A festa motociclística na cidade de Condor aconteceu de 22 à 28 de janeiro de ano 2024.
Para lá, nos dirigimos quarta feira, dia 24, quando ainda a madrugada se fazia muito presente na bela Capão Novo, que silenciada, ainda dormia.
A ideia era chegar nos arredores de Porto Alegre por volta das 7 horas, e encontrar com os amigos Paulo e Gilda Valdameri e então então prosseguir com o deslocamento. O encontro se deu logo na sequência da Ponte Estaiada, na Rodovia do Parque.
É sempre um grande prazer e satisfação encontrar com amigos motociclistas e parceiros de viagens. Paulo e Gilda fazem parte deste contingente de amigos estradeiros, com quem se encurtam as distâncias e mergulha-se pela Geografia dos lugares. Ambos integram o Moto Grupo Virando Rodas e eu, ao Moto Grupo Com Destino, duas agremiações que rodam juntas há boas décadas.
A cidade de Condor, na região Nordeste Colonial, dista 385 km de Porto Alegre, percurso estimado para ser percorrido em 4 horas e trinta minutos. Porém. a combinação era de se rodar o dia inteiro ingressando, deste modo, nos municípios ainda não visitados ao longo do trajeto.
Estas visitas, serão relatadas na reportagem seguinte, aqui neste blog.
Mas o trio viajor chegou em Condor no final da tarde, um pouco antes do sol ceder lugar para o lusco fusco de mais um anoitecer. Na verdade o Moto Acampamento já estava acontecendo desde a segunda-feira, tendo como local a sede social do Clube de Tiro de Condor, em meio ao mato, a pouco mais de dois quilômetros da sede do município.
No interior do grande espaço reservado para o evento, a movimentação era intensa. Motociclistas, triciclistas, motorhomes, automóveis, andanças pelas barracas e preparação de churrascos, foi o que se viu.
De plano as motocicletas foram estacionadas e o trio se dirigiu para o setor de inscrições e credenciamento. Uma equipe, bem preparada, deu as boas vindas, com explanação a respeito do evento, forneceram informações e ficou tudo certo.
O custo da estada e participação no acampamento foi de R$ 50,00 por pessoa, com direito a algumas jantas, almoços e todos os cafés da manhã, com direito, ainda, a um número para participar de sorteio de duas motocicletas e valores em espécie.
Feito o credenciamento, uma pulseira na cor verde foi fixada no braço de cada um do trio, como de resto nos demais participantes. Na sequência. tratou-se da montagem das barracas e descarregamento das bagagens. A escolha pelo melhor local, após breve vistoria, coube ao Paulo, que sugeriu um canto próximo um barranco, com leve inclinação e com sombra vasta, devido a existência maciça de altíssimos eucaliptos. "Até o chão é fofinho dada a quantidade de folhas caídas. O melhor lugar disse o Paulo, complementando ainda: se chover, não teremos problemas nenhum com as águas".
Foi quando da montagem das barracas, que senti a ausência das varetas da casinha de lona. Elas haviam ficado em casa. - Não dá nada disse o Paulo, eu tenho cordas, e vamos suspender a barraca; e, assim o fez .
Na falta das varetas, cordas suspenderam a barraca |
Acampamento Montado |
Encerrou-se por volta da primeira hora da manhã a nossa participação, tendo o evento se estendido até por volta das duas horas e trinta minutos.
A quinta-feira
Bem cedo, a movimentação pelo camping já era sentida. A direção primeira, notadamente, eram os banheiros, oportunidade em que se pode constatar os vários. compartimentos de banho, com água quente e dispositivos sanitários limpos e com abundância de papel higiênico.
Ao longo do café matinal, vários eram os comentários a respeito disso, principalmente por parte dos campistas que haviam chegado na tarde ou na noite anterior.
Estávamos assim, no 3º Moto Acampamento Jurassic Bikers.
Uma caminhada pela extensão do acampamento, permitiu ver que o número de participante havia aumentado em muito e a movimentação de chegada era frenética.
Soube-se a seguir, que a organização do evento esperava muito mais do que o dobro de participantes na medida em que o final de semana fosse chegando.
- Até um terreno vizinho, uma grande área foi alugada para receber os campistas. Fica ali ... passando uma ponte em madeira, informou alguém da organização, que disse ainda: - vão ali conhecer, o espaço é bem bonito!
E, lá fomos conhecer o espaço, assim como outros recantos. Tratava-se na verdade de um enorme local, com campo de futebol, área verde infraestrutura da boa, um rio e uma ponte em madeira, que davam um charme todo especial as ao ambiente.
Espaço suplementar alugado pela organização. |
Até então, tudo o que se ouvia e o que se via em termos de organização e esmero, remetia naturalmente para a grande e dedicada equipe do evento.
Estes, quando perguntados, eram gentis na respostas, pacientes nas orientações e zelosos para com tudo e com todos.
Pois este grande time do Moto Grupo Garras do Condor, encontra a orientação e a inspiração na batuta mestra do motociclista Rogério Urnau, que certamente será de difícil caracterização em poucas linhas: A calma em pessoa, o sapiente organizador e o líder por excelência.
Por diversas vezes o vimos falando, gesticulando, orientando em assuntos e ações que beiravam a tempestades e que eram transformadas inteligentemente em leves garoas.
Que exemplo, que baita equipe!
O grande evento se agigantava, ainda mais, a cada minuto. Novas motocicletas, outros motociclistas e, a cada reencontro as saudações eram enormes. Os estandartes dos moto grupos, moto clubes, moto casais e motociclistas avulsos, davam conta de que mais de 80 % dos estados brasileiros estavam ali representados, assim como também alguns países sul-americanos.
Neste interim, foi que reencontrei os grandes amigos José Carlos e a Mirlene Ferreira, de Nova Olímpia, do Mato Grosso. Ambos hospedaram a mim e ao parceiro Ali Figueira. quando da nossa viagem pelo Brasil, em 2016. Foi muito gratificante encontrar estes irmãos motociclistas.
A noite se encerrou com novos shows, músicas eletrônicas e muita confraternização entres os campistas, as pessoas da cidade e também dos arredores, que participam mais na parte da noite.
A sexta-feira ficou reservada para passeios pelos municípios da região, notadamente a cidade de Derrubadas, com visita ao Parque Estadual do Turvo.
No retorno, final do dia, foi que se encontrou o Moto Casal Luís e Soni, da cidade de Taquara, a quem conhecêramos no evento motociclístico de Parobé, em dezembro.
Gilberto Cesar, Paulo, Gilda, Luis e Soni |
O sábado
Tradicionalmente os sábados se configuram como ápice dos eventos de moto. Em Condor não foi nada diferente.
Todos os espaços do camping se encontravam lotados, pessoas caminhando por todos os lugares e o clima de descontração e alegria pairavam por todos os lados. Contrário. a isso o casal Luís e Soni, informaram que estavam de retorno para a cidade de Taquara. Os colchões, apesar de novos, não corresponderam e ambos tiveram uma noite mal dormida.
Ainda pela manhã, aconteceram os gratos encontros com grandes parceiros. Primeiramente com o Claudio Portela da cidade de Santa Maria.
Posterior a isso o encontro foi com alguns integrantes do Moto Grupo Rapinas também da cidade de Santa Maria. Destes, destaque para os parceiros Alberi e o Cattelan, que também integram o Moto Amigos RS. Mas a tônica continuava sendo o número gigantesco de participantes. Os feirantes certamente que se encontravam felizes dada a grande movimentação.
No palco principal aconteciam as apresentações de músicos, diversas outras brincadeiras, entrega dos troféus aos moto grupos, certificados aos participantes e homenagem especial aos motociclistas mais antigos de todos os recantos do Brasil.
Foto parcial dos feirantes |
Competição da barba mais longa |
Recebimento dos Diplomas |
As gigantesca filas para as refeições |
Alheio a tudo, o paranaense conhecido como Professor Pardal, preparava as suas próprias. refeições, utilizando para tal dos compartimentos adaptados em sua motinho.
Professor Pardal |
No interior do reservado para os shows a presença de pessoas era constante o dia todo, eis que sempre estava acontecendo algum evento.
Como atração principal do evento, aconteceu o show da dupla e casal Overdrive Duo, que simplesmente arrasaram, levando praticamente toda a multidão para o espaço de eventos.
Muito cedo, começaram os preparativos para o retorno da multidão de campistas. O desmontar das barracas, a arrumação dos alforjes, as conversas e a movimentação toda, despertaram quase todos.
O ritmo das despedidas já era bastante acelerado. Longas filas no café da manhã, o ronco dos motores e começava o retorno para muitos.
Dia ensolarado, depois o nublado, pancadas de chuva, almoço no deslocamento e chegou-se em Porto Alegre.
Na mesma ponte estaiada, uma parada para as despedidas. Paulo e Gilda foram ótimos parceiros. Ele é muito inteligente e ela super é parceira. Foram realmente ótimos viajantes.
A eles o agradecimento por mais esta viagem e parceria.
Quanto ao evento de motos em Condor, foi o primeiro nosso e, certamente que lá voltaremos no ano que vem.
Condor foi ótimo.
Condor foi extraordinário.
Certamente Condor será um dos maiores das Américas.
Parabéns aos organizadores.
Parabéns para a comunidade de Condor.
Fotos: Gilda Valdameri
Texto e fotomontagem:
Gilberto Cesar
Em tempo:
Cláudio Portela, o bom amigo de Santa Maria, nos esclarece dizendo o Moto Acampamento é bianual, se revezando com o Moto Rock.
Então, ano que vem teremos é o Moto Rock. Segundo Cláudio, ambos são similares, em quase tudo.
Esclarece que as áreas onde aconteceu o evento, pertencem ao Clube de Tiro e a Associação dos Municipários, respectivamente.
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Mais um belo texto descrevendo o encontro prazeroso com esses amigos de sempre. Vida longa e bela pelas estradas Gilberto, Paulo e Gilda. Obrigado pelas considerações e pelos belos momentos junto de vcs no evento. Esperamos nós do @Mgrapinas podermos estar sempre junto dos amigos. Grande abraço pra vcs..
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