8º dia 16/11/2017
Dia de aventura
e de Novidades
O despertar,no Hotel Terraza, foi sob alguma chuva e uma temperatura orbitando nos 6º. Se El Calafate nos permitiu ver as suas maravilhas com um tempo bom no dia anterior, a despedida não estava sendo assim. Era o que se apresentava sob as vidraças do Hotel.
Direto para o café da manhã, onde os croissants, ou as "media luna", continuavam figurando muito na mesa argentina. Ou eram salgados ou eram doces, mas lá estavam eles, tanto nos restaurantes quanto nos locais para pequenos lanches, principalmente, nos posto de serviços nas estradas.
Frio e Chuva
Hora de arrumar os alforges no gélido, da rua e também sob uma mansa chuva. Com a proteção das roupas apropriadas para as intempéries, efetuamos as arrumações. Já passavam das 9 horas quando começamos a nos dirigir para o centro da cidade.
De volta a cidade de El Calafate, os
reabastecimentos e depois uma nova tentativa de efetuar câmbio, porém, agora, o banco é que estava com uma super lotação. Disse Antonino: Tchê Gilberto, eu peguei a ficha 96 .... sabe que horas seremos atendidos? .... eu nem cheguei a pegar ficha e falei: ... vamos embora ..... Estávamos no interior do Banco de La Nacion Argentina. Os que foram chegando... foram sendo avisados da impossibilidade de efetuar algum câmbio. A espera iria reter em muito o comboio. E começamos a deixar a cidade. Iríamos refazer o caminho do dia anterior. Passar por Lá Esperanza, por Rio Gallegos, e cruzar a fronteira da Argentina com o Chile... rumo ao Ushuaia.
E recomeçou a Viagem:
O Frio se intensificou
E a chuva ficou insuportável
Na estrada, a visibilidade começava a ficar comprometida. A chuva apertava cada vez mais e o vento e o frio castigavam. No termômetro da motocicleta, a marca de terríveis 4º.
Pensei no Geomário que, certamente, já teria pedido para Deus uma proteção especial.... tal qual fizera nos primeiros ventos que pegamos. Disse ele a todos: na hora dos ventos, eu rezei e pedi para Deus ... me protege, me ajuda e me leva em frente .... e Ele me atendeu... falava sorrindo e muito feliz!
É bonito, é necessário ter Fé! Lá pelas tantas, deu para ver sobre uma
elevação, tipo colina, alguns motociclistas olhando para o além .... achei interessante, mas sob aquela chuva? ... e continuei. Rodando próximos vinham Fabiana, Arli, Fernando e eu. Em dado momento, perdi a noção se estávamos atrás ou à frente, próximos ou distantes do comboio, tal era o aguaceiro e o frio que estavam quase nos ferindo. A cada quilômetro, o pensamento falava alto: calma .... logo vai passar ... conduz .... conduz!
E depois de tanta espera, as placas de sinalização começavam a indicar: La Esperanza a 50 km e assim foi decrescendo a cada 10 km.
Fabiana e eu andamos um pouco à frente de Arli e Fernando. Ao tentar ingressar para o posto tão esperado, Fabiana cruzou reto, ingressando em uma outra estrada. Buzinei, sinalizei com o farol e pisca-piscas e a Pura Bucha retornou.
O melhor ambiente do mundo, naquele momento: o interior altamente climatizado do restaurante. Esse estava recebendo um grande número de outros motociclistas, quase todos agarrados a uma xícara de café. Chegaram Arli e Fernando e bem mais tarde os demais componentes do comboio. Por intermédio do Antonino, soubemos que os motociclistas que estavam na colina mirando e fotografando, eram eles...
Aliviando o Frio
Secando as Luvas
Tratamos de nos aquecer e colocar as luvas encharcadas para secar sobre o aparelho de climatização. Até capacetes havia sobre este aparelho.
Congelado ! Não sinto os pés ! O pior dos dias! Que loucura esse tempo ! Nunca mais ! Foi dureza ! e tantas outras alocuções era o que mais se ouvia no interior do posto de serviços.
Em La Esperanza, a energia estava restabelecida e depois de alguns cafés é que iríamos tratar dos reabastecimentos.
Os proprietários do posto de serviços que viram o estado das nossas luvas se penalizaram, nos entregando, gratuitamente, um jogo de luvas verdes de silicone,de modo a colocar por cima das luvas tradicionais para amenizar o frio e a chuva. Bonito o gesto daqueles irmãos argentinos.
Quase se preparando para retomar a jornada, a recolocação das roupas de chuva e/ou a troca das mesma por outras mais secas.. .... Vimos o Fernando se esfregando, se puxando e sofrendo para a colocação da calça emborrachada.
... ... O Fernando pegou a calça errada e trouxe a da Gionava, gritou o Antonino ... risos e atenção para o parceiro que, realmente, estava com muita dificuldade em colocar Porto Alegre dentro da cidade do Rio Grande. Foram muitos risos.
