Relatos da viagem que efetuamos eu, GILBERTO CESAR BARBOSA DE OLIVEIRA e ARLI FIGUEIRA.
Um giro de moto pelo Brasil com visita a todas as capitais dos estados e Distrito Federal.
Saída de Porto Alegre: 27/08/2016
Retorno Porto Alegre: 19/11/2016
Duração da Viagem: 85 dias
Km percorridos: 20.255
Combustível: 940 litros
Motos utilizadas: Shadow 600/2003 e Shadow 750/2013
Motos utilizadas: Shadow 600/2003 e Shadow 750/2013
2º Relato:
Campo Grande, Rondonópolis, Chapada do Guimarães e Cuiabá
A CRUZADA PELO PAÍS
5º dia
Quarta-Feira, 31/08
Deixando Presidente Epitácio
Rumando para Campo Grande
Presidente Epitácio - SP |
Ao longo do trajeto, a imensa orla da cidade chama a atenção pela organização, limpeza e pelos aparelhos públicos colocados à disposição das pessoas: anfiteatro, espaço para ginástica, caminhadas e esportes.
Ladeando a orla, o grande Rio Paraná rouba o espetáculo.
Sobre ele, uma enorme ponte se apresenta como um cartão postal das divisas.
O fuso horário, cruzando a ponte, indica a necessidade de se atrasar os relógios em uma hora.
Cruzada a ponte, um novo Estado estávamos a percorrer. O Mato Grosso do Sul. Tudo inédito, tudo desconhecido para nós.
Uma rara sombra |
Outro recado dado: não esperem por postos com bandeira conhecida. A maioria é mesmo sem bandeira
Arli, no abastecimento |
Outro cenário, bem presente, são os acampamentos
Um dos acampamentos ao longo da rodovia |
Em meio a tarde, ingressamos na BR 163, quase beirando a nossa próxima capital, com os relógios marcando pouco mais das 17 horas.
Campo Grande
a 3ª Capital
Gilberto Cesar, Arli, Dora e Rickão |
Rikão explica logo, que o "morena" é em função do sol, segundo os historiadores não tendo nada a ver com a pele.
Livrando-nos do pesado trânsito da cidade, em meios a muitas voltinhas, chegamos até a pousada - hostel Vitória Régia.
O casal nos recebeu e foi tratar de afazeres e
também cuidar do bebê que
chegara há pouco mais de quatro meses.
Bruno, Gilberto Cesar, Joel e Arli |
Rikão, Dora e com eles o motociclista Marcelo, chegaram à pousada por volta das 20h para um passeio e um jantar na Campo Grande.
Nossa primeira visita, foi a Feira Central, ponto turístico, gastronômico e de venda de artesanato em geral.
Rickão, Dora, Marcelo, Gilberto Cesar e Arli |
A feira, está localizada na antiga estação de trens. Revitalizado, o espaço bem como o entorno abrigam algumas dezenas de bares, oportunidade em que aproveitamos para provar um prato típico da região.
Encerramos assim a noitada.
6º dia
Quinta-Feira -01/09
Outros passeios por Campo Grande
O primeiro de setembro, foi dedicado para passeios na capital morena.
Com ares de tranquilidade, Campo Grande esboça por diversos lados a preocupação com a qualidade de vida das pessoas e, com o bom aproveitamento dos espaços e equipamentos públicos.
A revitalização de prédios e caminhos, antes reservados para os trens, é uma prova latente da preservação de memória e respeito aos feitos em outras épocas.
Lá, quase tudo gira em torno da Avenida Afonso Pena e arredores. É bem tranquilo de se locomover, conhecer e fazer amizades nesta terra que recebe um número grande de turistas. Destaque para o pantanal está presente em quase tudo.
Nosso dia de turismo, foi assim:
A orla morena, espaço de lazer e feiras.
A revitalização de prédios e caminhos, antes reservados para os trens, é uma prova latente da preservação de memória e respeito aos feitos em outras épocas.
