Moto
Rosul
Rosário do Sul
A
madrugada
do sábado, 29 de novembro, mal começara a clarear, e, no posto
Laçador Jonas
Costa já
estava a aguardar os outros parceiros do Moto
Grupo COM DESTINO, que estariam rumando para a cidade de Rosário do
Sul para participar do 11º
Moto ROSUL.
Gilberto
Cesar chegou na sequência e Paulo Figueiredo logo a
seguir.
Conforme
fora acertado, a saída seria às 5h30, com parada em Pantano
Grande para que se juntasse ao grupo o Moto
Casal "OS ALIENS".
Diferente
de outras saídas, no posto prevalecia a presença de jovens que
continuavam, ainda, a festa iniciada da sexta-feira ao invés
do público costumeiro das duas rodas, que ali se encontra para
partir para os passeios motociclísticos.
Feitos os
cumprimentos, Jonas Santos efetuou comentário de que a sua
motocicleta estava apresentando, por vezes, algumas falhas, mas,
nada de mais.
Assim
começamos a aventura para Rosário do Sul.
Esta cidade fica
distante 386 km de Porto Alegre, possuindo a mais bela praia fluvial
do Rio Grande do Sul. Trata-se da praia das Areias Brancas, onde se
localiza o Rio Santa Maria, e que é cruzado pela terceira maior
ponte do país, medindo incríveis 1.772 metros.
Os
Viajantes:
Gilberto Cesar, shadow 600
Gilberto Cesar, shadow 600
Jonas Santos
, shadow 750
Paulo Figueiredo,
Versys 1000
Uma
hora e quinze minutos após o início da empreitada, o grupo
chegou a Pantano Grande e, para surpresa geral, o Moto Casal Os
Aliens ainda não havia chegado.
Pela
primeira vez, chegamos nós, do MG
COM DESTINO, antes
dos parceiros e ficamos
os esperando!
Mas isto foi por
muito pouco tempo, logo logo a shadow 600 dos Aliens adentrou
"roncando" no posto.
Ao
ser desligada, nos permitiu ouvir o som que a
dupla Afonso e Nelsi estava a
escutar.
Afonso
estava estreando um novo rádio em sua moto, comprado na viagem
anterior, num dos free shops de Rio Branco. O equipamento, com
caixinhas externas colocadas na altura dos faroletes, emite um belo e
potente som.
Após
o abastecimento, Posto Rabelândia, a corrida para o café
da manhã. A pedida, a de sempre: café com pastel.
Aqui,
um grande diferencial no pastel. Este é feito na hora, demora um
pouquinho e, quando chega, vem em prato, acompanhado de
talheres: é que se trata de
um pastel gigante. Um enorme e gostoso pastel.
Terminado
o café e formada a composição final do grupo, o recomeço da
viagem.
Agora
eram quatro motos que rumavam, via BR 290, para a cidade
que foi considerada, numa outra época, a capital nacional da
ervilha.
Tudo
muito tranquilo.
Veio
o segundo abastecimento, agora no Posto Boqueirão,
oportunidade em que Os Aliens trataram de se abastecer por
meio de um lanche. Eles não haviam provado o pastel gigante.
Em
meio ao abastecimento, um diálogo com um grupo de tradicionalistas
de São Gabriel que estava indo para Santa Maria participar de um
rodeio.
Disse um
deles: "cada qual com seus gostos ... nós de cavalos,
cavalos... e vocês de cavalos de ferro"... !
Obviamente
que o gaudério estava se ferindo às nossas motocicletas.
Os
relógios já marcavam as 9 horas.
Novamente na
estrada, o calor começava a se intensificar e o sol não encontrava
nenhuma nuvem como obstáculo, até chegar ao asfalto, o que nos
dava uma sensação próxima do escaldante.
Nesta
nova jornada, a Shadow 750 do Jonas começou a apresentar algumas
falhas, o que deixava a moto por segundos mais lenta, com
interrupções na parte elétrica.
Assim,
as falhas foram tornando-se mais notórias e frequentes, até que
a moto apagou por inteiro.
Primeira
reação do Jonas: "vão vocês na frente... eu chego lá",
ao que o grupo retrucou "nada disso" quase que num coro,
pois "juntos saímos, juntos chegaremos!".
