COM
DESTINO: Os TEMPLOs BUDISTAs
“...
existem coisas que os olhos merecem ver...”
gilberto cesar
gilberto cesar
A
cidade de Três Coroas, à 96km de Porto Alegre, abriga em seu
território talvez um dos mais significativos conjuntos de templos
budistas do Brasil. Trata-se na verdade de uma comunidade de
praticantes budistas que moram no local, em terras que abrigam o
primeiro templo tibetano tradicional da América Latina.
O
local, denominado Khadro Ling, é a sede do Chagdud Gonpa Brasil,
uma organização sem fins lucrativos destinada ao estudo e prática
do Budismo Tibetano.
Este
foi o destino do MOTO GRUPO COM DESTINO,
para o último final de semana de setembro de 2014.
Paulo Figueiredo
e Gilberto Cesar, conforme agenda, ainda fizeram uma pequena incursão
no 2º MOTO DELTA, encontro de motos da cidade de Parobé.
Foi
um ótimo sábado, com temperatura amena, pouco sol e duas cidades
como destino.
A
saída para o passeio, como de sempre, aconteceu no Posto Laçador,
que por volta das 9 horas, já recebia um grande contingente de
motociclistas que logo -logo também estariam pegando a estrada para
destinos diversos.
Participantes:
Paulo Figueiredo – Versys 650
Gilberto
Cesar - Shadow 600
Partimos
então para conhecer o Templo Budista. A rota foi via Cachoeirinha e
Taquara, trajetos já bem conhecidos no mundo das duas rodas. Saindo
de Taquara, logo vem Igrejinha, que se diferencia um pouco dada a
quantidade de lojas e fábricas de calçados. Ao longo da estrada,
são diversos os anúncios que provocam os turistas a uma ou mais
paradas para as compras. É nesta cidade de Igrejinha, que se
localiza uma das maiores lojas de confecção de roupas para
motociclismo, a Tacna. Vale muito a pena dar uma passada para ver os
diversos produtos ali confeccionados, os quais são vendidos para o
Brasil inteiro, inclusive para o exterior.
E
logo chegamos a Três Coroas, cidade que também trabalha muito a questão
de calçados. No entanto, turisticamente falando o templo
budista está na agenda de qualquer morador. Na verdade, nem se
precisa solicitar informações de onde fica o templo, pois são
fartas as placas que indicam os caminhos dos templos.
Estrada para os templos |
O
caminho que leva para o Templo, é bem emblemático. São 5 km em
uma estradinha de paralelepípedos e mais 3km de chão batido, numa
verdadeira subida ao morro, em meio a uma exuberante vegetação, com
vistas extraordinárias.
No
devagar das motos, pois havia chovido na noite anterior, logramos os
8km contemplando a tudo, inclusive as poucas residências ao longo
da estradinha. São casas em madeira, estilo colonial cujos
moradores ficam em frente, pelos pátios, a cumprimentar e a contemplar
ao movimento de turistas que peregrinam para visita ao Templo.
Em
algumas destas casas, é possível comprar produtos coloniais, ali
mesmo produzidos,
E
chegamos.
Templo Principal |
A
vista é muito impressionante. Destacam-se cores, formas, edifícios,
paz, harmonia e um convite para meditação.
Chamou
a nossa atenção que, bem antes da entrada principal, as pessoas já
começam a falar em tom bem mais baixo do que o normal, como se
dentro do templo já estivessem.
A isso, nos pareceu um ritual
voluntário, pois que não há ninguém dizendo ou orientando para
tal.
O
ingresso no templo principal, é precedido pela retirada de qualquer
calçado, ou seja, somente é permitido ingressa de pés descalço,
no máximo com meias. Aqui, começa o ritual verdadeiramente.
Aqui, é necessário retirar os calçados |
No
interior, onde não é permitido fotografar, há uma enormidade de
objetos, imagens, espaços de orações, recantos e simbologias
budistas que se compreendem a partir das leituras, que se deve
fazer, dispostas em plaquetas.
Ler
estes textos, exigem concentração e paciência, pois que são
textos longos, o que prendem muito a atenção das pessoas.
Dentre
outros, chama muito a atenção para umas centenas de pequenas
taças metálicas, dispostas lado a lado, em cinco fileiras, frente a
uma imagem de buda, as quais são esvasiadas sempre ao final da
tarde, num ritual que certamente exige concentração, paciência,
disposição e que deve instigar muito a meditação, por ocasião do
ato.
Pela descrição, a água é um elemento fundamental para vida,
para a purificação e valorização da natureza.
A
visitação a este templo principal, leva em torno de quarenta a
cinquenta minutos, onde inclusive é possível participar
indiretamente das rodas de oração, com o preenchimento de uma ficha
e o respectivo pagamento para a aquisição de uma vela. A esse
ritual, não se pode participar, diretamente.
Saindo
do tempo, na parte inferior, há uma loja com produtos alusivos ao
budismo. São diversos produtos, que vão desde livros, CDs,
camisetas, mandalas, anéis, colares, cartões e muitos outros.
A
loja, é uma das fontes de renda para a manter o templo.