Lá, quase tudo gira em torno da Avenida Afonso Pena e arredores. É bem tranquilo de se locomover, conhecer e fazer amizades nesta terra que recebe um número grande de turistas. Destaque para o pantanal está presente em quase tudo.
Nosso dia de turismo, foi assim:
A orla morena, espaço de lazer e feiras.
Espaço trem de cultura... um longo trajeto cultural na cidade |
..
Trem Cultural |
Arli, no Mercado Público |
Horto Florestal |
Área Central da cidade |
Relógio |
Casa do Artesão |
A primeira casa de alvenaria da cidade, datada de 1918 hoje é um espaço cultural |
Sexta-Feira - 02/09
Sexta, 2 de setembro. Bem cedo já estávamos a organizar os alforjes. Joel, o peruano, fez leitura chorosa de um texto que preparou na noite anterior. Também nos emocionamos.
A estada na capital Campo Grande foi excelente, porém a estrada nos esperava. Um abastecimento ainda nas proximidades da pousada e, logo começamos a rumar para a BR 163.
Nosso destino era a cidade de Rondonópolis, já no vizinho estado Mato Grosso.
Com o forte calor, tratamos de rodar o máximo, para ganhar quilometragem na parte da manhã.
Leonel, Arli, Gilberto Cesar e Décio |
Por sugestão dessa turma, o almoço foi na cidade de Coxim, onde o "peixe" figura como prato abundante e famoso.
Optamos pelo restaurante "Vô Pedro", muito em função da localização do mesmo. O local fica as margens do rio Taquari, e devido o forte calor, nos pareceu ser o local mais fresco, naquele momento.
Arli Figueira e Gilberto Cesar |
No interior do restaurante, uma variedade enorme de
peixes estava à
disposição dos frequentadores. Aproveitamos para provar a carne de jacaré e
outros peixes que nem sabíamos que
existiam.
E a cidade de Coxim foi
ficando para trás.
E a cidade de Coxim foi ficando para trás.
Mais tarde, uma nova parada, a gora na última praça da CCR, empresa que administra o trecho da rodovia, BR 163. Foi bom saber que "eles" também estão inseridos na coleta por "lacres" de latas de alumínio. O nosso Moto Grupo Com Destino, também o faz e, com a mesma finalidade.
Foi quase ao final da tarde, que cruzamos a divisa dos estados. O sol começava a dar sinais de trégua, permitindo o aparecimento dos primeiros sinais do anoitecer. Uma verdadeira benção, pois o dia fora puxado e, muito quente.
Nas proximidades da divisa, mais um abastecimento e uma boa esticada nas pernas.
De volta ao asfalto, em pouco tempo começamos a visualizar os primeiros prédios de Rondonópolis.
Ao longo da rodovia, são vários os hotéis que existem. Nem chegamos a escolher. Foi ingressar em um deles, acertar o preço e ali ficar.
Hotel Globo, foi onde ficamos e tratamos de estacionar as motocicletas.
8º dia
Sábado - 03/09
Rumando para a Chapada dos Guimarães
O sábado 3 de setembro, que amanhecera bastante nublado, estava propício para rodar naquela região que é sempre bastante quente. De olho no bom tempo, tomamos o café matinal e tratamos de ganhar a estrada.
Ingressar na rodovia, agora a BR 364, não foi nada fácil. Uma longa fila de caminhões se deslocava lentamente, quase que grudados uns nos outros. Isso dificultou um pouco nosso ingresso na pista de rolamento. Após algumas negociações, é que conseguimos o intento.
Posto 364, na rodovia de mesmo nome |
Mantendo boa distância.... na foto, a bolha da minha moto |
Caminhões por todo o lado. Uma barulheira quase insuportável. Acostamento e a utilização da contra-mão, estavam na ordem daqueles "menos cidadãos do volante". Algumas manobras de risco, foi o que observamos no trecho. Mas o que mais cansou mesmo, foi o fluxo lento demais.