Daí,
alguns palpites:
Gilberto
Cesar disse, "deixa a moto esfriar...."
Disse Nelsi:
"deve ser calor"
Falou Afonso:
"não deve ser nada"
Arrematou Paulo:
"trouxeste o "manual" Jonas ?"
A
resposta positiva do Jonas fez então todas com que todas as atenções
se voltassem para o manual da moto.
Página 5! Não,
deve estar lá no final. Nada disso, deve estar no
meio!"
Assim se dividiam
as opiniões para achar a página onde estaria apontada a razão para
o problema na moto.
Na
realidade, segundo o Jonas, cada vez que as falhas aconteciam, uma
luz vermelha se
acendia, no painel, lado direito, parte inferior.
Como
ninguém tirara as luvas para folhear o manual, este passou de mãos
em mãos, até que o próprio Jonas achou e leu o que estava ali
escrito:
"ao
se acender a lâmpada vermelha,
indica a existência de um problema, provavelmente grave. ... Reduza
a velocidade e procure uma revenda Honda mais próxima ..."
Como estávamos em
plena estrada e a uns bons quarenta quilômetros da cidade de São
Gabriel, a opção única foi reduzir a velocidade.
Nisso, insistiu
Jonas: "vão na frente, eu vou indo devagar."
"Nada
disso", dissemos ao Jonas, "Juntos cá, juntos lá!"
E, aos trancos e
barrancos, vagarosamente voltamos a rodar.
Nova parada e mais
uma outra parada.
Novas
conversações: Paulo sugeriu que
o Afonso e eu fôssemos na frente
até São Gabriel à procura da revenda Honda.
Sugeri
o contrário, o que foi aceito: Paulo,
que é sempre o mais veloz, que o fosse.
Que
achasse a revenda, o endereço, tudo o mais que fosse necessário e
ainda nos esperasse no trevo principal da cidade.
E
assim aconteceu.
Em
segundos perdemos o Paulo de vista, voltando a nos encontrar,
conforme acerto, no trevo de São Gabriel.
Dali
para a Honda.
Fomos muito bem
recebidos na revenda.
Trata-se
da BRAMOTO Motocicletas, rua João Manoel 849.
Água e café à
vontade para aliviar o calor e as tensões, enquanto os
mecânicos João e Reginaldo tratavam
de diagnosticar o problema da moto.
Mecânicos da Bramoto |
Jonas, e o Consultor da Honda |
Enquanto isso, Nelsi foi as compras |
Com a ajuda, inclusive, do celular. |
Falou
o consultor Paulo, da
Bramoto: "os meninos logo acharão o problema".
E acharam!
Nos apresentaram um diagnóstico com quase cinco prováveis
problemas.
Como
tempo era irrisório, faltavam trinta minutos para o meio dia,
horário de fechamento da revenda, os mecânicos fizeram o que
poderia ser feito no momento.
Reinicializaram
a memória dos circuitos elétricos e aconselharam seguir viagem bem
de vagar.
Aconselharam,
posteriormente, a procura dos serviços de uma revenda assim
que fosse possível.
Agradecidos, muitíssimo agradecidos pela gentileza
e presteza da Bramoto, que aliás não cobrou nenhum centavo,
seguimos em frente.
Mal deixamos o
trevo da cidade, uns quatro quilômetros longe, e o problema voltou.
Daí a definição do Jonas: retornar, deixar a moto para o
conserto na Bramoto, com calma, e voltar para Porto
Alegre.
"Voltar
até a revenda, tudo bem", falou o Paulo Figueiredo, "mas,
para Porto Alegre, não!"
E voltamos para a
Bramoto, agora faltando pouquíssimos minutos para o encerramento do
expediente.
Lá
ficou a moto do Jonas.
As
bagagens do Jonas passaram para os meus alforges,
Assim, com três
motos chegamos a Rosário do Sul, sob um sol quentíssimo,
e já beirando as 14 horas.
Direto
para o encontro, que já acontecia à beira da praia Areias Brancas,
com um grande público presente.
De almoço,
um "linguiça pão", 0800,
que aliviou de imediato a sensação de fome, e uma bebida gelada a
título de refresco.
