MOTO
GRUPO COM
DESTINO RUMO
A BRASÍLIA
Domingo,
21 de julho de 2013.
São
8 horas da manhã em Porto Alegre, e a temperatura está na ordem de
6 graus centígrados. É o inverno gaúcho e dele ficaremos ausentes
por uma semana.
Do
Laçador ao JK; do Pampa para o Planalto Central ou ainda, do
Gasômetro para a Granja do Torto. Estas poderiam ser algumas das
significações para denominar de onde estamos saindo e para onde
estamos indo.
Uma
viagem distante, mais de 4.200km, ou uma aventura, até se poderia
dizer, no entanto, a verdade é que isso também traduz o sentimento
que se passa no mundo das duas rodas: cruzar estradas, conhecer novos
caminhos, sentir o asfalto bem próximo bem como as estradas d'antes
nunca,{ por nós } rodadas.
Três
motos
É
o MG COM DESTINO rumando para o 10º Brasília Moto
Capital, o maior evento do motociclismo brasileiro
Gilberto
Cesar, Jonas dos Santos, Paulo Ávila e seu filho Paulo Figueiredo,
na qualidade de caroneiro. Este é o grupo.
A
viagem propriamente dita, não consiste somente em sair a rodar.
Exige é claro, um bom planejamento, revisão geral nas motocicletas,
discussão de rotas, negociação para as liberações de trabalho,
acomodação de horários, definição de bagagens, ajustes e
acertos. Foram duas reuniões presenciais, e para tal, nada melhor do
que o Cilindradas Moto Bar, na Avenida Farrapos, onde o
ambiente, o clima e contexto motociclístico contribuem muito para
injetar ânimo nas conversas e definição de roteiros.
Correspondências eletrônicas, foram muitas, visando a troca de
informações bem como para manter a vibração, ânimo e definições.
Frente
a isto a euforia, a satisfação, a expectativa se constituem em
elementos presentes e direcionadores das ações e das conversas que
hoje se concretiza. Somos viajantes rumos ao 1Oº Brasília
Moto Capital.
Aqui
começa a Aventura !
1º
Dia de Viagem
Porto
Alegre, Caxias, Vacaria, Lages, Mafra, Rio Negro.
O
primeiro dia de nossa viagem para Brasília, 21/07, foi de muita
chuva e frio bem à moda gaúcha. Na serra, mais precisamente em
Vacaria, pudemos sentir o que é o frio do Rio Grande.
Mas tudo foi muito tranquilo em termos de viagem. De anormal, apenas o Jonas, que viajou o tempo todo com luvas de verão, ou seja, meios dedos. Nós usamos duas luvas(luvas sobre luvas) e o danado apenas as luvas de verão.
No almoço, comida leve, vários cafezinhos, lanche a base de pastel de estrada e. O descanso noturno, em em Rio Negro, Paraná, em um Hotel de Estrada, denominado Los Pampas. Um simples, porém bom hotel.
Na Janta, uma pizza e algumas cervejas, é claro depois de um bom banho.
Gilberto, Jonas, Paulo e Paulo filho estão todos tranquilos e já planejando o dia de amanha.
Mas tudo foi muito tranquilo em termos de viagem. De anormal, apenas o Jonas, que viajou o tempo todo com luvas de verão, ou seja, meios dedos. Nós usamos duas luvas(luvas sobre luvas) e o danado apenas as luvas de verão.
Paulo, Gilberto Cesar e Paulo Filho (o caroneiro) divisa RS com SC
No almoço, comida leve, vários cafezinhos, lanche a base de pastel de estrada e. O descanso noturno, em em Rio Negro, Paraná, em um Hotel de Estrada, denominado Los Pampas. Um simples, porém bom hotel.
Na Janta, uma pizza e algumas cervejas, é claro depois de um bom banho.
Gilberto, Jonas, Paulo e Paulo filho estão todos tranquilos e já planejando o dia de amanha.