Aos 90 km dessa "tranqueira", uma parada para um café. Nessa, uma bela surpresa: o proprietário do estabelecimento também era motociclista.
Heitor Bender pilota uma GS 800, com viagens pelo Perú e Argentina.
Heitor e Gilberto Cesar |
O comerciante, solicitou nossos roteiros e após uma estudada, sugeriu seguirmos direto para a Chapada dos Guimarães, indo depois para Cuiabá. Isto nos reduziria alguns bons quilômetros.
Disse-nos ainda o parceiro Heitor: "quando forem efetuar a troca de óleo das motocicletas, em Rio Branco, no Acre, procurem pelo Oswaldo, na Honda". Nos entregou um cartão de visitas e pediu que entregássemos a ele.
Nos despedimos e o café e os lanches foram cortesias. Voltamos para a movimentada rodovia.
Já beirando o meio dia, tratamos de almoçar e constatamos que a cidade de Campo Verde
estava ao nosso alcance quilométrico.
Mirante da cidade |
Na praça, tratamos de deixar as motos, almoçar e mais tarde fomos caminhar pelo entorno, a título de descanso. Enquanto isso, foram várias as pessoas que conversaram a respeito da viagem, das motos e do nosso percurso.
Novamente na estrada, agora era o tempo que prenunciava uma mudança. De nublado, passou para chuvaradas.
Em pouco tempo, começamos a avistar os primeiros sinais do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.
Até aqui, a visualização ainda era possível. No entanto, ao nos aproximarmos do município de Chapada dos Guimarães, a baixa temperatura já se fazia sentir bastante.
Uma densa névoa encobria a estrada, os campos e tudo ao redor. A pouca visibilidade nos fez reduzir drasticamente a estrada, os campos e tudo no entorno. A pouca visibilidade, nos fez reduzir drasticamente a velocidade exigindo, por consequência, cuidado redobrado.
Com muita calma, fomos adentrando a cidade. Além da névoa, o frio também estava presente. Uma composição típica de inverno, tal qual acontece no Rio Grande do Sul.
Tratamos logo da hospedagem, e sem muitas escolhas, dado a intempérie presente,
Arli, Mauri, Letícia e Gilberto Cesar |
Arli Figueira e Gilberto Cesar |
13° de Temperatura às 16h |
Uma das esculturas, na praça |
Na praça principal, o relógio digital era o objeto mais fotografado pelos turistas. A impossibilidade de visitação ao Parque, seus paredões e cachoeiras, fez com que houvesse uma grande concentração de turistas no centro da cidade, que se dividiam entre caminhadas, e compras nas diversas lojinhas de souvenirs.
Igreja local |
Tranquilamente deu para dizer: o que já era belo, ficou mais belo ainda.
9º dia
Domingo 04/09
Deixando a Chapada dos Guimarães
rumo a Cuiabá
O domingo na Chapada amanhecera ainda com caras de chuva. Segundo os proprietários da pousada, em menos de 10km já estaríamos com tempo bom e, melhor ainda, vendo os paredões e os vales do parque.
Rui, Arli e Gilberto Cesar |
Ao longo do café, uma conversa com outro motociclista, Rui, da cidade do Rio Janeiro, que estava cruzando as duas Chapadas: Guimarães e Diamantina. Conversamos muito sobre o Norte do Brasil, pois lá chegaríamos em breve. Rui já andara por lá numa outra viagem.
Antonio Cesar, Arli e Gilberto Cesar |
Antonio estava retornando de Boa Vista indo para Goiás, onde fixou residência. Comentamos da nossa viagem, olhamos alguns roteiros do Norte, sem qualquer reparo por parte do novo parceiro.
Realmente o tempo mudou, e como que do nada, começaram a surgir os imensos paredões, d'antes nunca vistos, numa espécie de grande brinde da natureza para os nosso olhos. Imediatamente uma parada para contemplação e registros fotográficos.
