A anunciada e longínqua viagem à Argentina aconteceu para o Moto Grupo COM DESTINO que prazerosamente teve como parceiros de viagem os integrantes do Moto Grupo MOTO CASAL, da cidade de Santa Cruz do Sul.
Data da Viagem: 8 à 11 de maio de 2014
Destino: Puerto Iguazú - Argentina
Motociclistas: Gilberto Cesar e Paulo Figueiredo - MG COM DESTINO
Afonso e Nelsi Schanaider - MG MOTO CASAL
Motos: 2 Shadow 600
1 CB 1000
Kilometragem percorrida: 1.800km
A PARTIDA
Eram
duas horas e trinta minutos da manhã, quinta-feira, 8 de maio. Os galos
ainda dormiam quando, no tradicional Posto Laçador, Paulo Figueiredo já
aguardava por Gilberto Cesar para, dali, seguirem viagem até a cidade
de Santa Cruz do Sul ponto de encontro com o MOTO CASAL, e de lá - com o comboio completo - seguirem ao DESTINO Argentino.
Monumento Laçador Porto Alegre
Até
a terra do fumo, foram pouco mais de duas horas com estrada bastante
deserta, forte neblina e algum nevoeiro, por vezes. Mas lá chegamos,
depois de termos passado o local do encontro, POSTO NEVOEIRO. O posto
nevoeiro fica no lado esquerdo da estrada, num lugar alto, cercado de
árvores, o que dever ter contribuído para que passássemos. Mas, tudo
tranquilo, efetuamos o retorno e rapidamente ficamos à espera dos
motociclistas parceiros, Afonso e Nelsi. Em cinco minutos, o ronco da
Shadow dos parceiros anunciava que o comboio estava prestes a se
completar.
Os
cumprimentos, a alegria pelo encontro, a felicidade e a expectativa
pela viagem nos prenderam por pouco tempo em solo e, de plano, pegamos a
estrada. Agora eram três motos rasgando o silêncio da BR 386.
Paulo, Gilberto Cesar, Nelsi e Afonso
O QUARTETO EM VIAGEM
Afonso
à frente, Gilberto Cesar e Paulo Figueiredo era a composição inicial da
viagem. Porém, uma parada inesperada logo aos quinze minutos de
deslocamento fez-se necessária: a Shadow do Gilberto Cesar começou a
apresentar uma sequência de falhas, com a interrupção no sistema
elétrico.
Melhor parar!
De pronto, Afonso e Paulo abriram o compartimento lateral que protege a bateria e "puxa fios", "aperta aqui", "aperta li" e a Shadow deu novamente sinal de vida; prossegue-se a viagem. Claro que a torcida foi muito grande para que os "mecânicos-eletricistas" de
que dispúnhamos ali naquele momento tivessem acertado e, com os
"puxões", solucionado o problema da falha. O certo é que deu certo e, já
em Candelária, deixamos a BR 287, pegando então a direção para Salto do
Jacuí.
PARANDO OUTRA VEZ
Outra
parada, e novamente inesperada, agora a roda traseira da Shadow do
Gilberto Cesar encontrou um prego e dele não se desgrudou, tendo como
resultado um pneu furado.
Por
sorte, estávamos para efetuar o primeiro reabastecimento. Estávamos
passados cerca de 10km da cidade de Arroio do Tigre. Constatada a triste
realidade, o jeito foi mesmo aceitar o conselho do frentista, que de
pronto ligou para uma borracheiro dele conhecido, ao que tivemos como
resposta: a partir das 7h:30min ele começa o expediente e aqui virá para
recobrar a moto.
Constatado o estrago, nos restou tomar um belo café, e
depois contemplar aquela haste de metal, que é usada normalmente para
unir objetos, sendo preferencialmente usada em madeiras, enterrado de
maneira inadvertida no pneu traseiro da moto.
O prego no pneu e
a conversação dos amigos
REBOCANDO A MOTO
Às
7h:40min chegou o borracheiro, de nome Edison, que apontou lá como uma
camionete para rebocar a moto. Com apoio de todos a moto foi colocada,
amarrada e rebocada para Arroio do Tigre.