Giovana, companheira de Fernando, também esteve na lista inicial dos "viajeiros". Primeiramente, iria na carona da moto. Posteriormente, passou para um segundo carro de apoio, ao que Fernando também abandonaria a motocicleta. Por problemas outros, Giovana não pode fazer fileira conosco nesta aventura.
De La Esperanza
para a bonança
Reabastecemos e deixamos Lá Esperanza, ainda sob as mesmas condições climáticas, o que foi se amenizando aos poucos. Faltando pouco mais de 30 km para Rio Gallegos, a mudança do tempo foi muito favorável: parou de chover.. permanecendo o frio.
Neste deslocamento, novamente a Polícia Nacional, posto Rio Gallegos, parou o comboio. Um a um, e sob uns dois graus de frio tivemos que tirar luvas, achar documentos, mostrar e ser liberados. O policial fazia anotações em uma planilha que certamente alimentaria a um sistema que rastreava a nossa presença, assim como a de outros, pelo território. Liberados, começamos, um tempo depois, a ingressar na cidade. Direto para a área central da cidade, onde o Posto San Cristobal estava recebendo um grande número de viajantes. Aqui faríamos a refeição do meio dia e os reabastecimento. Eram enormes as filas para primeiro solicitar e pagar a refeição. Depois a longa "fila" de espera para pegar o prato solicitado. Era uma tal confusão, pois quase todos falavam ao mesmo tempo... espanhol, português, portunhol fomês, pressês, motociclês, tudo se confundia com a prevalência da cordialidade e de muita paciência.
De Gilberto para Roberto
Eu fiz a minha solicitação. Os pratos eram numerados, o que facilitava e agilizava um pouco. A atendente não entendeu direito o meu nome na hora de identificar a comanda. Repeti duas vezes e ela, por conta e risco, disse: vou colocar aqui roberto .... quando chamarem é usted! ..... e fui me juntar ao grupo.
Os que haviam solicitado os pratos, depois de mim, já estavam se alimentando e eu... nadinha. Foi o caso do Celso, Peterson e Alberi. Falou o Celso: chamaram um tal de Roberto aí, uma dez vezes daí eu peguei o prato dele ...... Mas esse "roberto" era eu, falei baixo, ao que o Celso não entendeu nada.... Fui ao balcão, onde a atendente olhou o meu papel e lascou: já cansamos de chamar pelo senhor .... agora espere um pouco que serviremos... e só mais tarde almocei. Passado o almoço, todos para o reabastecimento e preparação para rodar e ingressar em solo chileno.
Uns prá cá
outros prá lá . . .
E o comboio foi começando a ser reagrupar, deixando assim Rio Gallegos, rumo ao Chile. Como quase sempre, uns saíram um pouco à frente, ao que foram rapidamente alcançados pelo Antonino e daí foram seguindo. Outros, seguiram o carro de apoio que fez um contorno e logo parou. Como resultado, ficaram dois grupos, exatamente em sentidos opostos, em uma avenida muito movimentada e com canteiros ao meio.
Nesse último estava também eu,e ficamos parados por um bom tempo na espera pelo grupo de lá. Não soubemos se eles fizeram o mesmo. No entanto, o raciocínio foi lógico para todos e nos encontramos bem depois, a 90 km, no Paso da La Integraçion Austral, local das aduanas de Argentina com o Chile. Chegaram: Antonino, Paulo, Angelino, Arli e Geomário. Minutos depois: Fernando, Fabiana, eu e o carro de apoio, com Celso, Peterson e Alberi. Disse o Antonino: tchê, ... ... sem erros, esta é a única via que leva para o Chile .... ... todos precisaríamos passar por aqui, justificou o pedritense. Assim começamos a fazer os trâmites aduaneiros de saída da Argentina.
A um passo do Chile
Na aduana chilena, até por se tratar de ingresso no País, o controle é mais rígido e distribuído por setores. Foram quatro os procedimentos, com três apresentações em guichês separados e uma inspeção nos veículos.
Nenhum de nós teve problemas com a documentação apresentada. A demora se deu mesmo em função do grande número de pessoas que cruzam a fronteira, pois para se chegar ao extremo sul da Argentina é necessário ingressar em território pertencente ao Chile, inclusive a travessia pelo Estreito de Magalhães de domínio deste último. Na hora da inspeção veicular, a policial pediu para que eu abrisse o alforge traseiro e um dos alforge laterais.... olhou ambos e perguntou: somente roupas ? ... algum produto animal ou vegetal ?... o que foi tranquilamente respondido e fui logo liberado .....
e de Novidades
O despertar,no Hotel Terraza, foi sob alguma chuva e uma temperatura orbitando nos 6º. Se El Calafate nos permitiu ver as suas maravilhas com um tempo bom no dia anterior, a despedida não estava sendo assim. Era o que se apresentava sob as vidraças do Hotel.