Para
a visitação aos diversos ambientes, não há cobrança, tudo é
gratuito. Paulo
Figueiredo efetuou esse questionamento a uma das atendentes,
voluntárias, que explicou que a filosofia é permitir que qualquer
pessoa acesse ao templo. Cobrar ingresso, seria de certa forma barrar
uma parte da população.
A
segunda visitação, foi no outro templo, um prédio delicadamente
imponente que se enconde, a princípio, entre palmeiras.
Chegando-se mais perto, há uma ponde em madeira, onde também se passa pela
praça das bandeiras.
Vista, ao longe, do segundo tempo |
Aparece então o templo.
Muito
Lindo.
Segundo templo, ..... bem mais tradicional |
Grande
e com mil detalhes coloridos, numa arquitetura inteligentemente
trabalhada.
Este
templo encontra-se fechado e, pelo que se soube, dado ao fato de um
visitante teria quebrado a mão de uma pequena e delicada imagem, o
que fez com que os administradores tomassem a decisão de deixá-los
com as portas fechadas. No entanto, é bem tranquila a visualização
do seu interior, pela janelas. São quatro janelas que permitem ver
todos o colorido e os detalhes das imagens e adornos que compoẽ este templo.
Interior do templo |
Interior do Templo |
Casa
dos Rolos de Oração
São
na verdade duas casas, separadas, as quais tem em seus interiores
grandes cilindros, mecânicos, giram no sentido horário, onde, caminha-se
neste mesmo sentido, o que compõe então esse ritual.
Na
primeira casa, são 11 cilindros e na outra casa, são 31 cilindros.
Paulo em uma casa, junto aos cilindros
Gilberto Cesar, na outra casa, também juntos aos cilindros.
Casa
da Lamparinas
Esta
casa se encontra, temporariamente, fechada sendo possível apenas a
visualização por meio das vidraças.
No
interior, imagens budistas e uma centena de lamparinas.
Casa das Lamparinas |
Estupas
Devidamente
alinhadas e em número de oito, são na verdade a representação da
mente iluminada. Cada uma representa uma passagem da vida de Buda
Shakiamuni.
Estas
são as estulpas de: Lótus, Iluminação, Muitos Portões, Descida
do Reino, dos Milagres, da Reconciliação, do Nirvana e a da
Vitória.
O
ritual, consiste em andar ao redor das estupas, conforme a indicação
de setas, pintadas ao chão.
Foram
quase três horas de visitação e contemplação. Um passeio
formidável, onde a exuberância da natureza com matas, morros,
pedras e águas contribuem em muito para este cenário quase
imaginário.
Respeito efetivo ao bens da Natureza
Ao longo de vários caminhos e travessias, o visitante se depara com uns cavaletes, colocados ao chão, alertando para o cuidado necessário com o trânsito de formigas. Com a exuberância de folhas, as formigas fazem diversas trilhas para o buscar e levar alimentos. Bem interessante o alerta.
Um Fonte
Em meio a tudo, uma linda fonte faz sentir o cair da água no silêncio verde do local
Adicionar legenda |
A visitação, permite a uma boa reflexão de que a paz, principalmente
a paz interior é capaz e necessária. Basta a cada um, escutar o
silêncio da própria alma para entender o que é a Paz.
Saindo
dos Templos, a mesma estradinha, e, ...... descendo vagarosamente.
Uma
parada para compra de produtos coloniais e depois, rumo a Parobé,
para uma passada no Moto Delta.
Casa de estrada, venda de produtos coloniais TROCANDO DE CIDADE Parobé |
A
pequena cidade de Parobé, também famosa por assentar boas fábricas
de calçados e tênis, levou a efeito o 2º Moto Delta.
aspecto do moto delta |
Local do Evento |
A movimentção |
o churras 0800 |
O encontro
de motociclistas, aconteceu no pavilhão poliesportivo da cidade e
recebeu um grande número de motociclistas, notadamente no sábado.
O
local além de amplo e aberto, permitiu e boa circulação de motos,
bem como a boa disposição das bancas de vendas de produtos alimentícios
e acessórios.
Segundo
se soube, a sexta-feira, quando do início do evento, a noite já
fôra muito movimentada.
No sábado, apesar de termos permanecido no evento, pouco mais de duas horas, já havia
sinais de que este também seria bem movimentado.
Interessante
ressaltar que a todo o instante, a organização se utilizava do
serviço de microfone para informar da proibição para os altos
giros bem como para a queima de pneus, tudo no embalo
do “zoeira, ... tô fora!”
Um bom “x-burguer” um
refrigerante e rumamos para Porto Alegre, agora
acompanhados por um vento mais intenso e gelado, porém sem que isto
atrapalhasse o nosso deslocamento de retorno.
Fotos: Paulo Figueiredo e Gilberto Cesar
Relato: Gilberto
Cesar
Outras fotos:
construção de um novo espaço para meditação |
Um casal de noivos no templo |
o verde do local |
Paulo Figueiredo, ao fundo o templo principal |
A ponte em madeira |
Praça das bandeiras |
entrada de um dos tempo |
queima de ervas aromáticas |
Paulo, em frente ao templo |
Caminhos do templo |
outros caminhos, no templo |
aspecto do local |
parte lateral de um dos templos |
Imagem de Buda, parte externa do complexo |
Um outro buda |
A Shadow, em mais um passeio |
Os triciclos, no Moto Delta em Parobé |