A chapara é linda. Os recortes, o alinhamento, a homogeneidade, a imensidão, a cor avermelhada dos paredões, tudo.
Obra de um grande gênio, ... mais uma obra!
Lentamente, fomos pegando as motocicletas, retomando a estrada e, olhando volta-e-meia pelos retrovisores, vendo aos poucos, a diminuição daqueles gigantescos paredões. Em pouco tempo os prédios de uma grande cidade começaram a tomar conta do cenário a nossa frente.
Cuiabá
a 4ª Capital
Marco Rosada, Gilberto Cesar e Arli |
Foi Marco Rosada, presidente do Moto Grupo Lunáticos do Asfalto, que nos recebeu e, de imediato nos deu as boas vindas.
Sede do Moto Grupo os Lunáticos |
Logo as primeiras conversas a respeito da viagem, algumas informações sobre a cidade e o encaminhamento para a sede do moto grupo Lunáticos do Asfalto.
Guardar as motos e se arrumar para o almoço, foi a proposta do anfitrião Marco.
Muito embora, sem chuvas, o frio reinante em Cuiabá, 15º, era sem dúvidas, algo atípico por aqui.
Nos dirigimos de carro para a região
margeada pelo Rio Cuiabá.
E assim chegamos na Toca do Coelho, uma das barracas. Aqui tudo é bom e tem muito fartura, sentenciou o anfitrião.
E começou o rodízio de peixes: fritos, ensopados, mocecas, bolinhos, camarão, risotos, carne de jacaré ......
Uba, Gilberto Cesar, Wellington, Marco e Arli |
O motociclista se apresentou e, conosco compartilhou do rodízio.
Uba, gaúcho e músico contratado pela peixaria, em seu intervalo, também se juntou a nossa mesa.
Passado o almoço, realizamos um tour pelo centro histórico da cidade. Uma prévia daquilo que Arli e eu iríamos fazer na segunda-feira.
Encerrou-se assim o domingo para nós, com os termômetros marcando 14º no Jardim das Palmeiras, em Cuiabá.
Uba, gaúcho e músico contratado pela peixaria, em seu intervalo, também se juntou a nossa mesa.
Centro Histórico |
Prefeitura Primeiro prédio. atual, ao fundo |
Encerrou-se assim o domingo para nós, com os termômetros marcando 14º no Jardim das Palmeiras, em Cuiabá.
10º dia
Segunda-Feira - 05/09
Em Cuiabá
Como o frio não chega a ser problema para nós, a
temperatura de 15º de temperatura estava agradável. Nos deslocamos de ônibus,
nos deslocamos para o centro da cidade.
Assim, começamos pelo centro histórico, casa do artesão, mercado do porto, museus e calçadão da cidade.
Fizemos um grande passeio pela Cuiabá:
Restaurante SESC ,,, 524 tampas de panelas .....ferro batido |
Aquário Municipal |
Antigo Mercado Municipal |
Rio Cuiabá |
Mercadão |
Centro Histórico |
Lojas |
Depois dos passeios, que
durou o dia inteiro, à noite
fomos para o Chopão, tradicional casa da cidade, com a intenção de
provarmos outro prato regional: o ”Escaldado Cuiabano". Um prato com
frango desfiado, com molho à
base de farinha mandioca.
Uma delícia de prato!!
Na oportunidade, a presença de outros integrantes do
Moto Grupo Lunáticos do Alfalto
Gilberto Cesar, Marco, Wellington, Castro, Arli e Mamute. |
Fotos e Relato: Gilberto Cesar
Moto Grupo Com Destino
Porto Alegre - RS
comdestinomotos@gmail.com
gilberto-cesar13@hotmail.com
Moto Grupo Com Destino
Porto Alegre - RS
comdestinomotos@gmail.com
gilberto-cesar13@hotmail.com
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