Direto para o café da manhã, onde os croissants, ou as "media luna", continuavam figurando muito na mesa argentina. Ou eram salgados ou eram doces, mas lá estavam eles, tanto nos restaurantes quanto nos locais para pequenos lanches, principalmente, nos posto de serviços nas estradas.
Frio e Chuva
Hora de arrumar os alforges no gélido, da rua e também sob uma mansa chuva. Com a proteção das roupas apropriadas para as intempéries, efetuamos as arrumações. Já passavam das 9 horas quando começamos a nos dirigir para o centro da cidade.
De volta a cidade de El Calafate, os
reabastecimentos e depois uma nova tentativa de efetuar câmbio, porém, agora, o banco é que estava com uma super lotação. Disse Antonino: Tchê Gilberto, eu peguei a ficha 96 .... sabe que horas seremos atendidos? .... eu nem cheguei a pegar ficha e falei: ... vamos embora ..... Estávamos no interior do Banco de La Nacion Argentina. Os que foram chegando... foram sendo avisados da impossibilidade de efetuar algum câmbio. A espera iria reter em muito o comboio. E começamos a deixar a cidade. Iríamos refazer o caminho do dia anterior. Passar por Lá Esperanza, por Rio Gallegos, e cruzar a fronteira da Argentina com o Chile... rumo ao Ushuaia.
E recomeçou a Viagem:
O Frio se intensificou
E a chuva ficou insuportável
As placas indicando vento, são uma constante |
Pensei no Geomário que, certamente, já teria pedido para Deus uma proteção especial.... tal qual fizera nos primeiros ventos que pegamos. Disse ele a todos: na hora dos ventos, eu rezei e pedi para Deus ... me protege, me ajuda e me leva em frente .... e Ele me atendeu... falava sorrindo e muito feliz!
É bonito, é necessário ter Fé! Lá pelas tantas, deu para ver sobre uma
elevação, tipo colina, alguns motociclistas olhando para o além .... achei interessante, mas sob aquela chuva? ... e continuei. Rodando próximos vinham Fabiana, Arli, Fernando e eu. Em dado momento, perdi a noção se estávamos atrás ou à frente, próximos ou distantes do comboio, tal era o aguaceiro e o frio que estavam quase nos ferindo. A cada quilômetro, o pensamento falava alto: calma .... logo vai passar ... conduz .... conduz!
E depois de tanta espera, as placas de sinalização começavam a indicar: La Esperanza a 50 km e assim foi decrescendo a cada 10 km.
Fabiana e eu andamos um pouco à frente de Arli e Fernando. Ao tentar ingressar para o posto tão esperado, Fabiana cruzou reto, ingressando em uma outra estrada. Buzinei, sinalizei com o farol e pisca-piscas e a Pura Bucha retornou.
O melhor ambiente do mundo, naquele momento: o interior altamente climatizado do restaurante. Esse estava recebendo um grande número de outros motociclistas, quase todos agarrados a uma xícara de café. Chegaram Arli e Fernando e bem mais tarde os demais componentes do comboio. Por intermédio do Antonino, soubemos que os motociclistas que estavam na colina mirando e fotografando, eram eles...
Aliviando o Frio
Secando as Luvas
Tratamos de nos aquecer e colocar as luvas encharcadas para secar sobre o aparelho de climatização. Até capacetes havia sobre este aparelho.
Congelado ! Não sinto os pés ! O pior dos dias! Que loucura esse tempo ! Nunca mais ! Foi dureza ! e tantas outras alocuções era o que mais se ouvia no interior do posto de serviços.
Em La Esperanza, a energia estava restabelecida e depois de alguns cafés é que iríamos tratar dos reabastecimentos.
Os proprietários do posto de serviços que viram o estado das nossas luvas se penalizaram, nos entregando, gratuitamente, um jogo de luvas verdes de silicone,de modo a colocar por cima das luvas tradicionais para amenizar o frio e a chuva. Bonito o gesto daqueles irmãos argentinos.
Quase se preparando para retomar a jornada, a recolocação das roupas de chuva e/ou a troca das mesma por outras mais secas.. .... Vimos o Fernando se esfregando, se puxando e sofrendo para a colocação da calça emborrachada.
... ... O Fernando pegou a calça errada e trouxe a da Gionava, gritou o Antonino ... risos e atenção para o parceiro que, realmente, estava com muita dificuldade em colocar Porto Alegre dentro da cidade do Rio Grande. Foram muitos risos.
Giovana, companheira de Fernando, também esteve na lista inicial dos "viajeiros". Primeiramente, iria na carona da moto. Posteriormente, passou para um segundo carro de apoio, ao que Fernando também abandonaria a motocicleta. Por problemas outros, Giovana não pode fazer fileira conosco nesta aventura.
