Por: Gilberto Cesar
Quando a Pandemia
passar
Certamente iremos
pegar as motocas
voltar a cruzar
os ventos
Voar para as estradas
e do longínquo, enviar notícias.
Os encontros de
motos voltarão a acontecer
Mas certamente
nada será como antes
Porém, sem
estacionar nos lamentos
Porque o
entendimento é de que
os sobreviventes certamente mudarão os rumos
Interrogados, é claro
Porém felizes por
se encontrarem no prosseguimento da jornada
Nunca se saberá ao
certo daquele outro motociclista
Aquele que não mais
compareceu
Aquele outro que
não mais circulou
Cadê o parceiro
bonachão?
Nunca.
Nunca se saberá
ao certo porque as nossas amizades nunca precisaram de aprofundamentos
Partiu ele?
ou se
conserva escondido,
num tempo que foi
desacelerado e que por muito pouco não parou!
Estaremos felizes
e radiantes com o final da pandemia
Mas atentos para as
mudanças requeridas
O florescimento
da solidariedade
Da caridade e da
humildade
Da empatia e do respeito necessário a si e ao próximo.
Aliás coisas que os motociclistas já faziam pelo instinto de ser e pela inteligência do ser
Certamente, os
leitores destas linhas
continuam nesta
vida de novas regras na conduta e condução
O exercício da paciência
e da bondade
Pois de resto
foram estes os ditames para os que aqui ficaram
Segue a vida
Voltam as
andanças
Com indagações e lembranças
O vírus não levou
ninguém
Foi o Criador
que se utilizou
de um contundente instrumento
Pisca Alerta para as suas criaturas
Rodarem noutra trilha,
de novos e necessários caminhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário