Moto Passeio 2015
A Associação dos Motociclistas do Rio Grande do Sul, por meio da sua Coordenadoria Regional da Fronteira Oeste levou a efeito o 2º Moto Passeio da região, nestes dias 17 e 18 de outubro de 2015.
O 2º ABRAÇANDO A FRONTEIRA
A organização do evento, já começara os trabalhos e reuniões ainda em 2014, quando do encerramento da 1ª Edição, dado é claro a grandiosidade do evento que requer uma infraestrutura gigantesca.
Os trechos do 2º Abraçando a Fronteira:
Início na cidade de Rosário do Sul, indo para Alegrete, Uruguaiana e almoço em Itaqui.
De Itaqui para São Borja, com jantar e pernoite em Santiago.
De Santiago para São Pedro do Sul, com o almoço de encerramento do Moto Passeio.
E para Rosário do Sul me desloquei, na sexta-feira, 16, na qualidade de único representante do nosso Moto Grupo Com Destino, aqui de Porto Alegre.
Gilberto Cesar - Moto Grupo Com Destino |
Às 13 horas, comecei meu deslocamento a partir do Posto Laçador, indo encontrar o parceiro Arli (Moto Grupo Virando Rodas) com quem acertara viajar junto.
Arli Figueira, o parceiro do Moto Grupo Virando Rodas |
Dali rumamos, agora em dupla, para a BR290 tendo como próxima parada a cidade de Pantano Grande, 120km, onde estariam nos aguardando o Moto Casal Os Aliens, Afonso e Nelsi, vindos de Santa Cruz do Sul.
Cumprimentos breves, abastecimento das motos e novamente para a estrada, pois Rosário do Sul nos esperava.
A BR 290 é sempre truncada devido ao grande número de caminhões em deslocamento para as regiões central e fronteira e, num ritmo tranquilo, efetuamos a primeira parada, enquanto quarteto, na Vila Nascente, que pertence ao município de São Sepé.
Neste local há pastéis de primeiríssima qualidade.
Ao final da tarde, começamos a avistar a cidade de Rosário do Sul, que aos poucos foi se agigantando cada vez mais aos nossos olhos. Cruzamos a longa ponte, sob o Rio Santa Maria, contornamos o trevo e bem na entrada a cidade o Comitê de Recepção do 2º Abraçando a Fronteira.
Em Rosário do Sul |
Importante salientar, que as hospedagens não fazem parte do pacote de inscrição para o Abraçando, ao que fizemos nós a reserva antecipada, para o sempre bom Hotel Areias Brancas.
O pacote com inscrições limitadas incluiu:
- jantar de confraternização, na noite que antecede o primeiro deslocamento do comboia;
- almoço, lanches e janta no primeiro dia;
- almoço de encerramento no domingo.
Depois da passagem pela recepção do evento e hotel, fomos para o jantar de confraternização, que aconteceu no Centro de Eventos, localizado na praia de Areias Brancas.
Por ser um local muito amplo e de múltiplas utilidades, pelo poder público municipal, este ainda serviu como camping, para os que optaram por essa modalidade de hospedagem.
Então jantar, confraternização e hospedagem, tudo num só local, para muitos.
Como jantar,
Rosário do Sul apresentou uma farta e excelente feijoada.
Rosário do Sul apresentou uma farta e excelente feijoada.
Equipe... descascando as laranjas para a feijoada |
Esperando o jantar |
Começou o jantar |
Aqui, a organização efetuou a checagem dos credenciamentos, com a entrega da pulseira de identificação de participante.
"Durante o jantar, as informações de horários dos deslocamentos, formação das motos no comboio e recomendações de segurança, por parte dos policiais rodoviários.
Representante da PRF, Comissão Organizadora,Secretária de Turismo, Presidente da AMO e Moto Grupos Organizadores |
E veio o sábado, o primeiro dia do 2º Abraçando a Fronteira.
Uma boa novidade e boa surpresa, por parte da Comissão Organizadora":
quando da formação do comboio, cada um dos participantes foi novamente identificado e cada qual recebeu agora um bracelete, na cor laranja com fita reflexiva, na cor branca.
Este adorno de segurança, obrigatoriamente deveria ser colocado no braço esquerdo, devendo sempre acompanhar o motociclista e caroneiro, conforme o caso.
A formação do Comboio:
Gilberto Cesar, MG Com Destino; Nelsi e Afonso, Moto Casal Os Aliens e Arli, MG Virando Rodas |
Iniciou então o deslocamento do 2º Abraçando a Fronteira. Uma volta pelo centro de Rosário do Sul, buzinas, sirenes dos batedores e o ronco … muito ronco de motores, rasgando o silêncio da cidade, aquela hora e para um amanhecer de um sábado.
Logo, o comboio ganhou a BR 290, onde perfiladas em dupla, a longa fila de motocicletas despertava as atenções tanto de motoristas em viagem na rodovias, quanto de moradores dos lugarejos, das vilas e agro vilas que ladeiam as estradas.