De La Esperanza
para a bonança
Reabastecemos e deixamos Lá Esperanza, ainda sob as mesmas condições climáticas, o que foi se amenizando aos poucos. Faltando pouco mais de 30 km para Rio Gallegos, a mudança do tempo foi muito favorável: parou de chover.. permanecendo o frio.
Neste deslocamento, novamente a Polícia Nacional, posto Rio Gallegos, parou o comboio. Um a um, e sob uns dois graus de frio tivemos que tirar luvas, achar documentos, mostrar e ser liberados. O policial fazia anotações em uma planilha que certamente alimentaria a um sistema que rastreava a nossa presença, assim como a de outros, pelo território. Liberados, começamos, um tempo depois, a ingressar na cidade. Direto para a área central da cidade, onde o Posto San Cristobal estava recebendo um grande número de viajantes. Aqui faríamos a refeição do meio dia e os reabastecimento. Eram enormes as filas para primeiro solicitar e pagar a refeição. Depois a longa "fila" de espera para pegar o prato solicitado. Era uma tal confusão, pois quase todos falavam ao mesmo tempo... espanhol, português, portunhol fomês, pressês, motociclês, tudo se confundia com a prevalência da cordialidade e de muita paciência.
De Gilberto para Roberto
Eu fiz a minha solicitação. Os pratos eram numerados, o que facilitava e agilizava um pouco. A atendente não entendeu direito o meu nome na hora de identificar a comanda. Repeti duas vezes e ela, por conta e risco, disse: vou colocar aqui roberto .... quando chamarem é usted! ..... e fui me juntar ao grupo.
Os que haviam solicitado os pratos, depois de mim, já estavam se alimentando e eu... nadinha. Foi o caso do Celso, Peterson e Alberi. Falou o Celso: chamaram um tal de Roberto aí, uma dez vezes daí eu peguei o prato dele ...... Mas esse "roberto" era eu, falei baixo, ao que o Celso não entendeu nada.... Fui ao balcão, onde a atendente olhou o meu papel e lascou: já cansamos de chamar pelo senhor .... agora espere um pouco que serviremos... e só mais tarde almocei. Passado o almoço, todos para o reabastecimento e preparação para rodar e ingressar em solo chileno.
Uns prá cá
outros prá lá . . .
E o comboio foi começando a ser reagrupar, deixando assim Rio Gallegos, rumo ao Chile. Como quase sempre, uns saíram um pouco à frente, ao que foram rapidamente alcançados pelo Antonino e daí foram seguindo. Outros, seguiram o carro de apoio que fez um contorno e logo parou. Como resultado, ficaram dois grupos, exatamente em sentidos opostos, em uma avenida muito movimentada e com canteiros ao meio.
Nesse último estava também eu,e ficamos parados por um bom tempo na espera pelo grupo de lá. Não soubemos se eles fizeram o mesmo. No entanto, o raciocínio foi lógico para todos e nos encontramos bem depois, a 90 km, no Paso da La Integraçion Austral, local das aduanas de Argentina com o Chile. Chegaram: Antonino, Paulo, Angelino, Arli e Geomário. Minutos depois: Fernando, Fabiana, eu e o carro de apoio, com Celso, Peterson e Alberi. Disse o Antonino: tchê, ... ... sem erros, esta é a única via que leva para o Chile .... ... todos precisaríamos passar por aqui, justificou o pedritense. Assim começamos a fazer os trâmites aduaneiros de saída da Argentina.
A um passo do Chile
Na aduana chilena, até por se tratar de ingresso no País, o controle é mais rígido e distribuído por setores. Foram quatro os procedimentos, com três apresentações em guichês separados e uma inspeção nos veículos.
Nenhum de nós teve problemas com a documentação apresentada. A demora se deu mesmo em função do grande número de pessoas que cruzam a fronteira, pois para se chegar ao extremo sul da Argentina é necessário ingressar em território pertencente ao Chile, inclusive a travessia pelo Estreito de Magalhães de domínio deste último. Na hora da inspeção veicular, a policial pediu para que eu abrisse o alforge traseiro e um dos alforge laterais.... olhou ambos e perguntou: somente roupas ? ... algum produto animal ou vegetal ?... o que foi tranquilamente respondido e fui logo liberado .....
E fomos sendo liberados.
Paulo e Fernando foram os primeiros e na sequência a turma toda foi se reunindo, felizes por estarmos em um novo País.
Uma cebola no pé
Celso contou que, na inspeção
veicular, começou a abrir a tampa da camionete, enquanto o policial aduaneiro fez também a pergunta: ... algum produto vegetal ou animal ? ... não, não senhor, disse Celso e abriu a tampa traseira. Da camionete, saltou uma cebola sobre o pé direito do policial .... opa! disse Celso e lascou: Peterson, tu não colocaste fora aquela cebola que sobrou do último churrasco ? ....