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Uma rampa improvisada para acomodar a moto |
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Afonso conferindo o Manual |
Pegunta-nos o dono da borracharia Schneider: alguém sabe como se tira esse "enorme" pneu? - Não!, respondemos
em coro, ao que prontamente o Afonso complementou: - mas o MANUAL
sabe!
De posse do manual da moto do Afonso, ficou fácil a ação prática
e, somada a habilidade e da boa vontade de todos os empregados da
borracharia, a roda foi sacada. Daí a triste constatação: a câmara foi
para o beleléu. O ventil desprendera-se totalmente. Impossível consertar.
Uma nova
câmara seria então necessária. Arroio do Tigre, nem pensar
talvez em
Sobradinho, lá tem revenda da Honda. Por telefone, a notícia de que uma
câmara do porte necessário, somente por encomenda. E um dos
borracheiros teve uma grande ideia, ou melhor uma grandíssima ideia: uma
câmara de fusca. Isso mesmo, uma câmara de fusca, com um jeitinho dará
certo, ele afirmou.
Então, sem muito ou nada de outra opção, o jeito foi
topar. E tudo deu muito certo. A câmara deve ter gostado da ideia de ir
passear na Argentina.
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Borracharia em Arroio do Tigre |
A roda foi recolocada, agora sem o auxílio do
Manual e novamente estávamos na a estrada. Digamos que até aqui, com
dois imprevistos na "conta" da moto do Gilberto Cesar.
disso
ficam duas lições:
1ª - a importância de se carregar o manual da moto,
para este ou outros imprevistos;
2ª - levar câmaras sobressalentes, é
muito salutar.
MAIS UMA PARADA
O
grupo logrou Salto do Jacuí e Cruz Alta, porém nas proximidades de
Ijuí, lá retornou o problema da falhas e interrupção no sistema elétrica
da Shadow de quem? dela mesmo: da Shadow do Gilberto Cesar. O
jeito foi entrar na cidade de Ijuí, direto para revenda da Honda.
Explicado o problema, o mecânico, de nome Maikel, revenda Honda Rio Sul, rapidamente diagnosticou o problema. Os cabos da bateria -
positivo e negativo - não estavam apertados suficientemente e, frente a
trepidação e os atritos, resultavam então na interrupção do sistema
elétrico. Uma chave em "L" e tudo - finalmente - resolvido.
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Na Revenda Honda ... Paulo, Gilberto Cesar e Nelsi |
Já
passava do meio dia quando o grupo retomou a viagem, agora rumo a Porto
Mauá, cruzando por Giruá, Santo Ângelo e Santa Rosa. Em pouco mais de
duas horas, chegou-se ao marco fronteiriço Brasil / Argentina, via
Porto Mauá.
Afoitos, eufóricos e já vislumbrando a balsa, para fazer a
travessia o quarteto foi logo tratando dos trâmites junto a aduana
brasileira para o ingresso na balsa e, por consequência, no país
vizinho.
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Em Porto Mauá, Paulo e Afonso indo para Alfândega |
FALTOU IDENTIDADE
Surpresa!!!!
O Paulo Figueiredo não levou a Carteira de Identidade (aquela verdinha
que aqui no Brasil sempre é substituída pela carteira de habilitação).
Por força desse hábito recebemos a triste notícia de que Paulo não iria
passar!
Segundos de pânico, e agora? - Vocês vão ....
Eu retorno disse
Paulo.
Sempre se têm uma saída para tudo, disse Nelsi.
Calma disse o
Afonso.
Sedex 10, disse o Gilberto Cesar.
Corrida para os correios e, no
trajeto, a ideia mais perfeita: ônibus da Ouro e Prata.
O ônibus Porto
Alegre / Porto Mauá, sai 18h:45min e chega entre 4h:30min e 6h:30min.
A AÇÂO
Rapidamente Paulo liga para Ana Moschen, que sai na corrida do trabalho,
vai em casa, vai na rodoviária e, despacha o documento.
Enquanto isso restou
dispersar o grupo.
Dois seguiram viagem e dois ficaram em Porto Mauá.