Quarteto Completo. Almoço em solo catarinense
2º
Dia de Viagem
Rio
Negro, Ponta Grossa, Ourinhos, Marília e Lins (SP)
Nosso
segundo dia, 22 de julho, segunda-feira, começou muito cedo. Café
da manhã às 6h com partida às 06h30min rumo a estrada. A chuva
foi o componente inesperado, aliás muita chuva. Na saída, uma bela
surpresa, a Shadow 600 do Cesar, ficou sem gasolina a menos de 10k
do posto. Coube aos Paulos, - pai e filho - fazer a camaradagem de
ir ao posto e retornar com o líquido precioso, nestas horas.
Vale
lembrar que as outras duas motos são Shadow 750, uma 2010 e a outra
2013. Jonas e Paulo são os respectivos proprietários.
Em
plena estrada, e o DESTINO era a
cidade Ponta Grossa, os paulos, pai e caroneiro, se perderam numa
das curvas e simplesmente passaram do ponto indicado e traçado como
rota. Poucos minutos e tudo resolvido, colocamos os meninos na rota
correta.
Passada
a manhã, o almoço foi tranquilo, apesar da insistência do Cesar
para que um lanche substituísse a esse almoço, dado o cansaço e
sono que decorrem da digestão. Mas a maioria saiu vencedora e,
almoçamos.
Lembrando
sempre que chuva nos acompanhou por boa parte do dia.
A
grande lamentação dos viajantes, foi quanto ao preços do
pedágios. Verdeiros assaltos...pagamos pedágios de 1,60 à 6,20
por moto.
Jonas
já chegava com as mãos para o alto,,, ,dizendo: “Isto é
Assalto”.
Em
um dos pedágios, este mesmo Jonas cruzou direto a cancela...
indignado... mas Paulo livrou a do Jonas e efetuou o devido
pagamento.
Falando
em pedágio, nosso grupo está se dando muito bem na sistemática de
pagamento... Jonas paga direto o pedágio das três motos, muito
embora não tenha garantido o retorno deste pagamento.....um dia
agente paga ele.
Anda
pela manhã, saindo da cidade de Rio Negro, rumo Ponta Grossa,
tivemos que enfrentar os já conhecidos protestos que ocorrem pelo
Brasil a fora. Desta feita, os "carrrienheiros" da CEASA
tocaram fogo em pneus e outros objetos em plena rodovia. Isto nos
custou algumas horas de atraso em nossa jornada.
Chegando
em Ponta Grossa, dois motivos nos levaram para a revenda Honda: a
embreagem da Shadow do Paulo Figueiredo e um pisca-pisca da moto do
Gilberto Cesar. Atendimento de primeira e o melhor, gratuito, foram
as respostas da Honda para os viajantes.
Importante
dizer que a Honda sempre age assim para com os proprietários da
marca, quando em viagens.
Uma parada na Honda - Ponta Grossa PR
Mais
tarde, já em solo paulista, e nos emaranhados das estradas,
perdemos o Jonas. O mesmo pegou uma estrada errada, e rodou cerda de
29km. Ficamos na espera, e nada. Não atendeu ao telefone e o jeito
foi buscá-lo, ou melhor caçá-lo pelas estradas próximas.
As três motos, já em solo paulista
Estamos
falando da cidade de Ourinhos, e nossa rota previa passar por esta e
rumar para Marília. Achamos o Jonas e viemos pernoitar em Lins.
Antes
disso, e já na calada da noite, um animal de pequeno porte
resolveu atravessar o asfalto, não resistindo ao impacto e peso de
uma das motocicletas. Apenas um susto de leve.
3º
Dia de Viagem
Lins,
São José do Rio Preto (SP), Prata, Itumbiara (MG) Goiânia e Brasília
Nosso
terceiro dia, rumo a Brasília, foi na terça-feira, dia 23.
Plano
era sair de Lins, SP e pernoitar na Capital Goiânia, proximidades do
DF. As boas estradas, a disposição dos viajantes e é claro a
expectativa de chegar nos impulsionaram a já pernoitar no evento,
isto na própria terça.
Trocando de Estado: Minas Geais para Goiás
Ao
longo do dia, encontramos diversos motociclistas em plena viagem para
Brasília. Do Rio Grande, cruzamos com um grande numero de
triciclistas da cidade de Guaíba e Nova Santa Rita. Nossa chegada ao
local do evento se deu por voltar das 22h e já eram diversos os
motociclistas que por lá estavam.