Que cebola ? perguntou Peterson .... ... Abra esta caixa, solicitou o policial, apontando para um caixote pequeno. Celso abriu e apareceram dois molhos de tempero verde e alguns tomates... Foi Mal ! E, sem jeito, Celso explicou que eram sobras de uma refeição coletiva feita pelo grupo na cidade de Caleta Oliva, ainda na Argentina.
Peterson colocou tudo fora e a guarda falou: tudo bem ... confio nos senhores ... e liberou a camionete.
Direto para a travessia de Magalhães
E partimos para a travessia do Estreito de Magalhães- marco importante da geografia mundial.
Chegamos a esquecer, por algum momento, do frio, mas ele estava ali, muito presente e se misturando com uma chuva de média intensidade.
Foi com estas condições que chegamos ao local da travessia. A balsa recém havia saído para o outro lado, e uma outra ainda estava também do outro lado, teríamos algo em torno de trinta a quarenta minutos de espera.
Então, todos para o interior de um bar e restaurante, que serve de abrigo para as pessoas. Trata-se de um amplo local, com grandes vidraças, por onde é possível ver o Estreito de Magalhães, bem como acompanhar a travessia das balsas.
No interior do Restaurante e Abrigo, uma foto registro em solo chileno, ainda que incompleto o grupo.
Geomário, Peterson, Arli, Celso, Fernando e Angelino Antonino, Gilberto Cesar e Fabiana |
A Balsa foi chegando e, sob a orientação do comando em terra da balsa, fomos nos preparando e perfilando para o embarque.
O número de motociclistas nessa travessia, indo em direção ao Ushuaia, era bastante grande. Fabiana encontrou duas motociclistas que também estavam pilotando suas próprias motocicletas. Uma vinda de Buenos Aires e uma outra da própria região.
Interior da Balsa |
Frio intenso, com vento e chuviscos |
Muitos motociclistas argentinos rumando para o Ushuaia |
A ideia primeira era de que deveríamos rodar e pernoitar na cidade de Rio Grande. E para tal, deveríamos passar por mais uma aduana chilena e ingressar na Argentina, passando também por aduana. Tempo escasso, tempo ruim, um rípio pela frente. Tudo isso dificultaria o deslocamento e o fator noite voltaria a assombrar a alguns.
Rípio são estradas de cascalhos comuns no sul da Argentina e do Chile.
Frente a isso a decisão coletiva de pernoitar na localidade de Cerro Sombrero, um pequeno lugarejo distante pouco mais de 65 km de Punta Delgada.
Rapidamente este percurso foi logrado. Na entrada da localidade um grande hotel se apresentava como que um cartão postal.
A ele nos dirigimos e alguns foram ver das condições de preço, pois quanto a aparência já demonstrava ser um ótimo hotel.
Na verdade,eram duas edificações e, obviamente, que dois os preços. Diferiam no seguinte: o prédio principal, com arquitetura mais clássica, continha quartos com mais privacidade, no tangente a banheiros e mais luxo nas acomodações. O segundo prédio, uma espécie de um grande container, com acomodações mais simples e com banhos coletivos.
Indo para a visita as instalações |
Visita as instalações |
A grande maioria da turma foi primeiramente "inspecionar" o segundo prédio, e por ele optaram meio que automaticamente. Paulo e Angelin
Na hora da efetivação dos registros, ainda foi chorado um "descontinho", ao que a proprietária e atendente reduziram pouca coisa. Assim, fomos nos acomodando pelos quartos. Paulo e Angelino optaram pelo prédio principal.
Devidamente instalados, deu para ver que pelas acomodações, pela calefação e pelos amplos banheiros, que o segundo prédio foi uma opção também acertada pelo grupo, uma vez que eu não havia participado da visitação ao prédio.
Um giro pelo Cerro
Mais tarde, poucos arriscaram pegar as motos para uma volta pelo pequeno povoado a título de conhecimento. Junto com o carro de apoio, além do passeio, uma passada pelo supermercado para compra de gêneros para o lanche coletivo da noite.
Já estava quase ao final da luz solar, aproximadamente 21h30min, e muito frio, quando fomos rodar pelas estreitas ruas do local, tido como centrinho de Cerro Sombrero.
O povoado é praticamente habitado por trabalhadores da pretrolífera chilena, com predomínio da cor vermelha, tanto para os veículos, quanto para as vestes dos trabalhadores. Tudo aqui gira em torno da petrolífera, soubemos no mercadinho, dito por uma simpática senhora.
São dois os mercadinhos, porém somente um estava ainda funcionando. Foi ali que tratamos de comprar os gêneros para o lanche coletivo do final do dia para o grupo.