Afonso e Nelsi cruzaram na balsa rumo à Argentina, Paulo e Gilberto
rumaram para um lancheira, em pleno Brasil e entre lanches,
refrigerantes, cervejas ficaram a conversar e depois
passear pela pequeníssima Porto Mauá.
HOSPEDANDO EM PORTO MAUÁ
A hospedagem foi no Hotel,
Mercadinho, Lancheria, Rodoviária e Posto Bancário do André. Um "5 em 1"
que nos quebrou um baita galho. Como era único o estabelecimento do
gênero para pernoite, restou ainda estacionar as motos dentro do próprio
mercado.
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O Estacionamento |
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O 5em 1 de Porto Mauá |
Mas foi tudo muito tranquilo com relação à estada, enquanto o
MOTO CASAL garantia assim, em Puerto Iguazú, a reserva na Pousada El Pindo. Alguém tinha que lá chegar para isso garantir.
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A Madrugada em Porto Mauá |
Enquanto isso, em Porto Mauá, e com a notícia de que ônibus que traria o documento de identidade costumava chegar entre 4h:30min
e 6h:30min, o jeito foi não arriscar e fazer o plantão a partir das 4h
no ponto. E de pronto madrugamos e lá ficamos num baita frio até às
5h:50min quando ouviu-se ao longe o ronco de motor e aos pouco os luzes
do coletivo se aproximando.
Dele desceram 6 passageiros, o que foi muito
bom, pois segundo nos faltou o André, o dono do mercado, hotel, posto
bancário e rodoviária, quando não têm passageiros com destino a Mauá, o
ônibus já fica em Santa Rosa, direto. Daí, teríamos que voltar a Santa
Rosa.
Mas demos sorte e, de posse do sagrado documento, começamos os
trâmites aduaneiros para o deslocamento. Pegamos a Balsa, atravessamos o Rio Uruguai e rumamos para Argentina.
Tudo superado, a dupla pegou a Ruta 09, depois a 11, a 14 e por fim a Ruta 12, que leva direto para a cidade de Puerto Iguazú.
Sem
nada de problemas, Paulo e Gilberto puderam apreciar e curtir as belas
paisagens argentinas e a excelente qualidade das estradas percorridas.
ENFIM PUERTO IGUAZÚ
e o grupo se reencontrou.
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Paulo, Gilberto Cesar, Nelsi e Afonso |
AS INSTALAÇÕES
A reserva para a hospedagem do grupo estava marcada para "Pousada e Cabanas El Pindo", na entrada da cidade distando uns cinco quilômetros do encontro de motos.
As
cabanas, amplas e confortáveis, davam verdadeiramente ar de montanhas.
Internamente, na parte de baixo, têm as cabanas ampla sala, cozinha e
banheiro. Na parte superior, dois quartos e sacada, que completam o conjunto da
hospedagem.
A CIDADE
Pelos relatos primeiros, soube-se que desde a quinta-feira Puerto Iguazú
já vivia o clima das duas rodas. Pelas ruas desfilavam motos e
motociclistas argentinos, brasileiros e paraguaios em grande número, o
que já dava ideia do tamanho do encontro quando este atingisse o seu
ápice, o que sempre acontece nos sábados.
Bares,
restaurantes, lojas e feiras, tudo sempre lotado. O clima era de um
grande encontro de amigos, clima de descontração e desfile de
identificação de moto-grupos, moto-clubes e motociclistas avulsos.
Tudo isso pode-se comprovar já na quinta à noite com Afonso e Nelsi, e a partir da sexta-feira quando o quarteto se completou.
OS PASSEIOS
Na na sexta, um tour de moto pela cidade, centro e arredores.
O sábado foi reservado para os demais passeios turísticos.
INDO AO PARAGUAI
Para ir para a Ciudad Del Este,
o grupo acatou a sugestão do atendente da pousada, que indicou um táxi,
pessoa do conhecimento e que costumeiramente faz esse serviço para os
clientes.
Ao preço módico de R$20,00 por cabeça, (já na conversão para
reais) o grupo partiu às 7h:30min - horário do início do expediente na cidade paraguaia. Quando o grupo chegou, obviamente já encontrou as ruas, as lojas e a própria travessia na ponte superlotadas.