Trecho Rosário do Sul Alegrete |
Às 9h30, o comboio chegou ao Alegrete, a terra de Oswaldo Aranha e Mário Quintana, depois de ter percorrido 104km.
Na entrada da cidade, posto Texacão do Caverá, que na verdade virou para a bandeira Ipiranga, foi quem recebeu os motociclistas para o abastecimento, banheiros, lanches e descanso.
Chegando em Alegrete |
Na verdade estas paradas deveriam ser de muito pouco tempo, porém, em nada se preparam os proprietários de todos os postos pelo quais parou o comboio.
Resultados disto:
1. poucos frentistas, poucas atendentes nas lancherias e banheiros acanhados.
2. demora excessiva, longas filas para abastecimento e algumas inconformidades.
Numa rápida passada pelo centro, o grande comboio cruzou algumas ruas, com participação e saudações do povo alegretense.
Seguiram após, os motociclistas, para o trevo de acesso, ganhando novamente da BR 290, agora para percorrer os próximos 140km, até Uruguaiana.
Na cidade da Califórnia da Canção, da Ponte Internacional e do Maior Porto Seco da América, o comboio chegou às 11h40min e, como programado, em Uruguaiana somente parada para descanso, banheiro e abastecimentos.
Não se fez passeios na cidade em razão do horário e tendo em vista a chegada ao próximo destino: Itaqui, o local do almoço.
Em Uruguaina |
De Uruguaiana até a cidade de Itaqui, os 146km foram logrados com mais vagar. A estrada, BR 472, é bem estreita e com a curiosidade de ter duas pontes com mão única, com semáforo para liberação do trânsito.
Ao longo desse deslocamento, até em razão do horário, o forte barulho dos motores fazia com que grande parte dos moradores, dos pequenos lugares, saíssem para as ruas ver do que se tratava e, ao identificar o comboio, saudar o grande número de motociclistas.
Por volta das 14h30min o grupo cruzou o Pórtico de Itaqui, rompendo com silêncio da pequena cidade que também abriga em seu solo um dos mais antigos teatros da América Latina, o teatro Prezewodowski.
Depois de percorrer a parte central da cidade, o comboio seguiu diretamente para o Centro de Tradições Gaúchas Cristóvão Pereira de Abreu, local do almoço.
A recepção dos itaquienses, foi muito efusiva e calorosa.
Um excelente e farto almoço foi servido aos visitantes.
Um dos portões de acesso ao CTG Cristóvão Pereira Abreu |
Até esta parada para almoço, 390km já haviam sido percorridos.
Quando os relógios marcavam quase 16h30min, a Comissão Organizadora indicou novamente para a formação do comboio, agora para a segunda parte do deslocamento, rumo a São Borja, a Terra dos Presidentes.
O deslocamento para São Borja foi tranquilo, sendo os 75km percorridos, considerados curtíssimos, isto em se tratando de motocicletas. O comboio se abasteceu e descansou por algo em torno de um hora.
Chegando em São Borja |
Para os últimos 143km, de São Borja para Santiago, uma preocupação da Organização, PRF e motociclistas mais experientes: boa parte do trajeto seria percorrido sem a presença da luz solar.
Em breve, chegaria o anoitecer uma vez que esse deslocamento começou às 18h20min.
E foi assim:
Passados os primeiros quilômetros, a noite se fez muito presente, o que fez com que o deslocamento fosse realizado com média horária de 60km por hora.
Sob a luminosidade fornecida pelas centenas de faróis, o trecho foi ficando cada vez mais cansativo para os condutores e caronas, que esboçavam isto no esticar das pernas e no retorcer dos corpos, sobre as motos.
No entanto, ninguém fez parada aleatória o que demonstrou disciplina e amadurecimento do Abraçando a Fronteira.
A lentidão foi justificada, em função dos possíveis defeitos na rodovia, e também pelo ingresso de pequenos animais na estrada, os quais por vezes ficam atraídos pelas luzes dos veículos.
No caso das motos, o alto e constante barulho dos motores, certamente afugentou em muito desses animais.
Foram raríssimos os casos que se contaram a respeito da presença de animais na pista.
Agora as luzes da cidade faziam reluzir os cromados das motos, contrastando em muito com a roupa escura dos componentes do passeio.
Sob um frio de 12º, o grupo foi logrando as ruas da cidade até o ponto de encontro e dispersão.
Foram passadas as instruções para alojamento, janta e reinicio do deslocamento, para o domingo.
Para os hotéis, foram formados mini-comboios, onde os motociclistas da cidade conduziam os grupos cada qual para o hotel, antes reservado.
Formação dos grupos para direcionamento aos hotéis |
Chegar, tomar um belo banho e ida para o jantar. Esta era a ideia, porém nem tudo saiu assim.
O Vila Rica estava sem água quente, em alguns quartos. Noutros, água a meia-boca. E em outros, água totalmente fria.