Arli, Fabiana, Antonino e eu, com as motos;
Peterson, Alberi e Celso, no carro de apoio, foram os que fizeram esse passeio por Cerro Sombrero.
De volta para o Tunkelen, alguns para o banho e outros para o preparo do lanche coletivo.
Após o lanche, aos poucos todos foram para os quartos descansar, depois de mais um dia puxado de muito frio na região. Graças à calefação do ambiente, Celso e o Geomário, pelos trajes, parecem estar na estação verão brasileiro.
Devidamente instalados, deu para ver que pelas acomodações, pela calefação e pelos amplos banheiros, que o segundo prédio foi uma opção também acertada pelo grupo, uma vez que eu não havia participado da visitação ao prédio.
Um giro pelo Cerro
Mais tarde, poucos arriscaram pegar as motos para uma volta pelo pequeno povoado a título de conhecimento. Junto com o carro de apoio, além do passeio, uma passada pelo supermercado para compra de gêneros para o lanche coletivo da noite.
Já estava quase ao final da luz solar, aproximadamente 21h30min, e muito frio, quando fomos rodar pelas estreitas ruas do local, tido como centrinho de Cerro Sombrero.
Monumento em Homenagem aos petroleiros |
São dois os mercadinhos, porém somente um estava ainda funcionando. Foi ali que tratamos de comprar os gêneros para o lanche coletivo do final do dia para o grupo.
Peterson, Alberi e Celso, no carro de apoio, foram os que fizeram esse passeio por Cerro Sombrero.
De volta para o Tunkelen, alguns para o banho e outros para o preparo do lanche coletivo.
E fomos dormir.
9º dia
17/11/2017
Dia de voltar para a Argentina
Das vidraças da sala de recepção do Hotel, dava perfeitamente para se ter uma noção do frio que fazia na rua, naquela manhã.
Das vidraças da sala de recepção do Hotel, dava perfeitamente para se ter uma noção do frio que fazia na rua, naquela manhã.
Na moto chilena, de um motociclista que também rumava para o Ushuaia, o tremular de uma bandeira de médio porte, sinalizava que o vento e o frio repartiam entre si os gelados 5 graus anunciados pelos termômetros. Eram 7 horas e o pessoal já se agitava pelo corredor, indo em direção aos banheiros e deste para os quartos.
De razoável a bom, porém sem nenhuma fartura, pois os quantitativos do café, quanto à repetição, eram controlados e por vezes negados pela seríssima senhora que servia direto na mesa os pães e os frios. Diferente, um pouco, cada mesa continha uma lata de café solúvel, onde cada qual tratava do próprio preparo. Em duas garrafas, também na mesa, o leite, a água, um ovo frito e era isso. Alimentados, hora de encarar o frio, esquentar os motores, remontar os alforges, revisar as motos, reforçar nas proteções e partir.
Como o café aconteceria no restaurante do prédio principal, melhor para todos, a colocação das roupas de viagem, o que já pouparia também algum tempo. E fomos para o café, onde alguns parceiros já estavam efetuando a refeição matinal.
De razoável a bom, porém sem nenhuma fartura, pois os quantitativos do café, quanto à repetição, eram controlados e por vezes negados pela seríssima senhora que servia direto na mesa os pães e os frios. Diferente, um pouco, cada mesa continha uma lata de café solúvel, onde cada qual tratava do próprio preparo. Em duas garrafas, também na mesa, o leite, a água, um ovo frito e era isso. Alimentados, hora de encarar o frio, esquentar os motores, remontar os alforges, revisar as motos, reforçar nas proteções e partir.
Esquentando o motor |
Geomário até tentou estrear a Luva de Guidão, uma engenhoca muito utilizada no período de inverno pelos motociclistas, principalmente no Rio Grande do Sul. Mas não deu muito certo, porque o macapaense não se sentiu muito confortável e seguro no pilotar. Retirou o protetor, voltando para as luvas. Paulo até tentou ajudar, mas sem o sucesso esperado. Numa outra eu tento colocar com mais calma, disse o amigo Vixe.
Também a constatação de que a moto da Fabi perdera parte da elétrica. Pisca-piscas e luz de stop deixaram de funcionar. Somente o farol estava exercendo a sua função.
Do posto de combustível
para o posto aduaneiro
E tratamos de recomeçar a viagem.
Faltando pouco mais de 300 km de distância para que fosse atingido o destino principal do Moto Amigos RS, o Ushuaia, sem dúvidas, estes 9º, do dia da viagem seriam muito marcantes, pois estaríamos no ponto mais extremo e mais distante desde a nossa origem.
No entanto, é nas imediações da localidade de Onaisin que os trechos ruins da estrada começam a aparecer. Um assombro para as motos custons e para a naked. Chão batido, ou coisa do gênero, são verdadeiros terrores para nós.