Na Ciudad del Este,
a impressão que se têm é de que tudo corre. O número de galerias e
lojas é quase incalculável. Quase todos gritam, te oferecem mil coisas,
mas os preços e as variedades obviamente são muito tentadores.
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Lado Paraguaio |
Feitas as compras, a volta então para as cabanas. Guardar as aquisições, pegar as motos continuar os passeios do sábado.
AS CATARATAS
Verdadeiramente, a atração principal de Puerto Iguazú são as cataratas do rio que empresta o nome para a cidade. Delas, a Garganta do Diabo se destaca disparadamente.
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Garganta Del Diabo |
O Parque Iguazú,
que na verdade se trata de uma enorme reserva ecológica, patrimônio da
humanidade, dista 23km da cidade. A ele pode se chegar por meio de
ônibus urbano, veículo de aluguel ou veículo próprio. O ingresso se dá
por meio do pagamento de uma taxa equivalente a R$ 24,00, e de mais
outra de R$3,00 para o veículo, caso se vá utilizar o estacionamento.
Passado o ritual estacionamento, compra de ingressos, adentra-se, então, num belo parque (para a compra do ingresso, é aceita somente a moeda argentina, o Peso.) Na
recepção, recebe-se mapas e algumas orientações. Quatro composições de
trens se revezam levando e trazendo os turistas para as estações que dão
acesso às três quedas de águas ali existentes.
Em
razão do pouco tempo, o grupo optou por visitar apenas a grande queda, a
Garganta do Diabo.
Descendo na última das estações do trem, o acesso
para a maior queda se dá por meio de um ponte metálica com 1.200m de
extensão, com piso de tela vazada para uma caminhada de uns 30 minutos
por cima das águas do rio, com pequenos trechos de terra firme, até
chegar à boca da Garganta.
Aqui, a colega Nelsi teve muita coragem, pois
sofre de claustrofobia. Bem agarrada ao braço do Afonso, contou muito
com o apoio do grupo para a caminhada. Bem depois, o Paulo foi mais além e buscou a
Nelsi para uma foto bem na ponta da passarela, e o medo momentaneamente
se foi.
São diversos os animais que veem ao encontro dos
turistas em busca, é claro, de alimentos. Quatis e borboletas dividem a
atenção dos turistas. Nas árvores, os pássaros exóticos parecem pousar
para as máquinas fotográficas e no rio são os peixes que dão um espetáculo a parte.
É tudo muito lindo.
A GARGANTA
A
Garganta do Diado, é o ponto mais alto do percurso do Rio Iguaçu
superior, em uma composição de quedas d'água em forma de ferradura, que
perfazem uma distancia de mais de 150m e tombam da altura de 80m.
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A chuva fina, provocada pela evaporação d'água |
Estas
quedas d'água provocam um potente impacto quando irrompem no leito do
rio, chegando a desenhar densas nuvens de vapor que inundam todo o
ambiente e caracterizam a paisagem. Isto causa um enorme espanto, um
impacto verdadeiramente indescritível. A primeira impressão e reflexão,
certamente, é de que somos pequeníssimos frente a essa grande obra da
Natureza.
Impressiona
muito o som do rugir das cataratas, a umidade (quase chuva) produzida
pelo vapor da queda das águas e os arco-íris que se formam com a bruma
da água e os raios do sol. Tudo muito inesquecível mesmo.
O MARCO DAS TRÊS FRONTEIRAS
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Marco Lago Argentino |
A poucos quilômetros, subindo do centro de Puerto Iguazú,
há uma praça que abriga o marco da Tríplice Fonteira. O trajeto costeia
o Rio Iguaçu e do alto pode-se ver a orla, o porto e o ir e vir de
grandes embarcações.
Chegando ao marco, é possível ver o Rio Paraná, já
do lado brasileiro.
Os três países possuem cada qual o seu marco
composto por obelisco. É um ponto turístico que demarca simbolicamente a
tríplice fronteira em suas respectivas cores nacionais: Brasil ,
Argentina e Paraguai. Cada qual dos três obeliscos representa a
soberania das três nações e situa-se às margens dos Rio Iguaçu e Rio
Paraná.