Montar
acampamento, fazer um pré-reconhecimento das instalações, estas
foram as primeiras ações no Moto Capital.
CONHECENDO
BRASÍLIA
Já
instalados, é hora então do mostrar a Brasília e sua arquitetura
para os colegas do moto grupo que não conheciam a capital do País.
Foram
dois turnos de passeios, sob um intenso sol e calor de 30º graus na
cidade. Assim como as nossas, um batalhão de motos roncavam pelas
largas avenidas de Brasília.
O
EVENTO
Sem
dúvidas, o Moto Capital é um dos maiores eventos de motociclismo do
mundo. Das Américas, está em primeiro lugar.
Na
verdade, isto se contata pelo tamanho da estrutura e pelo número de
participantes.
Na
Granja do Torto, local do evento, tem-se a sensação de estar em
uma cidade totalmente autônoma e com vida muito própria.
Praça
de alimentação, praça de shows, uma enorme feira para venda de
produtos para motos e motociclistas, bares, tendas e um grande
comércio paralelo no entorno do evento. Isso tudo é que dá vida
do Moto Capital.
São motociclistas de todos os cantos do país.
São motociclistas de todos os cantos do país.
Pelas
placas da motos, se tem uma verdadeira aula de geografia do nosso
Brasil. As origens, os sotaques, as conversas, as curiosidades e a
troca de informações são por demais ricas e são a constante do
dia a dia do evento.
A
noite, falta espaço para tudo e para todos. Os shows do evento, a
movimentação dos motociclistas de Brasília e região, se
complementam em festas e conversas que ultrapassam as fronteiras da
noite, varando pelas madrugadas.
Um dos tantos Shows
OS
GAÚCHOS
Uma
verdadeira legião de gaúchos no evento. Já na viagem de ida,
alguns encontros.
No
evento propriamente dito, o chimarrão rola frouxo nas rodas de
conversas. Porto Alegre, Soledade, Guaíba, Santana do Livramento,
Santa Maria, Bagé, Rio Grande, Alvorada, Canoas, Santa Rita e
Pelotas foram algumas das placas de motos vistas pelos integrantes do
nosso Moto Grupo.
Destaque
para os amigos do Moto Grupo Bicho Véio, de Soledade, com quem temos
nos afinado bastante.
OS
URUGUAIOS
Bem
conhecidos, por meio da participação nos eventos de motociclismo do
Rio Grande do Sul, os vizinhos castelhanos ficaram bem próximos da
delegação do pampa, numa verdade integração e fortalecimento dos
laços que nos unem.
Com
motocicletas não tao potentes, os uruguaios marcaram presença no
evento.
Pequena delegação do Uruguai ficou junto ao barracão dos gaúchos
AS
BANDEIRAS
É
muito comum no mundo do motociclismo, o uso de pequenas bandeiras –
principalmente as dos respectivos estados, como forma de
identificação de origem. No encontro de Brasília bem como ao longo
da viagem, isto não foi diferente.
Como
portávamos bandeiras do Rio Grande do Sul, algumas vezes fomo assim
perguntados :
- vocês vieram de Portugal ?
- Essa bandeira é do México ?
-
O
QUE PRECISA MELHORAR NO ENCONTRO
A
infraestrutura no tocante a banheiros, é um dos itens a ser
apontado. Esta foi insuficiente, quase chegando ao índice da
precariedade. Melhorar é preciso.
O
RETORNO DO NOSSO MOTO GRUPO
1º
Dia – sexta-feira 26/07
Brasília,
Itumbiara(GO), Uberlândia e pernoite em Uberaba. MG.
Na
sexta-feira, 26, começamos pela manhã e bem cedinho o retorno.
Tudo
estava indo muito tranquilo na estrada até o momento em que o porca
parafuso de ligação entre o tanque de combustível e o carburador,
da Shadow do Gilberto Cesar, se soltou provocando um vazamento.
Solução caseira e rápida, reaperto desse dispositivo com as
próprias mãos, posto não dispormos de uma chave de boca, tamanho
22, para a solução. Fomos ágeis .
Em
um posto de gasolina, contamos com o auxílio moral e presencial de
diversos caminhoneiros e frentistas, até que se reapertou a tal
porca parafuso. Um trabalho que teve muito do Paulo, do Jonas e mais
do frentista local de nome Divino.