Experienciando no Rípio
E aquilo que o Antonino havia falado, ainda na fase preparatória da viagem, estava ali agora, a alguns metros dos nossos pneus.
Seriam pouco mais de 100 km de um trecho que mesclaria rípio, chão batido e por vezes resquícios de asfalto. Isto, até então, era totalmente desconhecido, principalmente, no tocante ao rípio. Na verdade, o termo Rípio é um sinônimo de "rechear" ou seja: entenda-se que usam pedaços de pedras, ladrilhos e cascalhos para a pavimentação. Por isso, requer atenção redobrada, uma vez que os veículos tendem a ter problemas de aderência. Mas cruzamos pelo tal rípio e pela dureza do trecho. Interessante que nesse lado chileno, bem ao lado do trecho de rípio, há uma estrada nova, em concreto, aparentemente 90% concluída. A olhos de leigo, me pareceu faltar tão somente a sinalização e posterior homologação para o uso. Por vezes, olhei muito para o lado e confesso tive vontade de colocar a moto ali para rodar.... mas ficou somente na vontade, pois a concentração estava no pilotar com maestria naquele danado trecho.
Experienciando no Rípio
E aquilo que o Antonino havia falado, ainda na fase preparatória da viagem, estava ali agora, a alguns metros dos nossos pneus.
Ufa! Fim do Trecho Ruim
Começamos a avistar o posto do Complexo Aduaneiro de San Sebastian. Por estas bandas, a chuva, que caíra mais cedo, havia sido bem intensa. Depois de alguns comentários a respeito do trecho, da experiência vivida, começamos a preparação da documentação e comparecimento aos guichês para os registros de saída do Chile.
Como estávamos em processo de saída do País andino, os procedimentos não foram demasiadamente demorados, o que aliás foi muito bom. Os guichês não estavam com filas e logo estávamos liberados
Bah! . . . agora é chão batido
Da aduana chilena, até a aduana argentina, foram mais de 20 km em pleno chão batido. Chão duro e esburacado. Uma estrada prá lá de larga, empoeirada e com muitos rebanhos ovinos pastando à beira da rodovia. O trecho foi menos longo, contudo, no somatório, foi um complicador, que nos reteve por quase três horas num trecho que levaríamos tranquilamente pouco mais de 50 minutos. Noutro tanto, a baixa velocidade, o solo fofo por vezes e por outras as pedras graúdas demais, complicaram em muito o nosso deslocamento.
Foi cansativo, foi chato, foi lento e estressante ter conduzido as motocicletas nesses dois trechos. No carro de apoio o cansaço também pegou 2/3 dos aventureiros.
Para nossa sorte, ninguém caiu e ninguém saiu da estrada, apesar das motos terem estado sempre sendo jogadas bruscamente para qualquer lado.
* ... .. para descrever a passagem por estes trechos, me socorri muito do Antonino e do Peterson, eis que na tensão em não descuidar da atenta pilotagem, apaguei coisas da memória e não efetuei registros fotográficos.
Da aduana chilena, até a aduana argentina, foram mais de 20 km em pleno chão batido. Chão duro e esburacado. Uma estrada prá lá de larga, empoeirada e com muitos rebanhos ovinos pastando à beira da rodovia. O trecho foi menos longo, contudo, no somatório, foi um complicador, que nos reteve por quase três horas num trecho que levaríamos tranquilamente pouco mais de 50 minutos. Noutro tanto, a baixa velocidade, o solo fofo por vezes e por outras as pedras graúdas demais, complicaram em muito o nosso deslocamento.
Para nossa sorte, ninguém caiu e ninguém saiu da estrada, apesar das motos terem estado sempre sendo jogadas bruscamente para qualquer lado.
* ... .. para descrever a passagem por estes trechos, me socorri muito do Antonino e do Peterson, eis que na tensão em não descuidar da atenta pilotagem, apaguei coisas da memória e não efetuei registros fotográficos.
Chegamos a San Sebastian, do lado argentino, um pouco cansados, porém, suficientemente satisfeitos por termos passado bem pela maratona.
A satisfação, esteve estampada nos sorrisos.
Bastava agora efetuar mais um trâmite aduaneiro e rumar para o Ushuaia que era o objetivo principal, o norteador, e vetor motivador do comboio, como um todo. E, com asfalto, rodar até o Fin Del Mundo!
Feito isso, algumas motos estavam, realmente, quase sem combustível. Então, reabastecer logo. Ali mesmo nas proximidades de San Sebastian, foi que o comboio tratou de suprir as necessidades de combustível.
E rodamos. Nas proximidades de Rio Grande, a guinada para a esquerda e a opção de tocar para o Ushuaia.
Faltavam ainda quase 200 km e passava um pouco do meio dia.
A Fabiana precisou abastecer e, para tal, precisou dar uma boa volta na rodovia para alcançar um trevo do qual havíamos passado, associado ainda a pequenas obras que ali aconteciam. O comboio parou e Fabi tratou de abastecer a motoca.