O
marco brasileiro está localizado na cidade de Foz do Iguaçu e foi
inaugurado em 20 de julho de 1903, juntamente com o marco argentino,
localizado na cidade de Puerto Iguazú, e pelo marco paraguaio, que fica em Presidente Franco.
O ENCONTRO DE MOTOS
Diferente dos demais encontros de motociclismo, o 6º Cataratas Moto Fest
abriga uma pequeníssima feira de produtos para motociclistas, centrando
suas atenções para as pessoas e o local do evento como um todo.
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Aspecto do Encontro |
Quase ao estilo do
"Mar&Motos" de Tramandaí, RS, o Cataratas Moto Fest praticamente fecha a parte
final da Avenida Brasil, que passa a compor um corredor para
estacionamento de motos e circulação das pessoas.
De ambos os lados,
bares e restaurantes, assim como o leito da avenida servem como pontos
de encontro, de conversas e de descontração para os participantes. Em
meio a isso, os shows no palco central, apresentação de artistas avulsos
em meio às mesas dos bares e ao final da avenida, uma grande feira com
produtos típicos (azeitonas, queijos, vinhos, alfajores, comidas, etc)
compõe então o ambiente do Cataratas Moto Fest.
Notadamente,
a cidade que vive muito do turismo, muito espera e participa do evento.
Quase todos sabem, perguntam, indicam e se dedicam para que o encontro
continue com a grandeza com que se apresenta. Claro que o comércio
diretamente é o grande beneficiário, porém, indiretamente, pode-se
constatar que inúmeros argentinos dessa província chamada Missiones acorrem para Puerto Iguazú para de uma ou de outra forma ver, beneficiar-se e angariar algum recurso com o evento.
O PÚBLICO
No
Cataratas Moto Fest, a presença brasileira e a paraguaia são bastante
grande. Do Brasil, motos, motociclistas e moto-grupos de diversos
estados e em grande número. São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito
Santo, Minas Gerais foram as diversas placas que por lá circularam.
Maciçamente, o Paraná, até por ser vizinho, contribui certamente com o
maior número de motociclistas estrangeiros. Do Rio Grande do Sul, além
do MG COM DESTINO, de Porto Alegre, e MOTO CASAL, de Santa Cruz do Sul, duas
motos da cidade de Tapejara e mais o ACASSOLA, de Osório, foram os
avistados.
Com o ACASSOLA, um bate papo amigo e fotos para a página
especializada em "Motos Acassola".
UM OUTRO MG COM DESTINO
Com
muita satisfação e alegria para ambos os lados, MG COM DESTINO gaúcho e
paranaense se cruzaram. O MG COM DESTINO co-irmão é da cidade de Cascavel.
Uma bela conversa e fotos para registar o encontro.
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MG's Com Destino |
DOMINGO, O RETORNO
Hora
de acomodar as bagagens, arrumar lugar para as compras e fechar os
alforges.
Domingo bem cedo o início da viagem de retorno para Porto
Alegre. O sol começava a despontar no horizonte argentino já com
prenúncio de mais um bonito dia para aquelas bandas. Tudo pronto, vamos
então sair.
Surge então uma perguntinha da Nelsi: - vocês viram uma sacola com
2 blusões, comprados aqui em Puerto Iguazú?, - não!, - talvez o
Paulo saiba...
Pois bem, o Paulo, que sofrera para arrumar todas as suas
bagagens, empurrara, e amassara tudo para caber no alforge, teve que
desmontar tudo, pois havia guardado os dois blusões solicitados pela
Nelsi.
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Paulo re-colocando os alforges na CB |
Muitas e muitas risadas e uns trinta minutos de atraso no
retorno.
E pegamos o rumo de casa.
Novamente na Ruta 12, que é mais famosa talvez pelo seu traçado, quando na verdade a melhor é a Ruta 14, rumando para a 11 e depois a Ruta 09, isto já em solo da cidade de Alba Posse, fronteira com Porto Mauá.
Viagem
tranquila, e por três horas apenas as paradas para abastecimento da
motocicletas e chegamos à divisa. Destaque para a gasolina argentina.
