois das 7h e 30 min. A estrada que leva até o local, é um chão batido, como de resto para todos os locais turísticos da cidade.
Foram 9 km, rodando com as custom's e, como se sabe, este tipo de motocicleta não se presta em nada para este tipo de solo. No entanto, foi tudo muito tranquilo no deslocamento.
O Aquário Natural, é passeio de flutuação, localizado na Baía Bonita, sendo considerado um das principais atrações de Bonito. A flutuação permite o contato quase que direto com a fauna e a flora subaquática muito coloridas, no local.
Na chegada, é necessário entregar o "voucher" na recepção, onde são repassadas as primeiras informações, bem como a divisão das pessoas em grupos de 9.
A apresentação da nossa guia |
Há a apresentação do guia, a distribuição das roupas e dos equipamentos de mergulho. Colocadas as vestes de mergulho, uma ducha fria é necessária antes de qualquer outra coisa.
Na sequencia, um banho de piscina, em conjunto, que serve para familiarização das roupas e equipamentos, bem como para as orientações práticas por parte do guia.
Escolha das roupas e sapatilhas |
A piscina para familiarização com as roupas e equipamentos |
O treinamento prático na piscina antes do mergulho no rio |
Todos prontos e treinados, hora de ir para o local do mergulho. Para chegar ao ponto, uma bela caminhada entre a mata acontece, a qual dura não mais do que 20 minutos, até as nascentes. Nestas é que começa o passeio de flutuação que se estende por quase 1 km. O guia, está sempre presente e a todo o instante orienta quanto aos mergulhos. Uma pulseira, com cores diversas, identificam os pertencentes de cada grupo. Nosso grupo, motociclistas, detinha pulseiras na cor azul.
É um espetáculo este passeio, pois que já na chegada na nascente e mesmo antes do ingresso nas águas, o colorido e vastidão de peixes de diversas espécies, nadam tranquilamente pelo entorno. Dada a limpidez e pureza das águas, as plantas aquáticas também formam um lindo panorama.
As últimas instruções da guia |
Este foi o nosso grupo, composto por nove turistas, mais a guia. No caso das outras pessoas, se tratavam de três paulistas, da mesma família.
E começaram os mergulhos:
Gilberto Cesar |
O mergulho se divide em duas etapas, sendo que todos participam da primeiro mergulho. Para a segunda etapa, não há a obrigação de fazê-lo, e para tal um pequeno barco fica a disposição para os que não desejarem efetuar a parte final do mergulho.
Como última atração, e opcional é claro, consistia em passar para o outro lado rio por meio de uma ponte, feita em cordas, tipo "bam-bam", com retorno para a margem original por meio do uso de uma espécie de tirolesa.
Cada um deveria se soltar em, meio ao rio, e se utilizar do nado para chegar a travessia. A isso, praticamente todo o grupo aderiu.
Parte do grupo, na fila para o salto |
Gilda, pronta para cair nas águas |
Este passeio teve a duração de 2 horas e 20 minutos, horas estas que parecerão nem existir, pois que são preenchidas totalmente pelo encanto, pela maravilha e deslumbramentos.
Mais do que recomendável, é imperdível este passeio.
Aspecto do local onde se realizam os mergulhos |
Foi este o passeio que o grupo realizou pela parte da manhã. De volta as motocicletas, novamente a estrada de chão batido e logo em seguida o centro de Bonito.
Afonso e Nelsi aproveitaram a oportunidade para a troca de local para pernoite, tratando de pegar os seus pertences no hotel onde pernoitaram, para se instalarem de vez na Pousada do Peralta, junto com os demais.
Afonso e Nelsi aproveitaram a oportunidade para a troca de local para pernoite, tratando de pegar os seus pertences no hotel onde pernoitaram, para se instalarem de vez na Pousada do Peralta, junto com os demais.
Os moto-mergulhadores do pampa gaúcho Nelsi, Arli, Gilda, Paulo, Gilberto Cesar e Afonso |
GRUTA DO LAGO AZUL
Após um lanche rápido que o grupo efetuou, na lancheria do Ipê Supermercados foram direto para a Gruta do Lago Azul, o segundo passeio do dia, agora na parte da tarde.
A Gruta do Lago Azul, pelo que soubemos, também é um dos atrativos turísticos contemplativos de passagem obrigatória pelos turistas que vão a Bonito. Ela dista 21 km do centro da cidade, estrada de chão batido, e se trata de uma caverna que é uma das maiores cavidades inundadas do planeta.
Recepção da Gruta do Lago Azul |
Na recepção do local, são dadas as boas vindas aos turistas, oportunidade em que é possível ler por meio de informativos e poster's um pouco da história da Gruta do Lago Azul.
Aqui, também são solicitados os "voucher" de cada um dos visitantes.
A entrega dos capacetes |
Entrega das toucas |
A seguir, acontece a entrega de uma touca e de um capacete para cada pessoa, onde a cor do casco indica a que grupo ele pertence bem como qual guia estará ele vinculado durante o passeio pela caverna. Nosso grupo foi contemplado com capacetes verdes.
Há a apresentação do guia quando são traçados os primeiros comentários e repasse de algumas informações.
Todos prontos e capacitados |
Paulo e uma árvores gigante |
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O início da trilha de 200 metros |
A pessoa com capacete branco, é o guia. |
Começa então uma caminhada por uma trilha de 200 m até a entrada da cavidade.
O caminho rochoso |
O caminho é todo rochoso e para descer para a Gruta do Lago Azul, é necessário descer uma escadaria íngreme composta por 300 degraus, o equivalente a um prédio de 12 andares.
Descendo para Gruta |
Ao longo da descida, o guia pára várias vezes, dá explicações, fala dos melhores ângulos para as fotografias, onde também é possível se descansar.
É surpreendente a contemplação das águas que se infiltram pelas rochas, formações geológicas de variadas formas e tamanhos, com milhares de anos.
Em cada rocha, é possível identificar, por associação, várias formas que passam por animais, pessoas, caveiras e outros.
Quanto ao lago propriamente dito, acredita-se que um rio subterrâneo é que o alimenta e também as águas da chuva. O certo, é que permanentemente pingos de água caem das rochas no lago.
Foi feito bastante silêncio, por solicitação do guia, foi possível perfeitamente escutar uma séries de pingos na imensidão escura da cratera, como se uma orquestra fazendo ecoar o seu som. Muito lindo foi este momento.
Com relação a cor da água, ela é cristalina e a cor azulada, é fruto da incidência do sol combinado com presença de diversos minerais.
Os estalactites |
Mas tudo na gruta impressiona muito, principalmente a perfeição da natureza na construção dos estalactites, que que pendem do teto verticalmente e as estalagmites, que crescem no chão em direção ao teto.
A escadaria que é composta por 300 degraus |
Ao final do passeio, é necessário subir os 300 degraus, uma subida lenta e bastante cansativa, porém de muita grandeza, eis que a visual no retorno, parece ser bem diferente quando da descida.
Foi realmente um grande passeio, que nos proporcionou belas reflexões a respeito do poderio da natureza, dos seus segredos e da sua capacidade harmônica para que, naquela profundeza, ainda hoje exista vida animal que o homem ainda tenta identificar e também catalogar.
* Por aversão a subidas ou descidas íngremes em demasia, a nossa amiga Nelsi preferiu ficar no topo da Gruta, razão pela qual a mesma não constou na foto registro.
Um verdadeiro encanto é esta Gruta do Lago Azul.
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