Fabi regressou e o comboio voltou a ganhar a estrada.
Foi em Tolhuin que novamente as motocicletas precisaram ser reabastecidas. Faltavam pouco mais de 100 km para o Ushuaia.
Até então, só rodar e mal lanchar. Ir mais além, até que Arli chegou junto ao carro de apoio e lascou: ... qual é meu ... e o almoço ... tá na hora... não vamos parar ? ... Ao que Peterson respondeu: Calma! Daqui a pouco vamos parar, .... estamos buscando bom lugar. E voltamos para a estrada.
A paisagem, começou a ficar linda por demais. Os acidentes geográficos começavam a se transformar e a se alternarem entre interessantes e inacreditáveis. Os morros começavam a mostrar gelo no cume, e quando não pouco, abaixo deste. E assim fomos rodando, ora subindo, ora descendo, ora serpentiando o belo e o agradável de se contemplar.
Até então, só rodar e mal lanchar. Ir mais além, até que Arli chegou junto ao carro de apoio e lascou: ... qual é meu ... e o almoço ... tá na hora... não vamos parar ? ... Ao que Peterson respondeu: Calma! Daqui a pouco vamos parar, .... estamos buscando bom lugar. E voltamos para a estrada.
A paisagem, começou a ficar linda por demais. Os acidentes geográficos começavam a se transformar e a se alternarem entre interessantes e inacreditáveis. Os morros começavam a mostrar gelo no cume, e quando não pouco, abaixo deste. E assim fomos rodando, ora subindo, ora descendo, ora serpentiando o belo e o agradável de se contemplar.
Em uma das curvas, um cenário indescritível parou o camboio quase que instantânea e involuntariamente. Do alto, dava para ver uma grande e extensa área, com um grande lago verde, muito gelo e alternadas depressões com elevações. Tudo muito imenso, meio que para perder de vistas. Uma cena muito incomum. Aqui paramos para fotos, deslumbramento, externar, compartilhar e comentar aquela maravilha da natureza.
E voltamos às motos e para a estrada. Hora de almoçar .....
No lado contrário da rodovia, depois de alguns poucos quilômetros, um enorme Centro Invernal, como dizem por lá. Tratava-se do Las Cotorras, com área e equipamentos para esportes de inverno, passeios aquáticos, café montanés e um restaurante, onde se oferecia o famoso cordeiro fueguino, uma tradição argentina.
Pisca Alerta ligados, braços acenando e a turma do carro de apoio começou a diminuir a marcha.... sinal de que ingressaríamos no Las Catorras. Imagina a fome de vários, o tal cordeiro argentino .... sem dúvidas, começamos a ingressar no espaço de lazer e comilanças.
Em pouco tempo, o Cordeiro Argentino estava sendo servido. A turma toda feliz e a cidade do Ushuaia estava a não mais do que 25 km de distância.
Fabiana e eu escolhemos um prato não tão acordeirado quanto o dos demais. Pelas reações que vi, o tal cordeiro estava fabuloso. O Arli, nem falava nada, assim como quase todos ......
Fabiana e eu escolhemos um prato não tão acordeirado quanto o dos demais. Pelas reações que vi, o tal cordeiro estava fabuloso. O Arli, nem falava nada, assim como quase todos ......
Lá pelas tantas, a turma foi ao café, outros para a sobremesa. Angelino demonstrou toda a sua satisfação ainda em mesa, e eu tratei de dar as últimas garfadas.
Uma foto, registro da "praticamente" chegada ao Ushuaia, marcou o reinício da viagem. Eu, na verdade, achei que a turma, depois de tanto, na verdade estava era comemorando a tal cordeirada! ... mas está o registro.
Celso, Fernando, Fabiana, Peterson, Gilberto Cesar, Paulo, Angelino e Geomário |
Como os registros fotográficos acontecem meio que rapidamente, por vezes alguns ficam fora. Foi o caso do Alberi, do Antonino e Arli, que certamente estavam nas cercanias, porém fazendo alguma outra coisa.
E
ENTRAMOS NO USHUAIA !
CHEGAMOS AO NOSSO DESTINO !
ATINGIMOS O NOSSO OBJETIVO!
NÓS CONSEGUIMOS!
Com um cachorrinho amigo, que transitava por todo o lado, pousando em quase todas as fotos, correndo ao redor das motos e se metendo no lento trânsito junto ao portal da cidade, chegamos e fomos direto para a foto oficial do Ushuaia.
Fotos: vários autores, parceiros de viagem
Relato: Gilberto Cesar
FERNANDO - GILBERTO CESAR - PETERSON - ARLI - ANTONINO - CELSO - ANGELINO - GEOMÁRIO -
ALBERI - FABIANA e PAULO.
Relato: Gilberto Cesar
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