Um
tempo para as saudações aos amigos, conhecidos e parceiros de
encontros e a retirada para o hotel.
Nossa hospedagem
aconteceu no Hotel Areias Brancas, nem precisa dizer que
se trata de um estabelecimento muito próximo da praia.
Com boas
instalações e garagem para motos, este hotel, que se encontra em
reformas, foi o preferido dos motociclistas participantes do evento.
Um
banho, a saída para o almoço e depois uma sesta, foi o combinado.
Afonso
e Nelsi não almoçaram, e eu abri mão da sesta para andar pela
parte central da cidade de Rosário do Sul. Jonas e Paulo preferiram
descansar.
Apesar do calor,
deu para dar uma boa circulada pelo centro.
Aspecto do centro da cidade de Rosário do Sul |
Depois,
uma pequena descansada e,
quase ao final da tarde, todos para o local
do encontro.
Vistoriando a nova moto |
Lá chegando,
reencontramos outros amigos e parceiros.
Legal,
também, foi encontrar o casal NewRo, da cidade de
Alegrete.
Com
ele travamos amizade por ocasião do "abraçando a
fronteira" em outubro passado.
O
casal estava eufórico para nos mostrar a sua nova motoclicleta.
Agora, uma shadow 750, 2010, igualzinha à do Jonas.
E
o encontro continuava.
Para
alguns, uma interrupção para assistir a uma partida de futebol. O
Inter de Porto Alegre enfrentaria o Palmeiras pelo Brasileirão
2014.
Ao
final, com uma boa vitória 3x1, o colorado gaúcho garantiu vaga na
libertadores 2015.
De
volta ao encontro, tudo alegria, conversas e muito som e calor na
noite rosariense.
Por
volta das 2 horas começou o recolher de quase todos
os motociclistas, principalmente dos que empreenderiam viagem de
retorno no domingo pela manhã.
No
domingo, o ronco dos motores anunciava que alguns já estavam de
partida.
Outros
ainda tomavam seus cafés e a arrumação de alforges era quase
geral.
Preparando retorno, aqui juntos com o MG do Tênis Clube de Bagé |
Passando
pouco das 9 horas, o começo do retorno para nós.
Com
o tempo bastante nublado, pegamos novamente a BR 290 rumo à capital
dos gaúchos.
Em Pantano: a despedida com pastel; Paulo, Jonas, Gilberto, Nelsi e Afonso |
Tudo
tranquilo e boa foi a velocidade empreendida até Pantano Grande,
onde um novo e gigante pastel foi o prato do nosso grupo, a título
de almoço.
As
despedidas dos amigos Os Aliens,
eles para Santa Cruz do Sul e nós para Porto
Alegre, onde chegamos às 15 horas, agora com a presença de um
sol bastante intenso.
Rosário
ficou para trás.
Viramos
a página de mais um encontro, de mais uma viagem, com uma boa
quilometragem. Foram 846 km percorridos.
Ah... o
problema da moto do Jonas, os mecânicos da Honda encontrarão o
defeito, solucionarão o problema, e o Jonas irá a São
Gabriel buscar a sua shadow.
Logo
estaremos nas estradas novamente.
"Nada
é por acaso". Isso eu aprendi ao longo da vida. Portanto, rodas
para frente e , até uma outra.
*
Jonas Santos enviou e-mail, em 02/12/, terça-feira, dizendo o
seguinte:
“
Estou indo buscar a
guerreira hoje à noite. Amanhã, pela manhã, retorno a Porto
Alegre”. Jonas
** em 05/12, Jonas informou que o problema da "guerreira" foi um fio, sob o banco, que havia se rompido. A moto retornou bem, e o o motociclista também e muito feliz.
** em 05/12, Jonas informou que o problema da "guerreira" foi um fio, sob o banco, que havia se rompido. A moto retornou bem, e o o motociclista também e muito feliz.
Relato
e Fotos: Gilberto Cesar
Revisão:
Cesar Trindade
outras fotos:
Chegando à Rosário: Afonso, Gilberto, Nelsi, Jonas e Paulo |
Um bom nome de moto grupo |
Linguiça Pão 0800 |
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