Justificaram os atendentes dizendo: estamos com problemas de energia, por causa dos temporais e a água não está subindo para a caldeira.
Mas a “má” recepção no Vila Rica, já começara quando do primeiro atendimento. Somente um funcionário para identificar e distribuir todos os que ali se hospedariam.
Deu confusão, na certa.
No meu caso, a água do banho estava a meia-boca; Deu para encarar.
No quarto do Arli, havia água quente. Então, sem problemas.
No quarto do Moto Casal, ... somente água fria. Impossível o banho. . Aqui a Nelsi virou uma fera !
Por sugestão dos atendentes, fomos para o jantar, e na volta, já haveria água quente, garantiram, .... e tudo bem.
Agora nada de motos e, de táxi, rumamos para o jantar.
A janta foi servida às 22h, aliás uma excelente janta, com destaque para a carne do churrasco, … de primeiríssima.
A organização local, até estava anunciando um show, com participação de uma banda local, porém o nosso cansaço e o frio que castigava a noite santiaguense, nos levaram a abreviar nossa estada no ginasião. A demais, a meia noite – domingo 18 – começaria o horário brasileiro de verão, ou seja, o relógio seria adiantado em uma hora.
Assim, tratamos de nos alimentar, e para esquentar o corpo, resolvemos caminhar até o hotel Vila Rica.
No hotel, nada de novo quanto a água. A situação piorou de vez. Água nem fria e nem quente.
Resultado:
Afonso e Nelsi, bravos, frustrados e indignados conseguiram via telefone um outro hotel e para lá se foram, quando os relógio já marcavam 1 h da manhã.
Sensível ao horário de verão, e ao cansaço da participantes, a organização marcou a saída para o último trecho, às 9h30mim.
O frio da noite anterior, continuou na manhã de domingo de Santiago. Enquanto a cidade ainda praticamente dormia, as motos começaram a se deslocar para o ginasião, ponto de encontro para a partida.
São Pedro do Sul, das pedras fossilizadas, estaria nos aguardando para o almoço de encerramento do evento.
E para lá se fomos, agora para lograr os últimos 143km do 2º Abraçando a Fronteira.
Rumo a São Pedro do Sul |
O deslocamento aconteceu via BR 287, uma bela estrada, com longas descidas, curvas bem acentuadas e uma paisagem muito interessante.
Muito embora a distância seja considerada pequena e até com o horário bastante folgado, nossa chegada se deu às 11h30. Aqui sem muita explicação lógica para a baixa velocidade empreendida.
Há de se considerar, no entanto, que isto nos propiciou bem mirar a paisagem e os campos, quase infindos.
E São Pedro do Sul, também sentiu o ronco dos motores.
Das casas, as pessoas saiam para as ruas para ver o comboio; uns aplaudiam e muitas fotografias e filmagens, via celular.
Das casas, as pessoas saiam para as ruas para ver o comboio; uns aplaudiam e muitas fotografias e filmagens, via celular.
O sinuelo, de plano já se apresenta como um excelente local. É amplo, tem uma grande alameda, é bem distribuído e, num outro terreno, em desnível, duas grandes piscinas estão a espera do verão e dos frequentadores.
Tudo muito legal em São Pedro do Sul.
Como era fim da linha, com a palavra comissão organizadora, que agradeceu a presença de todos, dizendo que irão descansar por uma semana e já começarão a tratar da 3ª edição, em 2016. Falaram das possíveis falhas e tudo mais.
Ora, somente erra quem faz. Esta comissão faz um grande trabalho. Organizar um evento dessa magnitude é de muita responsabilidade. A Fronteira Oeste e os Moto Grupos envolvidos, estão de parabéns. (Griffo do nosso Moto Grupo Com Destino)
Pela AMO/RS, falou o presidente Pity, que elogiou e agradeceu o trabalho e esforço da comissão regional da AMO Fronteira.
Agradeceu a participação da Polícia Rodoviária Federal, dos Moto Grupos e demais participantes do 2º Abraçando a Fronteira.
Agradeceu a participação da Polícia Rodoviária Federal, dos Moto Grupos e demais participantes do 2º Abraçando a Fronteira.
Foi o Final.
Arli e eu, voltamos ao centro da cidade, para ver de perto as pedras fossilizadas da cidade. Depois, pegamos a estrada rumo a Porto Alegre, pois teríamos ainda 359km pela frente.
São Pedro, no Alto |
Feito isso e depois, ... estrada e mais estrada, até a capital dos gaúchos, onde chegamos por volta das 18h.
Foi um excelente passeio motociclístico.
O Abraçando a fronteira rodou 731km.
Nós, somados os deslocamentos de Porto Alegre para Rosário do Sul e depois de São Pedro do Sul para Porto Alegre, rodamos 1.495km com muita alegria, satisfação e parcerias.
E foi isso.
Até uma outra.
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