A
Super, preço equivalente a uma aditivada aqui no Brasil, porém bem
melhor, rende mais e parece que faz a moto respirar muito melhor.
Melhor
do que isso ainda as rodagens pela Argentina, pois até então se tinha
ouvido falar que a polícia do país vizinha era carrancuda, encrenqueira e
nada amigável. Nada disso vimos, nada disso presenciamos.
Feitos
os trâmites na aduana argentina, pegamos a penúltima balsa, antes da parada de meio dia (a
última sai às 11h:30min retomando somente às 14 horas).
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Rumando para o Brasil |
Na aduana
brasileira as tradicionais perguntas, se somos brasileiros, se as
compras estavam no limite permitido, e nossas as respostas "Sim" e "Sim", e rumamos para um lanche reforçado, pois até então o grupo ainda estava em jejum.
UM SUSTO COM O ABASTECIMENTO
Conversa vai e conversa vem, falamos da necessidade de abastecimento, ao que, dizendo "sem querer me intrometer na conversa de vocês", informou
a atendente da Lancheria que o posto de combustível fecha assim que a
última balsa cruzar, retornando somente às 14h.
Pronto, foi formado o
pânico e a correria para abastecer.
Em Porto Mauá há um
Petrobras, e a atendente, uma senhora lá com seus 70 anos, já estava
saindo, em direção a sua casa para almoçar. Breves palavras e a bondosa
senhora retornou, abriu o posto e conseguimos abastecer as motos.
Contrário a isso, teríamos que aguardar duas horas para retomar a
viagem.
Em Porto Mauá o Afonso não abasteceu a sua Shadow.
O RETORNO, AGORA EM SOLO BRASILEIRO
Começa
então a última etapa da viagem a caminho de casa. Deixando Porto Mauá, o
traçado leva para Santa Rosa, depois Cruz Alta, ponto onde o grupo já
definira que a turma de Santa Cruz do Sul retornaria via Salto do Jacuí,
mesmo caminho quando da ida, e a turma de Porto Alegre faria seu
retorno via Soledade. Pelo acerto, o quarteto rodaria ainda 195km
juntos.
Rodados
pouco mais de 50km a Shadow do Afonso começou obviamente a pedir
gasolina. Bateu reserva e começou a torcida por um posto de combustível.
Aos 78km, na cidade Independência, achamos três postos de gasolina,
porém todos fechados para almoço. Pareceu um pouco incrível esta
dependência de almoço na cidade de Independência.
O jeito foi tocar em
frente, agora mais firme na torcida por um posto. Mas a sorte rodava
junto, e solitariamente na estrada havia um posto de uma bandeira não
muito tradicional e que segundo o proprietário e atendente demos muita sorte
pois ele acabara de retornar do seu almoço.
Fica mais uma máxima que o pessoal das Shadow 600 precisa levar muito a sério: se a oportunidade te aparecer, abastece Sempre! Não deixa para depois o que te pode incomodar depois.
E
chegou Cruz Alta.
Parada para reabastecimento e a despedida do grupo.
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Fim da viagem coletiva |
Este momento é sempre bom, principalmente quando tudo dá certo, quando
os imprevistos são parte do processo, quando o "quase" nos é favorável, quando o entendimento, a solidariedade, a amizade estão sempre presentes quilômetro a quilômetro.
Já ao anoitecer, a turma do MG COM DESTINO de Porto Alegre chegou, depois uma bela tranqueira, à BR 386, e bem antes ainda do entardecer o MOTO CASAL a casa chegou.
Foi
mais uma viagem de grande distância, uma boa oportunidade para reforçar
que os encontros de motos se constituem em excelente oportunidade para
rodar.
Ah,
a câmara de fusca foi e voltou rodando.
Ela cumpriu muito bem a sua
função, ou no mínimo adorou a oportunidade da viagem internacional.
Um novo desafio foi lançado lá em Puerto Iguazú:
Em 2015 vamos fazer o
VOO DA ÁGUIA !
Aguarde que detalharemos isso com muita calma.
Até Breve.
Relato: Gilberto Cesar
Fotos: Paulo, Afonso, Nelsi e Gilberto Cesar
Revisão: Cesar Trindade de Oliveira