Em
Itumbiara a tentativa de troca de óleo e checagem das máquinas na
revenda da Honda, o que foi inviável. Havia somente um mecânico
disponível para o momento. A saída seria tentar em Uberlândia, o
que de fato se concretizou.
Já
em Uberaba, um merecido descanso e pernoite no Tamareiras Park Hotel.
Além da excelente localização, serviços e qualidade, o Tamareiras
é na verdade um casarão preservado pelo Patrimônio Histórico de
MG onde a arquitetura conta um pouco dos tempos áureos da Uberada
antiga. Ao fundo, um construção moderna de quartos e instalações,
seguem bastante a arquitetura original do prédio.
Hora de Rumar para Casa
2º
Dia, sábado, 27/07
Uberaba,
Ribeirão Preto, Campinas, São Paulo e Curitiba
Saindo
do Tamareiras, também cedinho, e já em solo paulista
se percebe a excelente qualidade das estradas. Melhor ainda, é a
liberação, nas cancelas de pedágios, para as motocicletas.
Em
São Paulo, um erro e acabamos saindo na cidade propriamente dita. Um
trânsito caótico, rápido, com pouca sinalização e pronto, nos
perdemos. Vale lembrar que estávamos no sábado, onde teoricamente
os transito são mais amenos. Deu para perceber que esta teoria não
se configura na maior cidade do País. Mas depois de algumas boas
voltas, uma série de perguntas, e além de se descobrir que na via
expressa é proibido a circulação de motocicletas, achamos a
“Régis Bitencourt” que nos levaria rumo a capital paranaense.
Na verdade, perseguíamos a placa indicativa de trânsito “Curitiba”
e as placas indicavam o nome das diversas estradas.
Ao
final de sábado, descendo a serra, trânsito intenso de caminhões e
veículos de passeio, bateu o cansaço o que afetou a comunicação
dos nossos viajantes. É bem verdade que o acertado seria pernoitar
em Curitiba. Certo isso, as placas indicativas apontaram para o
centro da cidade e uma outra para Florianópolis. Um entrou. O Outro
passou e o último também passou. Como resultado, Gilberto Cesar
pernoitou em Curitiba, Paulo segui viagem pernoitando em Itapema,
solo catarinense, onde aproveitara para deixar seu filho, o nosso
caroneiro, e Jonas que desceu direto para Porto Alegre.
Via
telefone, acertamos Paulo e Eu que nos encontraríamos em Itapema
para rumar juntos para Porto Alegre, o que de fato aconteceu, é
claro sem o Jonas que estava sem carga na bateria do celular.
Fica
aqui a lição de que para viagens longas, é obrigatório um plano
de comunicação.
3º
Dia, domingo, 28/07
Curitiba,
Itapema e Porto Alegre
Saí
do Hotel, Gardem Curitiba, por volta das 6h30 com uma neblina
fantástica e com temperatura bem abaixo de 10º graus. Com toda
calma e muitos pedágios, agora motocicleta pagando, cheguei em
Itapema às 9h onde o Paulo já me esperava na praça de pedágio
daquela linda praia catarinense.
Feitos
os cumprimentos, e rápida análise das causas de nos perdemos na
noite anterior, rumamos para Porto Alegre, “indo de volta pra
casa”. Somente paradas necessárias, para abastecimento de
combustível e pequenos cafés foi o que nos permitiu chegar em Porto
Alegre por volta das 15horas, onde se encerrou nossa viagem aventura
do 10º Moto Capital.
O retorno
Objetivo
traçado, objetivo alcançado.
Esta
foi nossa aventura.
Rodamos
mais 4.600 km de estradas, com muita alegria. Tivemos chuva, sol ,
frio, calor, dias e noites no pacote de aventuras, e com certeza
ganhamos alguns alforges de conhecimento.
Fica
a certeza de que por meio do motociclismo, “BRASA FOI LOGO
ALI.... “ conforme dissemos referindo-nos a distância entre a
capital do Pampa e o Distrito Federal.
até uma próxima.
textos: Gilberto Cesar
fotos: Paulo Filho, Paulo Figueiredo e Jonas Santos